Rogério Cafeteira diz que Ricardo Murad usou a SES para fazer política

Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda

IMG-20150404-WA0029Único herdeiro político do ex-senador Epitácio Cafeteira (PTB), um dos maiores nomes da política maranhense, o sobrinho Rogério Cafeteira (PSC), passou de deputado de poucas palavras da legislatura passada a líder do governo e centro dos holofotes na Assembleia Legislativa (para o bem e para o mal). No centro da discussão, Rogério concedeu entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa, onde fala sobre a saída do grupo Sarney, o peso do nome Cafeteira e sua perspectiva de futuro político.

Cafeteira foi duro com os ex-aliados. Fez duras críticas ao ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, afirmando categoricamente que o pai da deputada Andrea Murad (PMDB) usou politicamente a SES para fazer política, inclusive, invadindo bases eleitorais de deputados aliados do governo Roseana. Para ele, o cunhado da governadora foi quem mais prejudicou a ex-governadora do Maranhão.

Rogério afirmou que a liderança de governo foi oferecida diretamente pelo governador e não era seu objetivo inicial. Ele credita às relações que construiu na Assembleia e principalmente a Marcelo Tavares (PSB) a escolha de seu nome como líder do governo. Cafeteira disse que nunca teve relações muito próximas com o governo Roseana.

 

Como é levar o legado do nome do ex-senador Epitácio Cafeteira (PTB) e quais são as suas perspectivas políticas?

Acho que me facilitou muito essa questão do nome. Foi a maior herança que eu poderia ter dele: o nome. E o aprendizado que eu tive em todo esse tempo com ele. Sempre foi uma relação de pai e filho desde muito pequeno. Sempre admirei muito o senador Cafeteira politicamente. No que diz respeito ao futuro, o sonho que eu tenho em política… Geralmente as pessoas têm o sonho de executivo, mas o sonho que tenho é de um dia ser senador e ocupar o mesmo gabinete que o Cafeteira ocupou lá. Sou uma pessoa de sorte, portanto não é uma coisa que tenho como fixação, mas pela sorte que tenho é possível que um dia eu chegue lá.

E o senhor deseja concorrer ao Senado já para a próxima eleição?

A minha preocupação maior, atualmente, é desempenhar bem o papel de liderança do governo, honrando o nome que o Cafeteira me deu. Não existe um projeto que me leve a disputar para o Senado em 2018, mas é um sonho que eu teria. O governador Flávio Dino me deu uma oportunidade que eu vou ser eternamente grato. O governador chegou com um respaldo popular muito grande, onde ele poderia ter convidado qualquer deputado estadual para ser líder do governo, e ele me deu a honra, uma oportunidade de crescer na política junto com ele. Eu poderia ter pleiteado qualquer outro espaço na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, mas acho que a oportunidade de representar o governo é única. Vejo no Flávio algumas semelhanças com a época em que o Cafeteira foi governador e isso me motiva muito.

OlhoRogerio3Como foi o processo que culminou na sua escolha para a liderança do governo na Assembleia?

Sempre tive uma relação muito boa com o grupo de oposição ao governo Roseana Sarney. Tinha algumas convicções e algumas simpatias que não poderiam ser mudadas por causa de compromissos firmados anteriormente. Não ficaria bem ter mudado de lado [durante o processo eleitoral]. Tenho várias queixas do governo passado, mas não seria justo reclamar no fim do governo. Se eu tivesse que ter falado, eu deveria ter falado na época em que me senti prejudicado. Então, eu segui meu caminho e acho que construí um nome dentro da Assembleia muito fundamentado nos compromissos que assumi lá dentro. Talvez seja isso que fez com que meu nome fosse lembrado e, imagino, que por alguns colegas de parlamento, que devem ter sugerido ao governador Flávio. Sinceramente, eu não sei como foi feita essa escolha. O Marcelo [Tavares], pouco antes, tinha me questionado discretamente se eu aceitaria o posto, participar da base, mas nunca foi algo objetivo. Nesse período, pensei em fazer um bloco e atuar de forma mais independente, mas na dinâmica da política as coisas ocorreram de outra forma e eu fico muito lisonjeado, envaidecido, com o convite. É um risco que merecia ser corrido, pois o governo Flávio Dino vai marcar uma época no Maranhão.

E nesses três meses de liderança, houve algum tipo de resistência da base ao seu nome?

Dentro do grupo houve e ainda há certo ciúme, pois, numa análise, um deputado eleito na base de apoio do Flávio Dino pode imaginar o seguinte ‘poxa, eu estive aqui do lado, no combate, na oposição, com sacrifícios e depois da eleição vem o deputado Rogério Cafeteira, que fez campanha para o outro lado, em outro grupo político, e assume a liderança’. É natural, mas com o convívio vão me entender e aceitar cada vez mais. Para falar a verdade, entre os deputados, não sinto nenhum questionamento ou resistência. Fui acolhido de uma forma maravilhosa. Os resquícios são de alguns deputados da base da Roseana que migraram para a base do governador Flávio.

E a postura da atual oposição, como você avalia?

Olhorogerio2A oposição passada era extremamente qualificada e preparada. Neste primeiro momento, à base de oposição ao governo Flávio Dino falta se articular, falta embasamento e falta credibilidade. Eu tenho uma relação pessoal boa com a deputada Andrea Murad, mas quando você bota uma filha para defender um pai começa a questão familiar. O amor de uma filha por um pai é incondicional. Dentro de casa, na hora que a gente senta para almoçar ou tomar café, os nossos pais só contam o que eles fazem de bom. O que fazem de ruim eles não contam pra gente. Então, à oposição atual falta qualificação e falta um pouco de credibilidade. A Andrea Murad, por exemplo, bate muito na tecla da saúde, fica envaidecida quando se fala que houve uma evolução na Saúde. Eu até concordo, mas nós temos que ver a que custo teve isso. O ex-secretário Ricardo Murad foi quem mais prejudicou o governo Roseana e é quem mais vai nos dar problemas, por ter criado uma estrutura que nãos e financia, em desacordo total com as normas do governo federal. A atual oposição se baseia em factoides, amparados por um grande poder de mídia, que acabam não se sustentando por muito tempo.

Em dois dos confrontos com Andrea Murad na Assembleia Legislativa, o senhor fez relação a fatos que teriam ocorrido nas cidades de São João dos Patos e Miranda do Norte na véspera das eleições passadas. O que ocorreu nestas cidades?

O que de fato aconteceu é que o Ricardo Murad usou politicamente a Secretaria de Saúde do Maranhão para invadir bases eleitorais de vários candidatos a deputados da base do governo anterior. Atacou os companheiros. Quando eu falei de São João dos Patos, é porque foi desta forma que a deputada Andrea foi lá. Ele usou a estrutura da Secretaria de Saúde, através de convênios, para levar a Andrea a ser votada lá. Em Miranda, igualmente. A Andrea, levianamente, sugeriu da tribuna que eu tinha mandado recursos pra lá e não fui votado. Ao contrário, eu fui votado duas vezes lá. Eu não tive a quantidade de votos da deputada Andrea por não ter um pai secretário. Basta comparar a quantidade de recursos mandados por ele e por mim. Este fator determinou a votação. Dei, inclusive o exemplo de Passagem Franca, onde tive quatro mil votos na eleição de 2010 contra 89 do pleito passado. Essa questão da deputada Andreia é isso: foi usada a máquina da Secretaria de Saúde para fazer campanha e tomar as bases dos seus companheiros, tanto que o deputado Hélio Soares não é hoje deputado por causa do Ricardo Murad, que tomou várias das bases dele.

Houve algum tipo de retaliação após a sua decisão de romper com o grupo Sarney e integrar a base do governo Flávio?

OlhoRogerio1Não! Essa cobrança não seria justa com nenhum deputado que deu sustentação à base da ex-governadora Roseana. Nenhum! Um exemplo é o Roberto Costa, que tinha grande proximidade e influência, participando do governo. A ex-governadora encerrou a carreira política dela. No momento em que fez isso, ela desobrigou a todos que faziam parte da base de ter que seguir num projeto que não existe. Qual o projeto que o grupo Sarney tem de poder hoje? O grupo está sem liderança, não tem nome para a disputa pela Prefeitura de São Luís; não tem nomes para a disputa pelo Governo, para as duas vagas de senador daqui a quatro anos. A Roseana encerrou o ciclo do grupo Sarney no Maranhão, deixando cada um livre para procurar o seu caminho. Os caminhos hoje são dois: aderir ao grupo do Flávio ou construir uma nova via, que é difícil quando não há uma liderança para conduzir este processo. A própria oposição na Assembleia é acéfala. Eles não se entendem pela falta de um projeto.

E os seus planos para o PSC?

Há dez dias eu tive em Brasília para conversar sobre uma nova composição de forças dentro do PSC. Não é correto eu e o deputado Léo Cunha termos mandato, mas não termos nenhuma ascendência dentro do partido. Nós estamos trabalhando uma nova composição. Eu só aceito uma composição dentro do PSC com a garantia de que continuaremos dentro da base do governo Flávio Dino nos próximos quatro anos. Outro tipo de composição é impensável…

E as suas perspectivas em relação ao novo momento da política maranhense?

O governo começou com uma pauta extremamente favorável, positiva, como a questão do Mais IDH, CHN Jovem, cortes milionários de custeio, combate à corrupção, transparência, valorização dos servidores públicos, contratação de novos policiais etc. Mas o que vejo de mais positivo no novo governo é a força de trabalho, a competência e o fato dele estar bem intencionado. E o que vejo no Flávio é a vontade de fazer o Maranhão avançar, superar deficiências históricas, possibilitando, assim uma guinada na vida da nossa gente. O Mais IDH não vai mudar a realidade, apenas, do cidadão que mora nos municípios mais pobres. Vai mudar a nossa vida, pois quando você sai do Maranhão, desembarca em outro estado e pega um taxi no aeroporto, quando fala que é do Maranhão, ouve os piores dos comentários. Daqui a dois anos, eu tenho convicção disso, quando sair o ranking do IDH, o Maranhão vai ter melhorado, influenciando na autoestima de todos nós.

Flávio Dino diz que quer democratizar informação levando internet aos maranhenses

entrevista3Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), falou sobre uma série de fatores políticos e administrativos do Maranhão, do Brasil e do mundo. O blog destaca um ponto focado com ênfase pelos jornalistas que sabatinaram o comunista: a dificuldade que Flávio terá de enfrentar o império de comunicação do grupo Sarney no estado.

Ao ser questionado sobre a mostra que Flávio teve do peso dos meios de comunicação já na campanha, o governador eleito lamentou a campanha anticomunista e disse ter ciência do império que enfrentará. “Eu lamento muito que a campanha tenha sido marcada pela criminalização ao meu partido. Vivenciamos uma campanha de desconstrução e enfrentamos com muita clareza. Sabemos que uma vitória eleitoral não se encarrega de eliminar estruturas enraizadas. De fato, há este império mediático. Teremos uma oposição forte”.

O governador eleito disse que utilizará critérios objetivos e transparentes com relação às verbas publicitárias, porém, o que realmente fará a democratização da informação no estado é levar internet aos maranhenses. “Vamos colocar uma política pública para de fato a liberdade de expressão para todos. Por isso o estado deve incentivar rádios comunitárias, blogs, que têm uma importância crescente na sociedade brasileira e no Maranhão. Eu sou muito da tese de que a grande democracia que podemos promover é ajudar a universalização da internet. A minha vitória é fruto disso. Apesar de apenas 15% tem acesso à internet, o segmento que tem acesso é multiplicador. Levar a banda larga à maioria das casas é o grande caminho”, pontuou.

Flávio também reafirmou que totalmente contra a censura e o controle de conteúdo, mas um controle de econômico dos veículos de comunicação. O governador eleito afirmou que não possui e nunca possuirá emissoras de rádios e televisões.

Confira a íntegra da entrevista aqui:


 

Bira do Pindaré é o entrevistado desta quinta no programa “Transição” da TV Guará

biradopindareO deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) foi o entrevistado do programa Transição da TV Guará, na manhã desta quarta-feira (05). O programa será transmitido nesta quinta-feira (06), às 22h45.

Bira que será o novo Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no Governo Flávio Dino foi entrevistado pelos jornalistas Marcus Saldanha e Américo Azevedo, o Professor da UFMA Márcio Monteiro participou do bate-papo.

O “Projeto Transição” aborda a transição de Governo entre Roseana Sarney (PMDB) e Flávio Dino (PCdoB). O “Projeto Transição” pretende mostrar quais são as inquietações do eleitor e, especialmente, instigar a curiosidade para este importante fato. O programa debate sobre o legado deixado por este governo e sobre a realidade a partir de 1º de janeiro de 2015.

Na entrevista o deputado Bira foi perguntado sobre a UEMA, a FAPEMA e falou também sobre suas primeiras ações enquanto Secretário de Estado a partir de 2015. O futuro Secretário afirmou que já teve um primeiro contato com o atual titular da pasta e solicitou informações sobre a SECTEC.

Bira voltou a garantir a lisura e a transparência no processo das bolsas da FAPEMA e a construção e implantação do IEMA, uma espécie de IFMA da rede estadual. Outro desafio destacado por Bira é tirar o Maranhão da posição de pior estado da federação, no que se refere à inclusão digital.

“Trabalharemos a integração entre a FAPEMA, Secretaria de Educação, UEMA, SECTEC e vamos estimular os professores a buscarem uma melhor qualificação profissional. Temos que virar a página e quebrar o ciclo de concentração de poder e riqueza, disponibilizando oportunidades a população. Faremos Ciência e Tecnologia para o povo”, garantiu Bira.

Jefferson Portela fala sobre as prioridades da Segurança Pública

jeffersonAnunciado por Flávio Dino como responsável pela pasta de Segurança Pública, o delegado Jefferson Portela relatou em entrevista nesta terça-feira (04) as prioridades para garantir o cumprimento do Programa de Governo apresentado pelo governador eleito aos maranhenses. No programa Avesso, da TV Guará, Portela relatou como pretende reestruturar a Secretaria de Segurança para torná-la mais eficiente.

Entre as prioridades da pasta, Portela garantiu o diálogo permanente com todas as forças de segurança, de modo a concretizar a integração entre os sistemas de inteligência e informação das polícias, do Ministério Público, OAB e do Judiciário, atendendo à determinação do governador eleito. “O compromisso de Flávio Dino é prestar um serviço público de qualidade aos maranhenses e eu estou aqui para garantir isso na Segurança Pública”, confirmou Portela.

A respeito das dificuldades que serão encontradas, o secretário anunciado relatou que a orientação de Flávio Dino é manter uma postura propositiva, garantindo soluções eficientes e rápidas. “Não assumo a secretaria para chorar em cima de problemas. O governador Flávio Dino mentalizou um novo comportamento. Vamos seguir isso trabalhando não para falar das dificuldades que serão encontradas, mas para resolvê-las”, concluiu.

Em outra entrevista também na TV Guará, no Programa Transição, Jefferson Portela também deu indícios de como pretende atuar no enfrentamento da realidade existente. Como o Estado menos policiado do Brasil, entre delegados, peritos, legistas, comissários, escrivães, investigadores, o Maranhão precisa, segundo Portela, “recompor o quadro das polícias”.

Pacto pela Vida

Proposta apresentada por Flávio Dino para articular políticas de Estado entre todos os poderes com a finalidade de reduzir os índices de criminalidade, o Pacto pela Vida será implantado para assegurar políticas de prevenção de crimes e de combate ao tráfico. Sobre isso, Portela prometeu dedicação.

“Garanto aqui aos maranhenses que faremos uma radiografia completa do sistema de segurança e buscaremos soluções”, disse ao explicar que o programa também envolve outras secretarias e forças de segurança pública que terão reuniões periódicas com o governador eleito para traçar metas e prazos.

Valorização das polícias

Lembrando que há 16 anos trabalha como delegado de polícia, Portela garantiu empenho para valorizar os profissionais da área. “Nós vamos humanizar o tratamento ao homem e a mulher policial. A máquina é a viatura. O policial é um homem e será tratado como tal”. E, concluiu garantindo uma postura de diálogo permanente. “Manteremos o diálogo. Vamos receber as polícias e levar ao governador, valorizar os profissionais. A conversa vai continuar como durante a campanha”.

Tocar obras e diálogo com setor privado serão nossas diretrizes, diz Clayton Noleto

Blog do Jorge Vieira

claytonEm entrevista, o secretário de Infraestrutura apresentado por Flávio Dino para comandar a pasta a partir de 1º de janeiro de 2015 afirmou que as obras do recurso do empréstimo ao BNDES serão tocadas e concluídas no próximo Governo.

Segundo Clayton Noleto, já existe um esforço em conhecer a pasta e a situação financeira do Estado para garantir que os recursos dessas obras sejam apresentadas de forma transparente para o próximo governo, para que a população não seja prejudicada com a troca de nomes.

Entre as prioridades apontadas pelo próximo secretário estão o diálogo com a classe empresarial mantendo “um clima de respeito e independência” de ambas as partes. Clayton é oriundo da Região Tocantina e afirma que todas as regiões serão contempladas com as ações no Governo Flávio Dino.

1 – O Maranhão é um estado que tem muitos problemas infraestruturais a serem resolvidos. Qual será a sua prioridade na pasta?

Vamos cumprir o Programa de Governo, cujo conteúdo foi elaborado em amplo debate com todos os setores da sociedade: concluir todas as obras vinculadas aos recursos do BNDES, obras cuja responsabilidade é do Governo Estadual, e combater a corrupção. Vamos apoiar as prefeituras na recuperação permanente das estradas vicinais, especialmente as destinadas ao escoamento da produção. Essas medidas vão abranger todas as regiões do Maranhão – muitas delas, que foram relegadas ao esquecimento ao longo dos anos. Vamos fazer tudo isso com transparência, agilidade e eficiência, num clima de respeito e independência em relação ao setor privado.

2 – E as obras não concluídas pelo atual governo, qual o tratamento que será dado a partir de 1º de janeiro?

Esse tema será tratado com seriedade. Uma das nossas solicitações diz respeito ao demonstrativo de obras em andamento, com informações detalhadas do que foi entregue ou não está concluído. Conhecemos os problemas de mobilidade urbana nas grandes cidades e trataremos as obras da Via Expressa, do Corredor Metropolitano e da Quarto Centenário com a atenção devida. Outro caso que terá nossa total atenção é o da MA-008, a famosa “Paulo Ramos-Arame”, importante para escoamento da produção e facilitar o deslocamento, acesso a serviços de saúde, educação. Essa obra, que foi integralmente paga e nunca foi feita, será o símbolo da inauguração de um novo momento no governo do Maranhão. Vamos fazer essa estrada, importante para o desenvolvimento do estado.

3 – Como o senhor pretende conduzir o Programa de investimentos em infraestrutura do BNDES no Maranhão, conhecido pela polêmica criação do Fundema?

Primeiramente, é necessário conhecer com detalhes a real situação de todos os convênios e estamos fazendo isso nesse período de transição. Saber quanto existe em caixa, quanto já foi gasto e o que ficará para executar no próximo Governo. Já estamos tomando ciência de todo o programa de investimentos previsto no BNDES e vamos acompanhar a execução, obra a obra, para que o dinheiro público seja finalmente revertido em benefícios para todos os maranhenses; e isso será levado ao conhecimento dos maranhenses. Nossa prioridade será garantir a conclusão de todas as obras oriundas do financiamento do BNDES.

4 – O senhor tem destaque em Planejamento Estratégico e, nessa área, o Maranhão precisa transformar as obras em mais desenvolvimento. Como fazer isso no novo governo?

Vamos colocar em prática o compromisso do Governador eleito – garantir o combate à corrupção e ao desperdício. E isso nós vamos fazer com diálogo permanente com o setor privado, aumentando a celeridade e qualidade das obras, assegurando transparência e probidade nas despesas do Estado. Os investimentos serão feitos em sintonia com as diretrizes estabelecidas pelo Flávio. Temos um estado rico e capaz de produzir em todas as regiões, por isso, as obras não podem ser feitas aleatoriamente. Elas devem estar sintonizadas com as necessidades de cada região. O nosso esforço será feito nesse sentido.

Edinho atribui derrota a caso Petrobrás, falta de convênios e desejo de mudança

edinhoEm entrevista ao jornal O Imparcial, o suplente de senador Edinho Lobão (PMDB) falou de sua trajetória na campanha eleitoral de 2014. Após a derrota, admitiu que o escândalo da Petrobrás, a falta de convênios eleitoreiros para motivar os prefeitos e o forte desejo de mudança foram os principais fatores que determinaram sua derrota. Edinho também fala do seu futuro.

Confira a entrevista na íntegra:

O senhor acredita que a crise da Petrobras lhe atrapalhou, mas por qual motivo não acabou interferindo na votação da Dilma Rousseff?

Boa pergunta. Nós vínhamos numa crescente na campanha. Monitorávamos os números, principalmente em São Luís e em Imperatriz. Quando a saiu a pesquisa Ibope, no sábado estávamos a 10 pontos do nosso adversário, no mesmo dia eclodiram as denúncias em relação a Petrobras. Nos quatro dias seguintes, eu caí mais de 20 pontos em São Luís e em Imperatriz mais de 20, a diferença na capital chegou a ser de 4 pontos, antes da denúncia. Então aqui impactou demais minha eleição, principalmente nesses dois centros. O fato de ter sido o meu pai citado naquela delação e não a Dilma, impactou diretamente a minha candidatura e não a dela.

Existiram outros motivos para a sua derrota?

Depois disso vieram várias ocorrências, ônibus pegando fogo, o problema de Pedrinhas. Mas acredito que o que mais me atrapalhou foi a expectativa dos convênios que foram firmados com o governo e não foram cumpridas este ano. Tanto que surgiu o discurso de que não podia se empenhar na minha campanha, pois os recursos para as obras não estavam chegando e assim não teriam como defender o governo e a minha candidatura que estava vinculada. Aí você soma tudo isso, ao desejo de mudança e chega ao resultado que foi apontado pelas urnas. Eu fiz uma campanha leonina, sem dinheiro, corajosa, em um estado que tinha um sentimento pró-Flávio Dino e eu andei cerca de 40 municípios por mês, totalizando 160.

O senhor poderia então afirmar que faltou empenho da governadora na sua candidatura? Faltou ajuda dela?

Não posso dizer isso. O que posso dizer é que ela enfrentou problemas muito grandes em seu governo, o que lhe impediu de estar comigo na campanha. Ela foi comigo em três comícios. Eu fiz uma campanha sozinho.

E mesmo fazendo sozinho, o senhor acredita que saiu derrotado?

Eu não saí derrotado, eu tive quase 1 milhão de votos. Dentro dessas condições que já lhe apresentei, acredito que esses votos são meus e não do governo, que foram depositados em minha confiança, por conta do meu trabalho. Agora ninguém mais pode dizer que eu sou um senador sem votos.

Esses quase um milhão de votos lhe credenciam para ser a liderança desse grupo. O senhor deseja ocupar esse posto?

Eu agora tenho que voltar pra minha casa. Eu agora vou refazer a minha vida. Eu não quero pensar em política agora. É claro que não posso abandonar as amizades e compromissos que fiz. Vou permanecer como cidadão, mantendo acesa essa chama da amizade construída ao longo desse caminho. Mas eu não tenho mais nem vontade de permanecer no Senado. Por mim, quero que meu pai volte a ocupar sua vaga e eu retome meus negócios. Então não tem essa visão de permanecer como oposição no Senado. Então deixa o quadro político se estabilizar para eu pensar melhor.

Daqui dois anos teremos eleição para prefeito. Sua votação dentro de São Luís foi expressiva. O senhor se considera credenciado para entrar nessa disputa?

Jamais.

Qual o motivo do desinteresse nesse cargo?

Deixa eu lhe explicar. Eu não escolhi esse caminho para mim. Do fundo da minha alma lhe digo com toda sinceridade, se eu não tivesse naquele hospital, naquele quarto, naquele estado de saúde, se não tivesse um conjunto de coisas, eu jamais teria sido candidato. Não é por conta da dificuldade, mas é por não entender que isso era pra mim. Aceitei, pois entendi como um chamado de Deus. Aí você pode me perguntar, se eu me arrependo, eu digo com toda clareza, não me arrependo. Agora também não posso negar a você, que ter andado pelo interior do meu estado como candidato majoritário, mexeu comigo. Ver as pessoas, as crianças, abraçando e chorando. Mulheres e homens. Essa experiência muda a gente e me mudou. Eu tinha um propósito de mudar o Maranhão de verdade. Mas essa não foi a vontade do povo e nem de Deus. Então vou fazer o que eu puder para ajudar. Agora eu me candidatar a prefeito não há menor hipótese.

O senhor acha que se tivesse descolado da família Sarney, teria uma votação melhor?

Só teria uma forma disso acontecer, se eu brigasse com Roseana. E eu não iria brigar com a governadora para me favorecer, afinal seria uma falta de caráter enorme. Existiam limites que eu não avançaria para me tornar governador. Me acusaram de forjar aquele vídeo. Eu jamais faria aquilo. Sobre hipótese nenhuma eu faria aquilo. Mesmo se prometessem a vitória, eu não faria. Eu saio dessa eleição com a consciência tranquila. Sai limpo dessa eleição. Não me comprometi com ninguém. A minha campanha foi pobre financeiramente, de apoios políticos dúbios e de 217 prefeitos, eu só tive de 10 a 15 me apoiando firmemente. Eu tive que sobreviver a isso tudo, mas foi meu destino e me rendo a ele.

O que o senhor tem a dizer aos seus aliados que lhe abandonaram na reta final?

Eu vou dizer: o povo há de julgar. Não me sinto no papel de juiz para avaliar o comportamento desses políticos. Eu fiquei chateado, mas cada um é livre para fazer suas escolhas. Ninguém tinha contrato comigo, o que existia era um sentimento de amizade e lealdade, se eles não foram assim comigo, paciência.

Analisando hoje a sua campanha. O senhor teria feito algo diferente, que poderia lhe levar a vitória?

Nesses últimos quatro meses, se não existissem esses fatos exógenos a campanha, o resultado poderia ser diferente. Mas os fatos ocorreram. Eu acho que o governo não me ajudou em nada. Historicamente o governo foi um parceiro do seu candidato, eu não tive essa parceria, pelo contrário, tive de vencer resistências. Tiver que vencer adversidades como convênios que não foram assinados, desgastes internos do governo, tudo acabou ficando nas minhas costas. Eu tive que andar com esse fardo e esse fardo se demonstrou pesado demais para alcançar a vitória.

E fica uma mágoa em relação à Roseana?

Não.

E em relação ao seu vice? Ele lhe abandonou também?

Negativo. Meu vice ocupou uma função extremamente estratégia. Eu lhe dei uma missão importante. Ele precisava manter o contato com a classe político em todo momento. Arnaldo Melo ficava aqui em São Luís, ligando para nossos aliados, segurando eles aqui. Ele foi responsável por segurar muitos aliados no nosso campo. Tanto que publicamente somente Hélio Soares, Marcos Caldas, Léo Cunha e Dr Pádua, declararam apoio ao Flávio Dino. Sei que os outros cruzaram os braços, mas Arnaldo foi o responsável por segurar muitos aliados.

Alguma coisa lhe deixou chateado nessa campanha?

Eu tive surpresas. Mas o que mais surpreendeu foi à postura do Edmar Cutrim. Eu jamais poderia imaginar que ele teria uma postura como ele teve. Logo por conta da relação que o Edmar tinha com a minha família. Aí podem dizer que a política é podre, mas não entendo dessa forma. A política é linda, mas ela tem seu lado ruim. Não é possível tirar o lado ruim. A postura do Edmar Cutrim não foi absurda, mas me chatou, foi uma grande decepção, fiquei pasmo.

Em relação ao PT. Houve a gravação do Lula, faltou a gravação da Dilma e a presença dos dois aqui no Maranhão. Fica uma mágoa com a Dilma?

A Dilma não gravou, não veio e também distribuiu material com o Flávio Dino. Eu acho que ela foi injusta comigo, mas também não guardo mágoas. O Lula foi fantástico comigo.

E qual vai ser a tua postura no segundo turno?

Eu costumo ter uma palavra só. Eu disse que apoiaria a Dilma até o fim e assim eu vou.

O Flávio era candidato a 4 anos e o senhor a 4 meses. Se o senhor tivesse tido o mesmo tempo, o senhor acredita que teria sido vitorioso?

Se eu tivesse mais controle sobre as ações do governo e se eu tivesse tido o tempo que o Luis Fernando teve, certamente o resultado teria sido diferente. O governo não me ajudou, pois tinha seus problemas, não por má vontade, mas por conta dos seus problemas. Eu não estou dizendo que o governo foi o culpado pela minha derrota. Mas se tivesse agido de forma diferente, o governo poderia ter me levado a vitória. Outro problema era a questão do tempo de governo, era antigo e mesmo assim não era ruim, mas o sentimento de mudança era muito grande.

Quais são seus planos para o futuro?

Cuidar da minha família. Agora quero nem pensar em política. Em 2016, tenho uma dívida de gratidão com alguns amigos e eu vou procurar ajuda-los. Eu penso organizar a minha vida, que está largada a muito tempo por conta do Senado e eu quero cuidar um pouco de mim. Já disse ao meu pai que nem quero ficar no Senado, quero voltar pra casa. Saio sem segundas palavras, saio como se tivesse tirado um fardo das minhas costas. Agora estou leve. Não sei qual tipo de perseguição vou sofrer. O que o governo adversário vai fazer comigo.

Zé Reinaldo fala da queda do império Sarney em entrevista

O deputado federal eleito, Zé Reinaldo Tavares (PSB), concede nesta terça-feira (7) entrevista ao programa Avesso, da TV Guará. Um dos principais responsáveis pela queda do Império Sarney já com a eleição de Jackson Lago em 2006, voltou a ter papel de protagonista na eleição de Flávio Dino.

O programa vai ao ar as 22h45 no canal 23 na TV aberta, 21 na TVN, 232 na Sky e 78 na NET.

 

Na Mirante, Flávio promete “tirar o Maranhão das páginas policiais”

mirante2O candidato ao governo do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) falou sobre o combate à corrupção em seu governo, caso seja eleito, durante entrevista no JMTV, da TV Mirante, nesta terça-feira (16). O candidato disse ser muito importante “tirar o Maranhão das páginas policiais”. Ele citou como exemplo as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mencionou a governadora Roseana Sarney e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) como envolvidos em um suposto esquema de corrupção na estatal.

“Meu primeiro compromisso é fazer um governo honesto, que combata a corrupção, para termos ainda mais orgulho de sermos maranhenses.”

O comunista anunciou que, se eleito, seu governo vai contar com representantes de todas as regiões do Estado. “Teremos no primeiro escalão pessoas oriundas de várias experiências e de várias regiões para garantir uma equipe que conheça o Maranhão de verdade”, disse.

Ele afirmou que o requisito essencial para compor o governo será ter competência e honestidade, independentemente de ser político ou não.

Flávio lembrou que tem uma ampla aliança para promover uma virada de página no Maranhão. “Estamos de braços abertos a todos aqueles que têm compromisso com o nosso programa, que é o de um governo honesto, justo, com políticas sociais.”

Na entrevista, o candidato também reafirmou o compromisso de acabar com a perseguição política feita hoje pelo governo estadual.

“Vamos fazer parceria com todos os 217 prefeitos, vamos pôr fim a essa política atrasada da perseguição e do medo, onde apenas os que seguem a política do Palácio dos Leões são apoiados. Comigo no governo, vamos apoiar todas as prefeituras do Maranhão”, disse.

Flávio também ressaltou seu compromisso fundamental de levar água e banheiro para a casa de todos os maranhenses até 2018. “Nós vamos cumprir essa meta.”

Combate à corrupção

Bem ensaiado, Edinho concede primeira entrevista sem comprometer

Robótico, Edinho concede entrevista sem comprometer

Robótico, Edinho concede entrevista sem comprometer Foto: Zeca Soares/G1 Maranhão

Depois das catastróficas participações nas sabatinas da TV Guará e Rádio Mirante AM, a equipe de marketing do candidato Edinho Lobão adotou a estratégia do curto, grosso e robótico. Sempre que o candidato tenta ser mais espontâneo e atacar o adversário, o tiro saia pela culatra e ele só se prejudicava com alguma “pérola”.

Na entrevista concedida ao JMTV 2ª Edição, na TV Mirante, Edinho estreou a nova postura. Sério do início ao fim, respondeu de forma muito sucinta todas as perguntas de acordo com o script de seus marqueteiros para não comprometer. Curioso até a rapidez com a qual Edinho respondia as perguntas.

 

Ficou provado que o ar risonho e as brincadeiras que não colavam só reforçaram o aspecto de “playboy” que tem sido um entrave para o crescimento do candidato, que agora se portará como homem sério e firme nas respostas.

Edinho passou no primeiro teste, pois se não disse quase nada, pelo menos, não comprometeu.

“São Luís é vítima de retaliação do governo do Estado”, afirma prefeito Edivaldo

Edivaldo destaca avanços na transparência, saúde, educação, trânsito e infraestrutura

Edivaldo destaca avanços na transparência, saúde, educação, trânsito e infraestrutura

Em entrevista ao Jornal Pequeno, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) falou sobre a administração, política, avanços e perspectivas. O chefe do executivo lembrou que tentou a todo momento a parceria institucional com o governo do estado.

“Somos possivelmente o único município do Maranhão a não ter convênios celebrados com o governo do Estado. Pior, todos os meses a Prefeitura repassa R$ 2 milhões para o Estado, resultado de ação judicial do governo contra o município”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista:

1 – Após um ano e meio do início da atual gestão, em que áreas, na sua avaliação, ocorreram avanços mais significativos?

Temos avanços em todas as áreas. Na habitação, por exemplo, entregamos 2 mil 679 unidades habitacionais em parceria com o governo federal. Vamos entregar mais 8.304 casas ainda este ano e temos 12.524 mil unidades habitacionais contratadas. Um marco histórico na política habitacional de nossa cidade.

Avançamos muito na saúde com a melhoria do atendimento dos Socorrões, Hospitais da Mulher e da Criança, além da reestruturação das unidades mistas. A descentralização do sistema de marcação de consultas e exames, ampliação do Programa Saúde na Família e do Samu. Na educação com a contratação de professores, recuperação da estrutura física da rede, capacitação de professores, transporte escolar, alfabetização de jovens e adultos; mais de 2 mil títulos de propriedade entregues, recuperação de ruas e avenidas, trabalho que será intensificado agora com o fim das chuvas; intervenções no trânsito para melhorar a mobilidade, a recuperação dos terminais de integração e colocação de novos abrigos para aos usuários do transporte público; construção de canais e redes de abastecimento d’água e sistema de esgotamento sanitário no Itaqui-Bacanga.

Enfim, posso afirmar que avançamos muito e em todas as regiões da cidade e com recursos próprios e parceria com o governo federal. Nossa meta é ampliar ainda mais estas ações no segundo semestre e começar as obras estruturantes que nossa cidade precisa.

2 – Houve avanço na sua proposta de efetivar parcerias com o governo federal e o governo do Estado, nas áreas mais críticas?

Infelizmente, nosso município tem sido alvo de retaliação por parte do governo do Estado. Apesar dos esforços e de nossa iniciativa em buscar estabelecer parceria, com o Pacto por São Luís, somos possivelmente o único município do Maranhão a não ter convênios celebrados com o governo do Estado. Pior, todos os meses a Prefeitura repassa R$ 2 milhões para o Estado, resultado de ação judicial do governo contra o município de São Luís, para recuperar os recursos do convênio de R$ 70 milhões feito pelo governo do Dr. Jackson com o município para a construção dos elevados do Calhau e da Forquilha. São Luís é vítima de uma retaliação não ao prefeito, mas à população.

Recentemente, passamos por um rigoroso período de chuva que agravou os problemas da cidade. Fizemos um apelo público pela parceria protocolamos pedido de audiência com a governadora e sequer tivemos resposta até este momento.

Mas, acreditamos que isso tem prazo para terminar e a partir de janeiro de 2015 teremos pela primeira vez um governo do Estado trabalhando em parceria com a Prefeitura em benefício de nossa população.

3 – Qual sua visão sobre o atual cenário político do Maranhão?

Estamos num momento político muito favorável em que nossa população dá sinais claros de mudança na estrutura política do Estado. Temos um grupo político forte, coeso e com projetos para o desenvolvimento do Maranhão com justiça, oportunidade para todos com a participação efetiva e republicana de todos os municípios. Temos absoluta confiança de que esse projeto liderado pelos companheiros Flávio Dino, Roberto Rocha, que reúne nove partidos e vários segmentos de nossa sociedade sairá vitorioso renovando a esperança dos milhões de maranhenses e especialmente dos ludovicenses com dias melhores para nosso estado e nossa cidade.

4 – Prefeito Edivaldo, que medidas efetivas estão sendo tomadas com vistas a pôr fim à greve dos professores e para que seja retomada a normalidade do funcionamento das escolas da rede municipal?

Tivemos um intenso processo de diálogo com todos os servidores do município, especialmente com os professores. A maioria teve a compreensão das dificuldades financeiras enfrentadas pelo município e aceitaram nossa proposta de reajuste salarial aprovada pela Câmara de Vereadores. Infelizmente, uma pequena parte da categoria ainda insiste em manter uma greve, que é rejeitada pela maioria dos professores e também já foi julgada ilegal pelo TJMA.

Respeitamos e consideramos justas as reivindicações da categoria, mas tivemos avanços significativos no ano passado, quando aumentamos o salário em 9,5%, além do reconhecimento de direitos por muito tempo negados a estes profissionais, como titulações, progressões, 1/3 de hora atividade benefício implantado por poucos municípios no país. O reajuste do ano passado somado ao deste ano superam o índice acumulado de inflação do período.

Hoje, temos um salário maior que o pago pelo governo do estado e acima do piso nacional. Enfim, como disse reconhecemos que a categoria deve ser sempre valorizada, mas não vou dar aumento que não posso pagar e comprometer os outros serviços e a manutenção da cidade.

5 – Quais as conquistas que se pode contabilizar na área da educação e o que dizer, por exemplo, sobre a retomada do programa do leite e o processo de implantação de escolas em tempo integral?

Como praticamente todos os serviços públicos a educação estava em colapso quando assumimos o governo. Reestruturamos o setor, garantimos a regularidade do ano letivo, contratamos 650 novos professores, garantimos transporte escolar e material didático para os alunos, tivemos avanços também na qualidade da merenda escolar e na complementação alimentar com o Programa Leite na Escola. Capacitamos mais de 1.200 professores, alfabetizamos 2.500 jovens e adultos, recuperamos a estrutura física de parte da rede de ensino. Também estamos começando a construção de creches em parceria com o programa Brasil Carinhoso do governo federal. São muitas ações que projetam um horizonte bem melhor para a educação de nosso município.

6 – Que avaliação o senhor faz das intervenções concebidas com vistas a melhorar as áreas de trânsito e transporte da capital?

Temos desenvolvido uma série de obras importantes para melhorar a mobilidade urbana. São intervenções de curto prazo que beneficiam praticamente todos os principais corredores da cidade. Já podemos ver os bons resultados com obras como o cruzamento das avenidas Litorânea e dos Holandeses, que melhorou a fluidez do trânsito e garantiu maior segurança para condutores e pedestres. Várias vidas foram ceifadas naquele local.

Temos muitas outras intervenções que melhoraram o tráfego, como nas avenidas São Marçal, no João Paulo e Rio Branco, no Centro. E vamos avançar ainda mais com a implantação das faixas exclusivas para ônibus nos corredores Centro/Anil e Cohama/São Francisco, além de várias outras obras para melhorar o trânsito nas avenidas Colares Moreira, Africanos, Jerônimo de Albuquerque, Franceses, entre outras.

Num prazo médio e longo teremos a construção das vias interbairros essenciais para desafogar as grandes avenidas e o corredor de transportes, que vai ligar o São Francisco ao Cohatrac.

7 – E que avanços foram obtidos até agora com as ações na área da limpeza pública e as obras de recuperação da pavimentação asfáltica das vias da capital?

A limpeza pública de nossa cidade tem sido garantida e com um detalhe muito importante: a redução do contrato da concessionária. Logo no início de nossa gestão, reduzimos o valor mensal em cerca de R$ 4 milhões e a partir deste mês, em face das dificuldades financeiras da Prefeitura, reduziremos em mais R$ 2 milhões. Ou seja, trabalhamos para garantir a qualidade do serviço de limpeza a um valor justo e que o município pode honrar o pagamento.

Além de mantermos a coleta regular em todos os bairros, ampliamos a colocação de cestos e containers de lixo em locais de grande fluxo de pessoas, como a avenida Litorânea e implantamos o serviço de coleta seletiva de pneus, que além de ser uma política pública sustentável tem contribuído significativamente para a redução dos casos de dengue no município.

8 – E sobre as ações na área da saúde, o que se pode destacar?

Este é outro desafio que enfrentamos e estamos vencendo, com a bênção de Deus. Quando assumimos nossos principais hospitais estavam sob intervenção, o Samu paralisado. Fomos alvos de reportagens nacionais que mostraram o caos no setor. Agora, temos outra realidade. A rede está sendo reestruturada com a melhoria do atendimento e o resgate da credibilidade junto à população. Não temos mais macas nos corredores do Socorrão II e em breve também vamos zerar no Socorrão I, resultado da reestruturação do sistema de retaguarda de leitos. Reformamos e equipamos várias unidades mistas a exemplo do Coroadinho e do Itaqui Bacanga, fizemos parceria com o Hospital Universitário e a Santa Casa, implantamos a primeira unidade de neurocirurgia no Hospital da Mulher, além de manter a característica daquela unidade de saúde, que hoje passa a oferecer inclusive exames de biópsia para as pacientes.

Ampliamos o sistema de marcação de consultas e exames para 24 postos de atendimento melhorando o acesso da população e com isso acabamos com o sofrimento de pacientes que tinham que enfrentar filas na Central de Marcação de Consultas e Exames da Alemanha em plena madrugada.

Acabamos de entregar 10 novas ambulâncias para a rede, que somam às outras 15 já em ação no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), duas delas com UTIs Móveis e a Unidade de Saúde Carlos Macieira, no bairro do Sacavém. São ações que nos deixam num patamar bem melhor nos serviços de saúde oferecidos à população.

9 – E sobre o projeto de construção do Hospital de Urgência Dr. Jackson Lago, um dos compromissos de campanha?

É um compromisso que honraremos até o fim de nosso mandato. Estamos com processo avançado de planejamento desta unidade de saúde em parceria público privada, que apresentaremos ainda este ano para a cidade.

10 – O que dizer sobre as ações globais do Programa Avança São Luís, anunciado com a proposta de construção de mais creches e escolas de ensino fundamental?

O Programa Avança São Luís tem apresentado grandes resultados para a nossa cidade. A maioria das ações que está em andamento ou entregas já realizadas em várias áreas é fruto deste programa que está em plena execução. Estão assegurados recursos para a construção de creches. Parte delas já contratadas. Temos novas escolas em fase de conclusão e outras estão sendo licitadas. A Prefeitura desenvolve ações em todas as regiões da cidade e nas mais diversas áreas e nas próximas semanas teremos um conjunto importante de entregas para fazer à nossa população.

11 – Qual é de fato a atual situação financeira da Prefeitura? As dificuldades estão sendo contornadas?

Tivemos uma queda significativa nas receitas previstas no Orçamento deste ano em face da retração econômica que atravessa o país. Esta é uma realidade da quase todos os municípios brasileiros. Adotamos medidas rigorosas de austeridade para equilibrar as finanças, mas este é um processo que leva ainda algum tempo para concretizarmos. No entanto, todas as medidas priorizam a manutenção da boa prestação dos serviços públicos oferecidos pela Prefeitura.

12 – São Luís conquistou na semana passada o primeiro lugar em transparência entre as capitais brasileiras. Como o senhor recebeu esta notícia?

Com muita alegria. Isto é resultado de um trabalho sério e responsável que adotamos desde o primeiro dia de nossa gestão. Hoje, todas as nossas ações são publicadas no Portal da Transparência, antes inativo, para que a população possa acompanhar a aplicação dos recursos do município. Além disso, uma de nossas primeiras medidas foi disponibilizar na internet o Diário Oficial do Município, para dar publicidade legal e ampla de todas as nossas atividades à frente da Prefeitura de São Luís. Garantir transparência no serviço público é combater a corrupção e este é uma das principais diretrizes de nosso governo.