CGU já apontava irregularidades no transporte escolar em Bacuri há dois anos

Do site Maranhão da Gente

O acidente que vitimou oito estudantes do ensino médio ontem na MA-303 foi uma tragédia anunciada. Em 2012, a Controladoria Geral da União ao divulgar o Relatório de Fiscalização já apontava irregularidades e falhas na aplicação dos recursos dos programas “Caminhos da Escola” e “Nacional de Apoio ao Transporte Escolar”, em Bacuri, Maranhão.

As informações dos relatórios indicam que não é de hoje que a Prefeitura de Bacuri usa veículos em precárias condições para o transporte escolar. Prática que é comum também em diversas cidades do Maranhão e de outros estados principalmente da região Nordeste.

A fiscalização da CGU, realizada em outubro de 2012, já detectava irregularidades nos veículos responsáveis pelo transporte escolar. “Os veículos usados no transporte escolar do município de Bacuri/MA encontram-se em condições precárias, insalubres e impróprias para o uso em transporte de alunos. São veículos velhos, depreciados e fabricados para transporte de cargas e não de passageiros. As carrocerias são adaptadas com a colocação de bancos de madeira sem encosto, popularmente conhecidas como ‘pau de arara’”, dizia o relatório.

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Além da CGU, o TCU também apontou problemas no transporte escolar em Bacuri. Nos pregões presenciais nº 05/2011 e nº 09/2012 a Prefeitura de Bacuri recebeu, respectivamente, R$ 529.342,00 e R$ 623.000,00 que deveriam ser aplicados na locação de veículos para a prestação de serviços no transporte escolar. Mesmo com a disponibilização dos valores, os veículos responsáveis pelo transporte dos alunos só tinham condições de transportar cargas, e não passageiros, como apontava o próprio TCU.

À época da publicação do relatório, a Prefeitura de Bacuri se defendeu declarando que “convém ressaltar que a questão substantiva é a da prestação do serviço de transporte escolar e podemos garantir que nenhum aluno deixou de ir a escolar por falta de transporte escolar”, e concluiu que “dentro da realidade do município e seus povoados a qualidade do transporte escolar não é inferior a qualidade do transporte de passageiros existente no município.”

Menos de dois anos depois da constatação de que eram inadequados os veículos, oito alunos secundaristas perderam a vida ao serem transportados por uma caminhonete, nos moldes “pau de arara”, da escola para o povoado Madragoa, em Bacuri-MA.

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Moto “rodou” 1/4 da circunferência da Terra em 9 dias na gestão Luís Fernando

Do site Maranhão da Gente

Indícios de corrupção na gestão de Luís Fernando em Ribamar são fortes

Indícios de corrupção na gestão de Luís Fernando em Ribamar são fortes

O Relatório de Fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontou 32 irregularidades na gestão de Luís Fernando Silva (PMDB), durante sua passagem pela Prefeitura de São José de Ribamar, traz várias situações pitorescas. Entre elas a de uma moto que rodou, em apenas nove dias, 10.932 quilômetros, o equivalente a 1/4 do necessário para dar uma volta em redor da terra.

Os fiscais da CGU encontraram a disparidade durante a análise nas Notas Fiscais de fornecimento de combustíveis para manutenção de programas de saúde, com recursos oriundos de um convênio com o governo federal com valor de R$ 2, 6 milhões. A fiscalização constatou ainda abastecimento veículos que não estavam na relação de carros e motos à disposição da Secretaria Municipal de Saúde.

“Verificamos ainda que nos cupons apresentados consta que a moto placa HPT 4019 rodou 10.932 km no período de 03.09.2007 a 12.09.2007. Verificamos ainda que no cupom nº12318 datado do dia 04.09.2007 (53.650km) a quilometragem é superior ao registrado no cupom nº 12221 de 12.09.2007 (43.318km). Esses fatos demonstram que não há controle na distribuição de combustível e possivelmente está havendo desvio de gasolina, pois é inconcebível uma moto rodar 10.332km em doze dias”, diz o relatório (veja imagem).

moto Gestão Luís Fernando fez farra com dinheiro da saúde

 

As irregularidades encontradas na gestão Luís Fernando Silva (2005-2010), pré-candidato ao governado do Estado apoiado pelo grupo Sarney, são alvo de uma ação do Ministério Público Federal por improbidade administrativa. O ex-prefeito também é investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por convênios assinados com o governo Roseana Sarney, pagos e não executados.

PCdoB esclarece relatório da CGU e regularidade das contas da Embratur

O PCdoB-MA emitiu nota desmentindo matéria veiculada pelo jornal O Estado do Maranhão sobre a gestão de Flávio Dino à frente da Embratur. O documento afirma que a utilização do relatório da Controladoria Geral da União tem objetivo apenas de macular a imagem do pré-candidato líder nas pesquisas para o governo do Maranhão e evitar “a iminente derrota” da oligarquia Sarney nas urnas.

Em matéria veiculada na edição do jornal O Estado do Maranhão deste domingo e que começou a circular na noite de hoje, o diário oficial da família Sarney tenta imputar irregularidades à gestão de Flávio Dino à frente da Embratur e não apresenta os esclarecimentos apresentados pelo órgão do Governo Federal.

O relatório usado pelo jornal, na verdade, opina pela aprovação das contas da Embratur em 2012 e pede esclarecimentos sobre a gestão da informática. O PCdoB afirma que o setor de informática já encaminhou os esclarecimentos requeridos e que ainda serão julgados pelo Tribunal de Contas da União.

A nota revela ainda que o contrato a que o jornal O Estado do Maranhão se refere foi celebrado ainda 2009, quando Flávio Dino era deputado federal pelo Maranhão. O PCdoB lamenta ainda que o jornal não tenha respeitado os preceitos básicos do bom jornalismo, pois sequer ouviu a Embratur.

O documento emitido pelo PCdoB informa ainda que o contrato questionado pela CGU teve seu valor diminuído durante a gestão de Flávio Dino. “A CGU opinou que as contas de Flávio Dino são regulares, como consta claramente do relatório. Após o julgamento do Tribunal de Contas da União se houver ressarcimento ao Erário isso competirá à empresa”, diz.

Veja conteúdo completo da nota do PCdoB:

NOTA OFICIAL

Em razão de mais um ataque infundado do grupo Sarney contra o pré-candidato a governador Flávio Dino, temos a esclarecer:

1 – O desespero do grupo Sarney com o grande desgaste que experimentam e a iminente derrota eleitoral faz com que semanalmente eles inventem factóides para tentar atingir a honra de Flávio Dino. São ataques grosseiros, diários e mentirosos.

2 – Descumprindo todas as regras básicas do bom jornalismo, eles agora veiculam um ataque sem sequer terem ouvido a EMBRATUR ou Flávio Dino.

3 – Se tivessem procedido corretamente, saberiam que o contrato que eles vêem como irregular é de 2009, quando Flávio Dino era deputado federal, e não presidente da EMBRATUR.

4 – Os questionamentos da CGU ao contrato foram respondidos pela área de informática da EMBRATUR e serão encaminhados ao Tribunal de Contas da União, a quem cabe julgar a controvérsia.

5 – Na gestão de Flávio Dino, na verdade houve redução do valor do contrato e depois rescisão. Ou seja, o contrato nem existe mais.

6 – A CGU opinou que as contas de Flávio Dino são regulares, como consta claramente do relatório. Após o julgamento do Tribunal de Contas da União se houver ressarcimento ao Erário isso competirá à empresa.

7 – Lamentamos que interesses puramente eleitoreiros levem à tamanha distorção da verdade.

Etelvino Oliveira Nunes

Secretário Estadual do PCdoB – MA

Ricardo Murad: “se tivesse problema nas licitações eu nem estaria mais no cargo”

ricardomuradO secretário estadual de saúde, Ricardo Murad (PMDB) falou rapidamente sobre as denúncias de que a Secretaria de Saúde do Estado, comandada por ele, teria feito dispensas indevidas nas licitações para construções dos 72 hospitais do programa Saúde é Vida.

Apesar do relatório da CGU apontar as dispensas indevidas, Ricardo garante que as promoveu. “No setor público não se faz nada sem licitação. Isto são acusações infundadas. Pra quem não conhece a realidade da administração pública pode passar isso pela cabeça. Nós temos o dever de seguir a legislação, se não eu nem ficaria no cargo. Hoje tem tanta lei pra tirar o sujeito cargo mais do que para o sujeito trabalhar”, reclamou.

Ou seja, o secretário diz que a Controladoria Geral da União não conhece a administração pública.