Edivaldo tinha tudo para ter boa votação e peso no segundo turno, mas se perdeu na reta final

O ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PSD) realmente tinha grandes chances de ser o terceiro colocado nas eleições deste ano e chegar para o segundo turno com muito peso e relevância, sendo fiel da balança e se fortalecendo para disputar novamente a prefeitura de São Luís em 2024. Seria um grande feito para uma campanha muito menos estrutura do que as duas principais.

Mas o ganho de terreno de Brandão e Weverton em São Luís desnorteou o ex-prefeito. O governador cresceu na capital pela força de Paulo Victor e grupo de vereadores usando a máquina do governo, vide o caso da briga dos vereadores Chaguinhas e Fátima Araújo pelo asfalto que o governo está despejando na Ilha descaradamente. Weverton cresceu por três apoios muito relevantes: o prefeito Eduardo Braide, o deputado Neto Evangelista e o presidente da Câmara, Osmar Filho.

O derretimento de Edivaldo no seu principal reduto eleitoral fez com que ele perdesse o prumo e fosse para um tudo ou nada no debate da Mirante, escolhendo como alvo Weverton para tenta recuperar terreno encima dos votos do pedetista. A estratégia foi a pior possível.

A percepção do público sobre a participação de Edivaldo, segundo as pesquisas qualitativas, foi que de chato, arrogante e ingrato, já que é de conhecimento público o quanto Weverton foi fundamental para a carreira política de Edivaldo. Em 2012, foi Weverton que defendeu fortemente a tese de Edivaldo para prefeito no grupo que tinha Tadeu Palácio, Eliziane Gama e Roberto Rocha como pré-candidatos. Em 2016, Weverton foi ainda mais fundamental quando levou Edivaldo para o PDT e colocou toda a força da militância do partido em São Luís em favor do prefeito.

Tentar pregar a pecha de corrupto em Weverton em processos todos já encerrados, sendo que Edivaldo ainda tem investigações em aberto da sua gestão na prefeitura de São Luís, como no caso da compra de produtos covid e pedido de indiciamento dele pela CPI dos Transportes, gerou uma contradição percebida pelo eleitorado, e transpareceu desespero.

Edivaldo não tem mais como tirar coelho da cartola nos próximos dias e as pesquisas mostram que terminará a eleição com um percentual muito menor do que começou, inclusive em São Luís.

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