Peemedebistas do Maranhão “batem cabeça” sobre Dilma; ou não…

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Os caciques do PMDB maranhense se dividem com relação ao rompimento do PMDB com o governo Dilma e o impeachment da presidente. O maior símbolo da posição dúbia do grupo é os posicionamentos divergentes de José Sarney e da filha Roseana Sarney. Será de fato autonomia e divergência ou o velho jogo de manter um pé de cada lado esperando qual será o melhor?

O oligarca José Sarney – segundo João Alberto – é contra o rompimento e o impeachment de Dilma. O gesto de Sarney de não ter comparecido à reunião do rompimento indica uma posição, de fato, favorável a Dilma. Todos os caciques a favor da presidente não foram ao evento.

Mas Roseana Sarney esteve presente e foi uma fervorosa defensora da saída do partido da base governista, mesmo tendo tido o PT como apoio decisivo para seus dois últimos mandatos. Ao ser questionada sobre a posição do Clã, a ex-governadora negou que a posição seja a mesma do pai: “lá em casa todo mundo tem autonomia”.

João Alberto e, consequentemente, o deputado federal João Marcelo e o deputado estadual Roberto Costa são a favor da permanência do PMDB no governo Dilma. O senador disse que os filiados André Campos e Arnaldo Melo não irão entregar os cargos.

A família Murad critica duramente a presidente e defende a queda. Ricardo Murad publicou texto nas redes sociais  condenando a posição do PMDB maranhense. Em discurso nesta quarta-feira (30), a deputada Andrea Murad (PMDB) disse que a presidente Dilma “está acabando com o país”. “O Brasil afundando, todo mundo que votou na Presidenta Dilma hoje decepcionado, se perguntando o que vai ser do Brasil no futuro, vendo tudo acontecer e não ter perspectiva de uma melhora”, esbravejou a deputada contra a presidente.

E fica a pergunta se o partido realmente está dividido e batendo cabeça ou não tem confiança na queda de Dilma e se mantém nos dois lados. Porque esse é o Modus Operandi Sarney de fazer política.

Sem conseguir montar chapa, PSDB corre risco de debandada em São Luís

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Os vereadores do PSDB estão preocupados. Faltando praticamente um mês para o final do prazo de filiações partidárias para quem deseja concorrer nas eleições de 2016, os tucanos ludovicenses vivem um clima de apreensão por não estarem sendo dadas as condições para que os três vereadores do partido tenham condições de disputar a reeleição.

Atualmente, o PSDB tem uma das maiores bancadas da Câmara Municipal, com Gutemberg Araújo, José Joaquim e Eidimar Gomes. Acontece que com a concorrência de três vereadores de mandato, nenhum pré-candidato quer se filiar à legenda. A real possibilidade do PSDB ter candidato próprio em São Luís, sem coligação, causa ainda maior arrepio na espinha dos prováveis candidatos. Com uma coligação, a chance aumentaria.

Sem conseguir montar quadro, a vereadora Eidimar Gomes chegou a ensaiar a saída do partido e a conversa com outras legendas. Mas o partido ameaçou buscar o mandato por infidelidade partidária. Assim, ela recuou o movimento.

Mas a insatisfação dos vereadores continua grande, alegando que a cúpula tucana tem se mobilizado muito pelo interior, e deixado a capital para resolver na última hora. Para eles, é necessário definir logo estratégia e formas de atração de candidatos para o partido enquanto há tempo para filiações.

E Pinto Itamaraty será chamado para resolver a situação.

Roberto Costa sobre debandada: “PMDB passa pelo mesmo que em 2006”

robertocostaO deputado Roberto Costa, presidente municipal do PMDB, conversou com o titular do Blog sobre a situação atual do partido e o momento de perdas de lideranças. Costa afirmou que as perdas são naturais e que o partido segue como oposição ao governo. Costa diz que o partido segue como oposição ao governo Flávio com responsabilidade e que não existe nenhuma possibilidade de mudança no comando nem estadual e nem municipal.

“A debandada é natural. O PMDB passa pelo mesmo que passou em 2006, quando perdeu o governo. É natural que lideranças acostumadas com o partido como governo busquem outro caminho. Mesmo com estas dificuldades estamos reformulando o partido, e nos preparando para estar bem para as eleições municipais e estaduais”. 

Costa evitou falar sobre possível fogo amigo de Ricardo Murad para tirar o comando da legenda das mãos de João Alberto (estadual) e dele mesmo (municipal). Mas garante que está tudo certo, inclusive com Roseana Sarney para permanência das presidências. “Não existe nenhuma discussão interna sobre mudança e estamos muito tranquilos quanto a manutenção garantida pela ex-governadora Roseana. O que existe é alguma vontade externa [Ricardo Murad]. O presidente do partido é senador da República e elegeu o filho deputado federal. Eu, presidente municipal, fui o deputado mais votado em São Luís. A direção do partido permanecerá como está”.

Sobre o posicionamento conflitante entre ele e Andrea Murad, Costa afirmou que o posicionamento dele é o mesmo da maioria da PMDB. “A maioria da bancada adotou o posicionamento de oposição com responsabilidade. O deputado Max Barros fez um discurso neste sentido. Eu Max e Nina estamos em pleno consenso. Ora, se nós condenamos a oposição no governo anterior por algumas atitudes de radicalidade, não seria coerente uma oposição radical. Então, estamos dando o tempo para que o governo cumpra o que prometeu”.

Encontro com Roseana

Costa confirmou que Roseana Sarney está em São Luís e conversou com ele. Garantiu que não houve pressão e cobrança pelas desfiliações, mas uma boa conversa. “A ex-governadora entende o momento que o partido passa. Ao contrário, ela elogia nossa condução. Roseana quer se manter um pouco afastada das discussões políticas neste momento”.

Debandada enfraquece PMDB para 2016 na Grande São Luís

Luís Fernando já saiu do PMDB. Gil Cutrim também procura nova legenda.

Luís Fernando já saiu do PMDB. Gil Cutrim também procura nova legenda.

Os nomes de maior peso do PMDB para as eleições municipais de 2016 na Grande São Luís estão de malas prontas para deixar o partido. O prefeito e o ex-prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim e Luís Fernando Silva, e os dois vereadores de mandato de São Luís ainda filiados, Fábio Câmara e Helena Duailibe buscarão outros ares até setembro deste ano.

Luís Fernando já oficializou a saída do PMDB. O atual prefeito de Ribamar, Gil Cutrim, também já avisou aos correligionários que não fica no partido. Pelos últimos movimentos, a tendência é que Luís Fernando seja o candidato em 2016 com apoio de Cutrim e o grupo de vereadores já que o atual prefeito já está no segundo mandato.

Todos os dias surgem novas especulações sobre o partido de Luís Fernando que já

Casal Helena Duailibe e Afonso Manoel também estão de saída o PMDB

Casal Helena Duailibe e Afonso Manoel também estão de saída o PMDB

esteve próximo do PSB, foi “anunciado” como convidado para o PCdoB e tem um flerte com o PSDB, que hoje parece ser o destino mais próximo. Cutrim não tem pressa em oficializar a saída do PMDB e escolher uma nova legenda, mas já tem a anuência da direção do partido para sair.

Na Câmara de São Luís, a vereadora Helena Duailibe, que atualmente ocupa o cargo de secretária municipal de Saúde, deixará o PMDB. Porém, é dado como certo que o marido de Helena, ex-deputado Afonso Manoel, concorra ao mandato de vereador em 2016 no lugar da esposa. Assim, Helena fica na secretaria até o final do mandato do prefeito Edivaldo e Afonso busca a eleição. Mas o casal já decidiu que sai do PMDB. O provável destino do ex-deputado para disputar a eleição é o PR.

Fábio Câmara quer novos ares para tentar reeleição

Fábio Câmara quer novos ares para tentar reeleição

O vereador Fábio Câmara é outro que não quer mais saber do PMDB. Com o partido sob o controle do desafeto Roberto Costa em São Luís, Câmara trabalha para uma nova filiação. Porém, encontra resistência para ter anuência para deixar o partido, e sem esta, corre o risco de ter o mandato questionado por infidelidade partidária. Resolvendo a questão, o vereador deverá também se filiar ao PR, mas a quem diga que o PSB também tem conversas com o “amigo da hora certa”.