Batista Matos condena discurso oportunista: “apontar o dedo não resolve”

Do Blog do John Cutrim

batistaMembros dos PPS e da oposição discordam do posicionamento de quem aponta o prefeito Edivaldo Holanda como responsável pelos estragos causados pelas chuvas em São Luís nos últimos dias. Para o jornalista João Batista Matos, a posição destes soa oportunismo em não querer enxergar o problema maior e também se trata de pura falta de sensibilidade em não se somar a atitudes práticas em favor das vítimas.

Batista Matos avalia que o momento é para todos darem as mãos em favor das vítimas das chuvas.

“Apontar o dedo pra encontrar culpados neste momento não resolve nem ajuda a ninguém num momento de dor. Gestor nenhum pode ser apontado como culpado pelo impacto de chuvas de um mês que caem em um único dia na nossa cidade. Este é um momento para somarmos com quem quer ajudar e nos solidarizarmos com os que mais precisam, que são os desabrigados”, afirma Batista.

O ex-vereador de São Luís defende o engajamento de todos os demais partidos e lideranças do campo de oposição num ato de solidariedade. “Um tema como este não é para ser partidarizado ou politizado”, analisa.

De acordo com Matos, o momento não é para encontrar culpados. “Devemos nós assumirmos, cidadãos, partidos, prefeitura e governos estadual e federal a parcela de responsabilidade que cada um tem em favor das famílias desabrigadas”, conclui.

Prefeitura segue recuperação de áreas atingidas e ajuda aos desabrigados

Canal_Cohatrac_Desobstrucao_120514_Foto_FabricioCunha_ (7)O prefeito Edivaldo pediu atuação intensiva de todos os órgãos municipais na mobilização em apoio às famílias atingidas pelas fortes chuvas que atingiram a capital durante o fim de semana. Entre as ações prioritárias orientadas pelo chefe do executivo está a realização de serviços emergenciais de infraestrutura visando amenizar os transtornos provocados pelos alagamentos.

As equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) intensificaram ainda no domingo (11) os trabalhos de limpeza e desobstrução de galerias pluviais. A ação foi iniciada pelo bairro do Cohafuma, onde foram registrados vários pontos críticos de inundação. O trabalho foi estendido à Avenida São Marçal e Rua Frei Caneca, no João Paulo, que tinham recebido o serviço na semana passada para facilitar o escoamento de águas da chuva.

Nesta segunda-feira (12), as equipes estiveram no Canal Cohab/Cohatrac para realizar intervenções que facilitam o escoamento da água represada. Os serviços também foram realizados no Canal do Coroadinho com o uso de maquinário para limpeza e retirada do material assoreado. As vias do Coroadinho também receberam serviços de limpeza em virtude da sujeira provocada com as enxurradas.

O secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, ressaltou o empenho do prefeito em mobilizar todas as secretarias competentes para uma resposta rápida aos transtornos. Ele lembrou que a Semosp começou o ano com um trabalho preventivo para desobstrução das galerias, mas o volume das chuvas de sábado foi muito intenso e o sistema não suportou.

“Por determinação do prefeito Edivaldo, nós estamos desde janeiro fazendo o trabalho de manutenção destas galerias antigas. Mas a chuva de sábado teve um volume enorme, que arrastou troncos de árvores, galhos e obstruiu as passagens”, esclareceu Antônio Araújo.

Entre os locais que receberam os serviços preventivos e que são considerados pontos críticos estão os bairros do Vinhais, Areinha, Rio Anil, Rio da Bicas, Fumacê, Cohafuma e Santa Rosa. O superintendente do Setor de Drenagem da Semosp, Carlos Alberto, explicou que a drenagem poderia ter funcionado melhor após os serviços, mesmo com o volume atípico das chuvas, caso não houvesse o descarte irregular de lixo nos locais.

“Mesmo com os serviços de desobstrução realizados pela Semosp, os alagamentos ocorreram devido ao lixo jogado irregularmente nas ruas da capital e arrastado para as galerias durante a enxurrada. É preciso que exista a consciência de não jogar lixo na rua ou continuaremos tendo inundações”, afirmou o superintendente.

RELATÓRIO PARCIAL

Na manhã desta segunda-feira (12), a Secretaria de Segurança com Cidadania (Semusc), através da Defesa Civil Municipal, apresentou relatório atualizado da situação com as ocorrências e providências adotadas. Conforme o documento, 34 ocorrências foram recebidas pela Defesa Civil neste domingo (11).

Segundo o titular da Semusc, Breno Galdino, em atendimento a essas ocorrências, a Defesa Civil foi dividida em três equipes, ficando uma responsável por colocação de lonas em pontos críticos, outra pela vistoria e uma terceira visitando os abrigos, juntamente com técnicos da Secretaria da Criança e Assistência Social (Semcas).

“Encaminhamos, imediatamente, equipes para todas essas áreas que apresentam risco de deslizamento. Já intensificamos o trabalho de orientação e sensibilização aos moradores sobre o perigo de permanecerem no local, porém, as famílias se recusam a deixar a área, mesmo com todo o esforço de nossas equipes em demonstrar a gravidade da situação”, observou Breno Galdino.

Ele destacou a preocupação do prefeito com a situação das famílias que vivem nas áreas de risco, com o empenho imediato da Força Tarefa de Resposta a Desastres da Prefeitura de São Luís. O secretário também informou que o mapa do tempo é acompanhado constantemente para monitoramento de 66 pontos de risco. Entre estes, existem os que não são da competência do município e, por isto, estão sendo encaminhados aos órgãos competentes.

“Estamos fazendo os laudos de outras áreas que apresentam risco moderado e, se necessário, serão feitas novas interdições e remoção das pessoas. Também aplicamos lonas em alguns locais da cidade para tentar conter parte do recebimento de água pelo solo”, detalhou Breno Galdino.

APOIO

A Prefeitura de São Luís mantém o atendimento às 14 famílias (cerca de 40 pessoas) da Vila Apaco, alojadas na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Santa Clara. Os desabrigados receberam visita da equipe de apoio da Unidade de Saúde do São Bernardo para avaliação do estado das famílias. Na área Salina/Sacavém, os desabrigados foram remanejados para associações locais, mas preferiram buscar alojamento na casa de parentes e amigos, e agora os locais estão sendo usados para depósito dos pertences das famílias. Com o alagamento nas adjacências do Residencial Maria Aragão, a Defesa Civil providenciou abrigo para seis famílias (cerca de 20 pessoas) em uma creche local.

Em todos os pontos de alojamentos de desabrigados estão sendo distribuídas água, colchonete e cestas básicas obtidas através de aquisição pela Secretaria de Segurança Alimentar (Semsa). A titular da Semcas, Andreia Lauande, explicou que está sendo feito o levantamento e encaminhamento das famílias para o aluguel social. De acordo com o último levantamento, 217 famílias estão em aluguel social em São Luís. A secretária lembrou que os aluguéis variam entre R$ 200 e R$ 300.

“Precisamos achar os locais na comunidade para alugar. Mas, a pessoa beneficiada também precisa abrir uma conta. Temos que mapear o perfil das pessoas e colocá-las no grupo prioritário do Programa Minha Casa Minha Vida”, explicou Andreia Lauande.

A Semcas também trabalha com assistência psicológica e social aos atingidos.

Sampaio teve prejuízos no Castelão e na sede do clube

Muro da sede do Sampaio caiu com as fortes chuvas

Muro da sede do Sampaio caiu com as fortes chuvas

Como se não bastasse o transtorno do Sampaio de ter a partida contra o Avaí-SC adiada em função da chuva, o clube também teve problemas na sede pelo temporal que caiu neste sábado (10) na Grande Ilha.

Uma grande parte do muro no CT José Carlos Macieira. A entrada da sede do Sampaio ficou comprometida pelos pedaços de meio fio e pedras que atrapalham a entrada de veículos no local, que fica na Avenida General Artur Carvalho, Miritua, em São José de Ribamar.

Entulho carregado pela chuva atrapalha entrada da sede boliviana

Entulho carregado pela chuva atrapalha entrada da sede boliviana

Não só a sede do Sampaio, mas outros dois muros na Avenida ribamarense caíram. A partida entre Sampaio e Avaí pela Série B do Brasileirão deve ser realizada dia 7 de junho.

Ações de auxílio às vítimas das chuvas

Honório Moreira 319A Prefeitura de São Luís, por meio das secretarias municipais de Segurança com Cidadania (Semusc) e da Criança e Assistência Social (Semcas), desenvolve ações de prevenção e de auxílio às vítimas de acidentes em áreas de risco da capital. Através da Defesa Civil, a Semusc realiza constante mapeamento das localidades com risco de deslizamento de terra e trabalho de prevenção com palestras educativas. Por meio de projetos e programas sociais, a Semcas presta apoio e suporte psicológico às vítimas.

A superintendente da Defesa Civil, Elitânia Barros, reforça a importância do trabalho preventivo. “Desenvolvemos regularmente campanhas de conscientização junto à população habitante em áreas de risco. Os diálogos constantes e a distribuição de panfletos educativos orientam os moradores e são atividades como essas que, com a colaboração da população, preservam a vida de muitas pessoas”, disse.

No mais recente levantamento realizado pela Semusc, 66 áreas de risco foram detectadas e, com as recentes chuvas, algumas dessas localidades foram atingidas. O aumento significativo em relação ao ano passado deve-se à crescente ocupação irregular do solo.

A Defesa Civil vistoriou os locais, como o Coroadinho, e está elaborando laudos técnicos para, assim que identificar as necessidades dos moradores, definir as ações que serão realizadas. Famílias da Vila Apaco estão sendo beneficiadas pela Prefeitura com o cadastro no Aluguel Social e o recebimento de kits com redes, lençóis e água.

Em um trabalho articulado com a Semusc, a Secretaria da Criança e Assistência Social (Semcas) também realiza ações em benefício das vítimas de acidentes em áreas de risco. A Semcas viabiliza a inserção dos atingidos no Aluguel Social, além de dar suporte psicológico às vítimas.

Atualmente, cerca 217 pessoas recebem o benefício do Aluguel Social, cuja verba pode variar de R$ 200 a 350, dependendo da região. O auxílio provisório tem duração de um ano e pode ser renovado por mais dois anos. Além do cadastro no programa, a Semcas tem realizado visitas aos locais atingidos a fim de garantir acompanhamento psicológico às famílias.

Chuvas: transtorno de um lado e esperança de outro

Reserva do Batatã precisa de mais chuvas para garantir abastecimento

Reserva do Batatã precisa de mais chuvas para garantir abastecimento

Esta sexta-feira (11) foi marcada por fortes chuvas na capital maranhense. Ruas alagas e trânsito engarrafado como sempre quando chove forte assim em São Luís. Mas a água que atrapalha de um lado foi muito importante de outro.

O reservatório do Batatã estava com apenas 50 cm de profundidade. Reportagem do Bom Dia Brasil, na Rede Globo, mostrou a falta que a chuva estava fazendo e ameça de um racionamento ainda maior do que o que já existe na capital, onde a maioria dos bairros tem água dia sim dia não, ou até com periodicidade menor.

O Superintendente de operações da Caema, João Batista Costa, previa racionamento de três ou quatro dias sem água em breve se as chuvas não voltassem.

O transtorno causado pelas chuvas só será minimizado quando a prefeitura concluir as obras dos canais de drenagem do Portinho (que solucionará o problema no Mercado Central), do Cohab/Cohatrac, outro ponto de alagamento crítico, além das obras do sistema de esgotamento sanitário em 30 bairros da região Itaqui Bacanga.

As chuvas causaram sem dúvida muitos transtornos para motoristas nesta sexta mas para o ludovicense mais pobre, foi uma benção para garantir água na torneira com revesamento menor. Para estas pessoas seria muito importante mais algumas chuvas como a desta sexta.

São abastecidos pela reserva os bairros Centro, Madre Deus, Goiabal, Codozinho, Vila Bessa, Belira, Lira, parte da Areinha, Macaúba, Apicum, Camboa, Vila Bangu, Diamante, Vila Passo, Corea de Baixo e Corea de Cima, Sítio do Meio, Alto de Boa Vista, Retiro Natal, Liberdade, Tomé de Sousa, Fé em Deus, Floresta e parte do Monte Castelo.