Juiz manda Câmara de Santa Inês dar posse ao vice-prefeito

sessacamaraAinda ontem (16), o juiz Alessandro Figueiredo, da 1ª Vara da Comarca de Santa Inês, concedeu liminar ao mandado de segurança do vice-prefeito de Santa Inês, Edinaldo Dino (PT), para que este assuma o mandato no lugar de Ribamar Alves, preso acusado de estupro.

Na decisão, o magistrado anulou todos os atos da sessão da Câmara Municipal que concedeu licença de 30 dias para o prefeito preso. A Justiça deu prazo de 24 horas para que o presidente da Câmara dê posse ao vice, sob pena de cometer crime de desobediência.

A cidade está há 18 dias sem prefeito. Mesmo tendo concedido licença a Ribamar Alves, a Câmara deveria dar posse ao vice para assumir interinamente, e o presidente da Casa segurava o município sem gestor.

Inconstitucional: Arnaldo cria 28 vagas para Oficiais por Medida Provisória

Do Blog do Louremar

Treze Oficiais da Polícia Militar serão apresentados ao governador Arnaldo Melo na segunda-feira. A cerimônia de promoção dos Oficiais será no Palácio dos Leões.

Serão promovidos a Coronel os seguintes tenentes-coronéis Egídio Amaral, Pedro Ribeiro, João Tinoco e Borges.

Serão promovidos do posto de Major ao de Tenente-Coronel os seguintes Oficiais: Cornélia, Jinkings, Bayma, Emerson Farias e Eriverton Araújo.

Este mês foram criadas 28 vagas para os Oficiais ( 4 para Coronel, 9 para Tenente-Coronel e 15 para Major. A criação foi através da Medida Provisória 183, de 18 de dezembro.

O governador eleito, Flávio Dino, já avisou que irá anular os atos inconstitucionais do governador interino.

Rodrigo Marques deixa a secretaria de Governo de São Luís

rodrigomarquesRodrigo Marques entregou carta ao prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, entregando o cargo de secretário de Governo da capital. Marques agradeceu a oportunidade e disse que deseja retornar à iniciativa privada.

O secretário falou das dificuldades financeiras dos primeiros dois anos da gestão, mas da forma como a prefeitura enfrentou os problemas, afirmando que o “pacto geracional” continua e, assim, continuará lutando pelo progresso do estado.

Confira carta de renúncia da íntegra.

Senhor Prefeito:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar o meu afastamento, nesta data, do cargo de Secretário de Governo da Prefeitura de São Luís.

 

Neste cargo, desde o primeiro momento dediquei minha vida, dei o melhor de mim e trabalhei incansavelmente em prol da realização de nosso sonho: uma São Luís mais justa, próspera e humana.

 

E, a despeito das condições adversas em todos os sentidos/esferas quando Vossa Excelência assumiu o mandato – crise financeira e institucional, dívidas impagáveis, caos administrativo e oposição implacável -, tenho orgulho de haver colaborado para evitar que o município de São Luís sucumbisse diante de tantas urgências, calamidades e demandas historicamente represadas, mas principalmente por ajudar na construção de um novo cenário no qual a nossa querida cidade fosse orientada para a equidade e o desenvolvimento econômico e social. Dias e meses árduos que, sob o seu comando, enfrentamos com muita coragem e tomamos decisões difíceis.

 

Foi com essa postura que ajudei Vossa Excelência e a equipe de secretários a formatar e implementar o programa ‘AVANÇA SÃO LUÍS’, conjunto inédito e histórico de diretrizes, metas, programas, projetos e investimentos para modernizar a nossa querida cidade a médio e longo prazos.

 

E, nesses dois primeiros anos, num cenário de profunda crise financeira, sob a sua obstinada liderança, trabalhei incessantemente – em parceria com os secretários e secretárias (a quem envio um grande abraço de gratidão e reconhecimento) – em prol das entregas e resultados mais relevantes da sua gestão. Nesse período, Vossa Excelência viabilizou e iniciou inúmeros projetos estruturantes, os quais me sinto muito honrado em ter colaborado ativamente, que irão melhorar de forma significativa os indicadores sociais da nossa cidade. Entre eles, destaco:

 

Construção e reforma de novos hospitais, reforma e construção de postos de saúde, ampliação do Samu, humanização e melhoria do atendimento nos Socorrões, construção de novas escolas e creches, implantação da escola em tempo integral, reforma dos terminais de ônibus, obras de intervenções no trânsito, implantação das faixas exclusivas de ônibus, entrega de milhares de títulos de propriedades, construção de milhares de unidades habitacionais, obras de pavimentação e drenagem de vias, construção de canais e obras de saneamento, reformas de Mercados, revitalização de praças, retomada e aceleração das obras do projeto Bacia do Bacanga, formatação do plano de longo prazo ‘São Luís 2033’,  revisão do Plano Diretor e tantos outros.

 

Reconheço o papel positivo do parlamento municipal que compreendeu o momento delicado da administração municipal e de forma republicana apoiou o executivo nos momentos mais difíceis.

 

Sobrevivemos a uma tempestade perfeita. As sementes foram plantadas. E, assim como em Eclesiastes – “Há tempo de plantar, há tempo de colher” -, a nossa cidade verá a consolidação do ‘AVANÇA SÃO LUÍS’ e suas respectivas conquistas no biênio 2015/2016. Alegro-me bastante de ter ajudado Vossa Excelência e a sua equipe em consolidar as bases e os projetos que viabilizarão seus compromissos tão caros à população como o Hospital Dr. Jackson Lago, a licitação de transportes, a implantação do bilhete único e a construção do primeiro corredor de transportes de São Luís, que certamente será a maior obra de infraestrutura da história da nossa cidade.

 

Não tenho dúvida, portanto, que São Luís vivenciará em primeiro de janeiro de 2015 um momento mais favorável do que aquele que encontramos no início de 2013: as bases estão consolidadas, a modernização da máquina administrativa em curso, uma gestão financeira responsável, o senador Roberto Rocha e a Presidente Dilma empenhados em ajudar a nossa cidade, e principalmente a tão sonhada/esperada parceria com o Governador eleito Flávio Dino muito próxima de se concretizar! Sinto-me extremamente feliz por haver contribuído para alcançar esses resultados.

 

Mas tudo na vida tem um ciclo, inclusive para iniciar e encerrar uma jornada. É inadiável o meu regresso à iniciativa privada, onde minha empresa familiar desenvolve novas frentes e novos projetos educacionais que exigem a minha presença. O pacto geracional continua, portanto: não deixarei de servir ao nosso povo, pois meu trabalho e energia continuarão voltados para o progresso do nosso estado.

 

Desta forma, meu Prefeito, de cabeça erguida, mãos limpas e alma leve, posso afirmar a Vossa Excelência que cumpri o meu dever como servidor público e cidadão; e que servi a Vossa Excelência pautado pela lealdade, responsabilidade, compromisso, ética e espírito público, sem ambições pessoais e personalismos, e colocando as instituições e os interesses da nossa cidade em primeiro lugar.

 

Queria finalizar essa carta lhe agradecendo. Receba a minha admiração pelo grande homem, pai de família e líder político que Vossa Excelência é. Nesse pouco tempo de convivência profissional, aprendi com um homem público notável, preocupado genuinamente com o seu povo, obstinado pelas realizações e exemplo de rigidez no caráter e na generosidade. Mantenha-se firme e forte no leme, que da população de São Luís (e do Maranhão) receberá sim o reconhecimento pelas conquistas alcançadas. Esta é a minha convicção, este é o meu desejo!

 

Um grande, caloroso e vigoroso abraço do seu amigo, com quem Vossa Excelência deve sempre contar em prol de uma São Luís e um Maranhão melhor para seu povo.

 

São Luís, 21 de Novembro de 2014

 

RODRIGO MARQUES

Lobão também vai entregar o cargo à presidente Dilma

O Globo

edisonlobaoBRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também entregará uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias, como alguns colegas. Aliados da presidente veem a saída de Lobão do ministério como certa.

— Não entreguei ainda, vou entregá-la, até porque é uma recomendação para todos fazerem. Não entreguei ainda. Entregarei amanhã, ou na segunda-feira, ou terça — disse Lobão ao GLOBO nesta quinta-feira.

Em discurso a agentes do setor elétrico em Brasília, Lobão disse ter orgulho do corpo técnico e das instituições integrantes do ministério, do qual está à frente, de maneira intermitente, há seis anos.

— Eu, amanhã, posso sair daqui, outro virá, outro pode sair, e o sistema prosseguirá, porque está estruturado em bases realistas e responsáveis — disse ele no evento de lançamento do Plano Nacional de Energia 2050, que visa a expansão do setor até aquele ano.

Em tom de despedida, Lobão ressaltou que, a despeito de visões pessimistas e da situação hidrológica de poucas chuvas, não houve racionamento de energia elétrica em 2014.

Ele disse ainda que sentia como uma “agressão” as críticas de que não havia planejamento no setor elétrico, uma vez que o governo estava apresentando um plano para daqui a 36 anos.

— Temos aperfeiçoado esse modelo (energético). Oxalá os próximos também o façam — disse Lobão.

Sebastião Uchôa não é mais secretário de Justiça e Administração Penitenciária

uchoaO secretário Sebastião Uchôa não resistiu a mais uma fuga em Pedrinhas. A governadora Roseana Sarney nomeou, interinamente, o secretário de Segurança Pública, delegado Marcos Affonso Junior, para responder pela Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap).

Uchôa entregou o cargo na manhã desta quarta-feira (17), o que foi prontamente aceito pela governadora Roseana Sarney.

Apenas neste ano, 92 detentos conseguiram fugir. Na semana passada, 36 presos conseguiram fugir da penitenciária depois que bandidos roubaram uma caçamba e derrubaram um muro na parte de trás da unidade. Nesta quarta-feira (17), mais detentos escaparam.

Eleições indiretas

Por Carlos Eduardo Lula

06/05/2011. Crédito: Neidson Moreira/OIMP/D.A Press. Brasil. São Luís - MA. Carlos Eduardo Lula, advogado.Caso a Governadora Roseana Sarney deseje concorrer ao Senado Federal, teria de se desincompatibilizar até o dia 04 de abril do presente ano. Ocorrendo tal hipótese, diante da vacância do cargo de vice-governador, teríamos necessariamente uma eleição indireta para o Governo do Estado.

Isto porque, nos termos do §1º do art. 81 da Constituição de 1988, regra que é repetida na Constituição do Estado do Maranhão, ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. Temos aí, pois, uma hipótese de eleição indireta, em que os eleitos são escolhidos pelo Poder Legislativo, somente para completar o período dos seus antecessores, denominado de “mandato tampão”. Assim, o eleito na eleição indireta seria Governador apenas até o mês de dezembro do presente ano.

A Constituição ateve-se, sobremaneira, à inconveniência de uma eleição direta para um brevíssimo mandato — não por outra razão alcunhado de ‘tampão’ — o qual praticamente se confunde com a eleição para o período subsequente. Assim, não haveria sentido prático na realização de uma nova eleição direta.

Mas sobre a renovação da eleição, algumas regras precisam ser esclarecidas. Primeiramente, deve-se destacar que o instituto da “renovação da eleição” é diferente de “eleição suplementar”, e ambas são rotineiramente confundidas.

As eleições suplementares, previstas nos arts. 72, 187, 201 e 212 do Código Eleitoral, ocorrem quando é necessário ser repetida a votação em alguma seção eleitoral que tenha sido anulada por um dos motivos previstos no capítulo VI do Código Eleitoral, que trata das nulidades da votação (Ac. 21.141-TSE). Elas implicam na renovação do pleito apenas em algumas seções eleitorais e não há alteração do quadro de candidatos, que permanecem os mesmos. De igual forma, não são chamados para participar dessas eleições suplementares todo o eleitorado, mas só os eleitores que tiveram as seções nas quais votaram anuladas.

Por outro lado, ocorrendo a vacância dos titulares dos cargos da Chefia do Poder Executivo, teremos renovação das eleições, com convocação de nova eleição depois de aberta a última vaga da seguinte forma: a) vacância nos dois primeiros anos: eleição direta, com base no regular processo eletivo do sufrágio universal; b) vacância nos dois últimos anos do mandato: eleição indireta para ambos os cargos pela Casa Legislativa. Mas, se a vacância ocorrer por hipótese de nulidade da votação obtida e sendo esta em percentual inferior a 50% dos votos válidos, não se aplica o item anterior, quando então assumirá a Chefia o candidato que ficou em segundo lugar.

No caso maranhense, como já dito, teríamos eleições indiretas. Diante da praticamente inexistência de regulamentação, uma série de dúvidas paira sobre tal processo.

Vale ressaltar que o STF já assentou que a regulamentação da eleição indireta pelo Legislativo Estadual não invade competência privativa da União para tratar de Direito Eleitoral (ADI 2709/SE), mas, ainda assim, não contamos com uma Lei Estadual a regular o tema. O que tivemos, até o presente momento, foi um projeto de lei recém apresentado na Assembleia Legislativa. Mas das decisões do TSE e do STF podemos vislumbrar algumas regras.

Ao julgar as ADI 4.292 e 4.309/TO, o STF dispensou a obediência do prazo de um ano para realização da eleição, a partir da edição da lei que a regula, princípio previsto pelo artigo 16 da Constituição Federal.

Na mesma ocasião, o Supremo entendeu que o eleitor tem o direito de saber como vota seu representante, no caso, os deputados estaduais. Tratando-se de um caso excepcional, o STF entendeu que isso não alteraria, em nada, o caráter de cláusula pétrea do voto direto e secreto quando do sufrágio universal, previsto no artigo 14 da Constituição.

Pode-se afirmar ainda, com alguma tranquilidade, que os legitimados para votar serão apenas os deputados estaduais; a sessão será pública; a votação será nominal e secreta. Os legitimados para serem votados serão os que tenham inscrito, perante a Mesa da Assembleia, uma chapa composta por brasileiros maiores de 30 anos, sendo considerados eleitos os candidatos cuja chapa obtiver a maioria dos votos dos Deputados. Observe-se que a eleição é para a chapa completa, de Governador e Vice-Governador.

Reaberto o processo eleitoral nos termos do art. 224, CE, poderão concorrer ao cargo candidatos filiados e domiciliados até um ano antes da data marcada para o pleito. Quem funciona como órgão fiscalizador da regularidade dos registros eleitorais é a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Por outro lado, quanto aos prazos de desincompatibilização há intensa polêmica. Se, via de regra, são mitigados pelo TSE, sendo de 24 (vinte e quatro) horas após a escolha dos candidatos (MS nº 3.709 – TSE), temos decisão do STF tomada na ADI 1057, com efeito vinculante, em que o Tribunal entendeu que “as condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade, inclusive aquelas decorrentes da legislação complementar, aplicam-se de pleno direito, independentemente de sua previsão em lei local, à eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado”. Nesse caso, os prazos de desincompatibilização seriam aqueles previstos na Lei Complementar nº. 64/90. Um secretário de estado que quisesse concorrer, estaria, com base nessa decisão, inelegível. Quanto a esse ponto, não há consenso, havendo grandes juristas a defender tanto um ponto de vista quanto o outro.

Há ainda uma previsão constitucional com graves efeitos políticos. Os que ocuparem, ainda que temporariamente, o cargo de Governador de Estado no período de seis meses antes das eleições, tornam-se inelegíveis para todos os cargos, à exceção do cargo de Governador. Um deputado que se torne Governador, ainda que por um só dia nesse período, só poderia se candidatar em outubro a Governador, não mais a Deputado.

Como se vê, o cenário ainda é baseado em meras suposições, mas os bastidores políticos já fervilham.

Carlos Eduardo Lula é Consultor Geral Legislativo da Assembleia do Maranhão, Advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MA e Professor Universitário. e-mail: [email protected] . Escreve ás terças para O Imparcial e Blog do Clodoaldo Corrêa

Fabíola: “continuarei ajudando como puder”

fabiolaaguiarA ex-secretária municipal de trânsito e transporte de São Luís, Fabíola Aguiar, participou da solenidade que deu posse ao novo titular da pasta, Carlos Rogério Araújo. Fabíola confirmou que deixava a pasta para voltar a atuar como professora na Universidade Estadual do Maranhão.

“Agradeço ao prefeito pela oportunidade e pela confiança. Deixo minha admiração e estou à disposição para ajudar no que puder. De forma informal, continuarei ajudando.  Desejo sucesso para o Carlos Rogério [novo titular da SMTT]”, afirmou Fabíola.

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) também agradeceu à ex-secretária, afirmando que a apoiou nos momentos de pressão. “sou consciente das pressões que a Fabíola sofreu e enfrentou com garra. É uma amiga que eu fiz e tem minha admiração”, finalizou.