Concessionária alerta para risco de pipas próximas do aeroporto de São Luís

Julho é mês de férias escolares e também faz parte da saída do período chuvoso para o seco, segundo a meteorologia. Com isso, há uma diminuição gradual no nível de chuvas, deixando o período adequado para lazer e diversão das crianças e adolescentes.

E uma das brincadeiras mais populares nesta época mais seca e com ventos no Maranhão é empinar pipa, mas a diversão pode oferecer uma série de riscos para a aviação. O alerta é da CCR Aeroportos, concessionária responsável pela operação do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado em São Luís.

“As pipas podem causar interferências nos voos pelo risco de serem absorvidas pelo motor da aeronave ou enroscar na hélice dos helicópteros. Também podem danificar algum componente essencial desses equipamentos. O momento de maior risco ocorre durante os procedimentos de pouso e decolagem”, explica Luís Spanner, responsável pela área de segurança operacional da CCR Aeroportos.

Spanner alerta, ainda, que a queda de pipas dentro do sítio aeroportuário pode provocar entradas indevidas de crianças na área operacional dos aeroportos.

“A tentativa de entrada em áreas protegidas das pistas dos aeroportos pode gerar uma série de ocorrências, entre elas, incidentes como arremetidas de aeronaves durante processo de pouso e atrasos nas operações de decolagem”, ressalta.
Desde março de 2022, já foram identificadas 61 ocorrências com pipas nos aeroportos administrados pela operadora. O maior número de ocorrências foi registrado nos aeroportos dos Estados de:

Minas Gerais (Pampulha) – 33 ocorrências
Santa Catarina (Navegantes) – 11 ocorrências
Goiás (Goiânia) – 8 ocorrências
Piauí (Teresina) – 3 ocorrências
Maranhão (São Luís) – 2 ocorrências
No aeroporto de São Luís, as duas ocorrências foram registradas, por exemplo, nas pistas de táxi do aeroporto, gerando impactos nas operações.

“Nos aeroportos administrados pela CCR, observou-se que 48% das ocorrências com pipas afetam as operações da pista de pouso e decolagem, com a queda ou sobrevoo de pipas nos aeródromos. Também detectamos que o dia da semana em que mais ocorrem eventos com pipas é no domingo, principalmente no período da tarde, entre 14 e 18h”, destaca Luís Spanner.

Segundo o Código Penal, Art. 261, expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato que possa impedir ou dificultar a navegação aérea é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão.

A companhia pede o apoio da população de São Luís para que não solte pipas no entorno dos aeroportos. Caso alguma pipa venha a cair no interior do sítio aeroportuário, a empresa orienta que as pessoas não tentem entrar na área operacional para resgatá-la.

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