Justiça do Trabalho proíbe abertura das agências de bancos no feriado

Após a publicação do blog sobre as ações judiciais protocoladas pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), a Justiça do Trabalho deferiu medidas liminares, proibindo a abertura das agências do Banco do Brasil, do Banco Nordeste e do Santander, no feriado antecipado desta sexta-feira (26/03), em todas as cidades do Estado.

Por meio de Medida Provisória, o Governo Flávio Dino antecipou o feriado de Adesão do Maranhão à Independência do Brasil, do dia 28 de julho para o dia 26 de março, a fim de diminuir a circulação de pessoas e barrar o avanço do coronavírus no Maranhão, mas os bancos insistiram em descumprir a medida do Governo visando apenas aos lucros, mesmo nesta fase crítica da pandemia.

Na decisão, a Justiça reconheceu a competência do Governador para implementar políticas de contenção e prevenção da Covid-19, como a antecipação de feriados, acrescentando que o atual cenário exige a tomada de medidas excepcionais, a fim de atenuar os efeitos devastadores da disseminação do vírus.

Na decisão contra o Banco do Brasil, o juízo destacou ser estranha a atitude do BB de exigir a abertura das agências e o trabalho dos bancários nesta sexta-feira, feriado estadual.

Por sua vez, de acordo com a juíza que prolatou a decisão contra o BNB, a manutenção das atividades bancárias, no dia 26 de março, esvaziaria o objetivo do Decreto Estadual 36.601/2021, que – além de não autorizar a abertura dos bancos – visa evitar aglomerações num período em que os leitos hospitalares são escassos ou até inexistentes no Estado, sendo evidente o perigo de dano aos bancários e à população.

O juiz que concedeu a liminar contra o Santander afirmou que manter as agências abertas colocaria em risco a “saúde pública”. Caso os bancos descumpram as decisões judiciais, cada um estará sujeito à multa de R$ 15 mil, por empregado, que for obrigado a trabalhar nesta sexta-feira (26/03).

Para o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan, trata-se de mais uma importante vitória em favor dos bancários e dos clientes dos bancos. “Felizmente, a Justiça acatou o pedido do Sindicato, resguardando, assim, a saúde dos bancários e da população, que não serão ainda mais expostos a aglomerações e, sobretudo, a esse vírus letal e altamente transmissível, que tem ceifado a vida de milhares de maranhenses. O lucro não pode estar acima da vida das pessoas. Com as ações políticas e jurídicas do Sindicato, nenhum banco abrirá no feriado antecipado, no Maranhão. Viva a luta dos trabalhadores”, disse.

Deputados maranhenses aliados de Temer são novamente hostilizados

As fotos dos deputados maranhenses que votaram a favor da reforma trabalhista estão estampadas em quase todos os bancos da capital maranhense. Os bancários participaram da greve geral de 48 anos iniciada na sexta-feira (30). Os bancos estiverem fechadas e os cartazes na porta das agências faziam referências negativas aos deputados que votaram a favor da reforma trabalhista.

Os deputados Alberto Filho, Aluísio Mendes, André Fufuca, Cléber Verde, Hildo Rocha, João Marcelo, Zé Reinaldo, Júnior Marreca, Juscelino Filho, Pedro Fernandes, Victor Mendes e Waldir Maranhão tiveram uma baita exposição negativa para quem dava “com a cara” na porta da agência fechada e os motivos do fechamento.

No detalhe os deputados federais que devem continuar sendo hostilizados, Quase 2/3 da bancada.

Os bancários ainda perguntaram se estes mesmos deputados irão votar a favor da reforma da previdência. Uma pressão para que não votem novamente a favor de Temer (um presidente a beira do abismo) e sim a favor da maioria da população.

Os bancos voltam a abrir nesta segunda-feira (3).

 

Categoria rejeita proposta e greve dos bancários continua

grevebancariosO Imparcial –  Em rodada de negociação realizada na última sexta‐feira (9) em São Paulo, a Fenaban apresentou nova proposta econômica, que contempla reajuste salarial de 7% (PLR, tíquetes e auxílios) mais abono de R$ 3,3 mil.

Longe da margem reivindicada, a nova proposição dos banqueiros foi rejeitada ainda na mesa de negociação pelo Comando Nacional dos Bancários. Pressionada, a Fenaban agendou nova reunião para esta terça‐feira (13).

Para o Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB‐MA), a nova proposta é irrisória e muito distante do índice de 28,33% pedido pela categoria. Além de não repor a inflação de 9,57%, impõe, ainda, perdas de 2,57% aos salários dos bancários. A proposta exclui, também, reivindicações prioritárias para a categoria, como: a estabilidade no emprego, a contratação de mais bancários, isonomia, PLR de 25% linear, reposição das perdas salariais, dentre outras. Fortalecendo a greve.

Nesta segunda‐feira (12), 7º dia da paralisação, os bancários de São Luís realizarão ato na Caixa da Deodoro, no Centro. No interior do Estado, a greve se fortalece a cada dia. Em todo o Brasil, 10.054 agências e 54 centros administrativos tiveram suas atividades paralisadas.

Greve dos bancários e prejuízos aos usuários continuam

grevebancariosEm São Luís, já faltam envelopes para depósito nas agências. Muitos caixas eletrônicos não foram reabastecidos e com as datas de pagamento do serviço público estadual e municipal chegando, a previsão é de caos no final do mês. E a greve dos bancários não tem data para acabar.

Segundo o Sindicato dos Bancários, a categoria irá manter hoje a greve, iniciada há 18 dias. Ontem, segundo a entidade, foram fechados 957 locais de trabalho, 950 agências e sete prédios administrativos, mobilizando cerca de 26 mil trabalhadores.
Os bancários em greve rejeitaram ontem a proposta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste salarial de 8,75%, sem abono. Os bancários reivindicam aumento de 16% (aumento real de 5,6%), piso salarial R$ 3.299,66 e Participação em Lucro e Resultados de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 7.246,82. A categoria também pede vale-refeição e vale-alimentação no valor de R$ 788 e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais.
Não está sendo respeitado o efetivo de 30% de pessoal para garantir a prestação dos serviços essenciais como os serviços de compensação de cheques e o atendimento a consumidores que não possuem cartão ou que não tenham como utilizar os canais alternativos.
No Maranhão, o índice de adesão ao movimento segue em alta, com 90% dos bancos públicos e privados fechados, segundo o Sindicato da categoria.