Por: Felipe Klamt
Durante entrevista concedida ao programa Palpite, da rádio online de O Imparcial, o secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, revelou uma possível inclinação de apoio político ao vice-governador Felipe Camarão (PT) como nome do grupo governista à sucessão de Carlos Brandão (PSDB) em 2026. A declaração, feita em tom de análise estratégica, ganha relevância no tabuleiro político maranhense, sobretudo pelo papel de Madeira como um dos principais articuladores do atual governo.
Madeira relatou com detalhes a conversa que teve com o vice-governador sobre a sucessão em 2026. “Felipe, só uma pessoa do planeta Terra pode te dar chance de ser candidato, é o Brandão. O Papa não pode. Trump não pode, o Lula não pode, nem o Bolsonaro e nem o Flávio Dino. Só o Brandão, porque o mandato é dele. E ele que vai tomar a decisão de sair ou ficar [no governo]”, afirmou, sinalizando que o projeto Camarão depende da decisão do atual governador em disputar uma vaga ao Senado e abrir espaço no Executivo.
Segundo ele, o próprio Camarão demonstrou lealdade ao governador e estratégia ao afirmar: “Madeira, se eu tiver a chance de ser governador, obviamente eu serei candidato. Como é que eu vou perseguir quem pode me ajudar?”. Para Madeira, esse posicionamento foi decisivo. “Foi bem aí que ele me convenceu. Eu acredito que o Felipe não é nem concorrente. Quem é o concorrente do Brandão que está lutando para ser governador? Eu estou muito otimista”, declarou, em tom de adesão à possível candidatura do petista.
Lealdade, experiência e autonomia política
As declarações de Madeira coincidem com a divulgação da última pesquisa do Instituto Quaest, que apontou uma virada no cenário eleitoral do Maranhão. Embora Eduardo Braide (PSD) ainda apareça na liderança, seu desempenho começou a dar sinais de enfraquecimento, ao passo que Felipe Camarão apresentou um crescimento expressivo, ultrapassando o ex-prefeito Lahésio Bonfim (Novo) e consolidando-se como principal nome de oposição ao prefeito da capital e, potencialmente, o favorito do campo governista.
Esse novo cenário coloca pressão sobre as decisões de Brandão. Caso o governador opte por disputar o Senado, a eventual renúncia abre caminho para que Camarão assuma o cargo de governador ainda antes da eleição, o que lhe conferiria maior visibilidade e estrutura administrativa para consolidar sua candidatura.
Durante a entrevista, Madeira reforçou que sua atuação no governo não se resume à subordinação política. “Há uma relação de amizade e respeito. O Brandão sabe que eu não puxo saco. Eu tenho uma opinião diferente. Quando necessário digo: ‘Governador, o senhor está tomando essa decisão. Será que não seria melhor assim?’”, disse. “Tanto que, quando ele tem uma missão para conversar com alguém, ele diz: ‘Vamos mandar o Madeira’. Primeiro porque ele tem coragem de falar o que quer.”
A fala reforça o papel estratégico de Madeira como interlocutor respeitado e com autonomia dentro do governo. Ele ainda mencionou seu histórico de vitórias e derrotas eleitorais, tratando-as como parte essencial de sua trajetória política.
Fusão PSDB-Podemos e o futuro partidário
Além da discussão sobre 2026, Madeira abordou o futuro do PSDB, partido ao qual é filiado desde 1989. Ele confirmou que há negociações avançadas para a fusão entre PSDB e Podemos, prevista para o próximo mês de maio, e que poderá avaliar se permanece na nova legenda. “Pelo noticiário e pelos contatos que eu tenho da executiva nacional da qual faço parte, o partido talvez faça uma fusão com o Podemos. Vou analisar se continuo nessa ninhagem ou procuro outro ninho”, ponderou.
Caso a fusão se confirme, o novo partido — provisoriamente nomeado PSDB-Podemos — contará com uma bancada de 27 deputados federais. A expectativa é formar ainda uma federação com o Solidariedade, elevando o total para 32 parlamentares e consolidando-se como um partido de médio porte no Congresso Nacional.
A nova legenda deve manter a marca conjunta até as eleições de 2026, quando será escolhido um nome definitivo. As opções mais cotadas são “Independentes” e “Moderados”, o que sinaliza uma tentativa de reposicionamento ideológico no centro político.
Ninguém pode duvidar da competência e vivencia politica adquirida pelo sr.Madeira ,calejado na politica partidária desse estado..Hoje ,como gestor e assessor direto do governador,jamais daria uma de calango.batendo a cabeça e aceitando tudo que o governador faz,independente da amizade. Como homem visionário e nem precisa disso,já sabe o que está inscrito nas estrelas , o governador do Maranhão será o Felipe Camarão e o Brandão,que não é bobo,será o Senador..Espero que o Brandão acorde para Jesus e faça essa dobradinha que nasceu vencedora.