Júlio Pinheiro diz que programa de transformações no Estado perpassam por São Luís

Em entrevista ao Jornal Pequeno, o pré-candidato a vice-prefeito na chapa “Pra Seguir em Frente”, Júlio Pinheiro fala sobre o seu legado junto aos movimentos sociais e como irá contribuir com a pré-candidatura à reeleição de Edivaldo Holanda Júnior

juliopinheiroQuando Júlio Pinheiro (PCdoB) foi anunciado para ser companheiro de chapa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), foi estabelecido um consenso de ambas as partes de que a história de Edivaldo se mesclaria com a de seu vice. Com um projeto que propões mais avanços para São Luís, a chapa “Pra Seguir em Frente” fortaleceu sua coesão por meio desta escolha.

Em entrevista, o pré-candidato a vice pelo Partido Comunista do Brasil, fala sobre o seu legado junto aos movimentos sociais, sua história na grande região Itaqui Bacanga e como este legado irá contribuir com a pré-candidatura à reeleição do atual prefeito de São Luís.

Professor e presidente licenciado do Sindicato dos Professores do Estado do Maranhão (Sinproesemma), ele é reconhecido também pelo seu trabalho desenvolvido na área do Itaqui-Bacanga, onde mora há 40 anos. A coligação a qual Júlio Pinheiro pertence reúne os partidos PDT, PCdoB, DEM, PROS, PTB, PSC, PRB, PTC, PEN, PR, PT e PSL, que depois de muita reflexão, conjunturas, bateram o martelo e chancelaram o nome do comunista.

Como foi receber a notícia de que seu nome fora escolhido para ser o vice na chapa do pré-candidato Edivaldo?

Júlio Pinheiro – Tenho muita estima e consideração por Edivaldo, por ser um político íntegro, honesto e, acima de tudo, um homem do bem que ama a cidade em que mora. O nosso convívio vem da época quando o PCdoB foi um dos poucos partidos que o apoiaram e estiveram ao seu lado na sua primeira, e vitoriosa eleição, para prefeito em 2012. Por sua vez, manteve a sua lealdade ao retribuir apoio em que fortaleceu para que elegêssemos o governador Flávio Dino, num programa de transformações no estado que perpassa pela capital maranhense. São mudanças que precisam continuar, pois se tratam de uma aliança, governos estadual e municipal, que a população ludovicense almejava há mais de 40 anos.

Quando o PCdoB me indicou e tive aceitação favorável dos partidos que compõem a coligação a coligação. Tive a resposta de que iria contribuir com o  prefeito Edivaldo no seu projeto de avançar nesse compromisso que assumi com a população e comunidades da região Itaqui-Bacanga que estão ganhando cada vez mais uma vida digna. Com as obras que o Edivaldo está realizando, haverá melhorias da qualidade de vida das famílias. Fico feliz de estar ao lado de Edvaldo, na perspectiva de avançar e transformar a realidade das pessoas.

Governar uma cidade, uma capital num momento de crise econômica como a que o país vive não será tarefa fácil.  Porque o senhor que ser vice-prefeito de São Luís?

Júlio Pinheiro – Conheço a cidade que moro e fiquei muito feliz pela confiança do prefeito Edivaldo a mim depositada para ser vice da sua chapa. Primeiro, temos que nos empenhar no projeto de reeleição para dar continuidade às ações que o prefeito Edivaldo vem desempenhando em São Luís. Em relação à crise, o próprio Edivaldo tem dito que não foi fácil chegar aonde ele chegou, ou seja, a atual gestão nesses três anos e meio já passou, num primeiro momento, por situações bastante adversas. Entre elas, uma dívida na folha de pagamento de cerca de R$ 1 bilhão, a questão do VLT, e dois anos sem nenhum apoio do governo estadual.

E agora temos enfrentado uma das piores crises econômicas que o país atravessa desde 1930. Para que o leitor tenha uma ideia, são 12 estados (entre eles RIO e São Paulo) e mais de 600 prefeituras que estão atrasando as folhas de pagamento e dos servidores.

Mas vale ressaltar que mesmo com estes problemas, desde o primeiro dia em que assumiu a Prefeitura de São Luís, o prefeito Edivaldo com planejamento, honestidade, transparência e muito trabalho conseguiu avanços significativos nas áreas de infraestrutura, saúde, educação, meio-ambiente, assistência social, transporte, mobilidade urbana, habitação. Enfim são inúmeras ações espalhadas por vários pontos da cidade. E mais, há um ano e meio, trabalha em parceria com o governador Flávio Dino e, apesar do pouco tempo, implementaram os programas Mais Asfalto, Interbairros, a construção do novo Hospital da Criança, a intervenção urbana na entrada da cidade, entre outras obras.

Você mora na área do Itaqui-Bacanga e é conhecedor dos problemas de uma das principais regiões de São Luís.

Júlio Pinheiro – Sou natural de Matinha, por tanto sou baixadeiro com muito orgulho. Cheguei a São Luís com quatro anos de idade e desde então há 40 anos sou morador da área do Itaqui-Bacanga – onde residi no Sá Viana, Gapara e Anjo do Guarda, onde atuo e colaboro nas áreas de habitação, educação, mobilidade urbana, saúde, cultural (Via Sacra) e desportos, sempre com o objetivo de fomentar as políticas públicas e inclusão social.

Na área do Itaqui-Bacanga, também presidi a Cooperativa Habitacional dos Moradores de Baixa Renda, onde colaborei no projeto de construção em regime de mutirão de 120 moradias, na comunidade do Gapara.

O pré-candidato a vice na coligação “Pra Seguir em Frente” é mais conhecido no movimento sindical, mas antes esteve engajado no momento estudantil. Como foi essa experiência?

Júlio Pinheiro – Foi muito importante na minha vida conhecer a política estudantil, porque fiz muitas amizades, amadureci, além de ter me dado uma base e conhecimentos que me serviram na minha trajetória política que teve inicio no movimento estudantil, em 1988, como fundador do grêmio estudantil do CEMA do Anjo da Guarda. Nesse período também ajudei a abrir outro grêmio no colégio Nerval Lebre Santiago, no Centro. Em seguida participei ativamente da executiva municipal de refundação da UMES. Em 1993 presidi a Juventude Socialista e militei na universidade até concluir o curso de História na UFMA. Tenho muitas saudades desse tempo. Fui um dos fundadores do Grêmio do Colégio Nerval Lebre Santiago, Anexo do Liceu. Participei da Comissão de Refundação da Umes e, em seguida, fui eleito membro da direção.

O senhor também é muito atuante na área sindicial. Como começou seu interesse principalmente pela causa dos trabalhadores na área de educação?

Júlio Pinheiro – Após concluir meu curso de História pela UFMA, prestei concurso para a rede municipal de ensino e para a rede estadual sendo que atualmente sou concursado como professor de História. Como a política está no sangue, fui eleito primeiramente vice-presidente do Sinproesemma. Eleito pela categoria presidente em 2009 e sendo reeleito em 2013. E desde 2012 sou secretário-executivo de Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Considero-me privilegiado em ter tido a oportunidade de contribuir numa causa tão importante, que é a educação, liderando lutas que resultaram em várias conquistas para os educadores.

Antes destas eleições municipais o senhor teve participação na disputa de outros pleitos?

Júlio Pinheiro – Tive. Minha primeira experiência eleitoral aconteceu na disputa para a Assembleia Legislativa, ao concorrer a uma vaga de deputado estadual, em 2014, pelo PCdoB – partido no qual sou filiado desde 1990. Na ocasião obtive um total de 14.112 votos, sendo que na área do Itaqui-Bacanga tive 5.279.

E nesta corrida eleitoral  iria concorrer para a Câmara Municipal de São Luís?

Júlio Pinheiro – Sim nestas eleições já havia me licenciado do Sindicato dos Professores para me candidatar a vereador. Já tinha formado um grupo forte de apoio e estava confiante de que venceria as eleições para ser representante da área do Itaqui-Bacanga. Porém, o meu partido optou em colocar meu nome para compor a chapa majoritária da coligação “Pra Seguir em Frente”.