Mais um escândalo de Lobão azeda ainda mais relação com Roseana

Se já está batendo o pé para o senador Edison Lobão candidato a reeleição na sua chapa em 2018, Roseana Sarney agora tem mais um motivo para vencer a queda de braço com o seu pai, José Sarney.

Nesta segunda-feira, o site de notícias BuzzFeed escancarou que o empresário Rodrigo Brito, da AP Energy, admitiu à Polícia Federal que serviu de intermediário de propinas entre a empreiteira Camargo Corrêa e o senador Edison Lobão, envolvendo a obra multibilionária de Belo Monte, um dos episódios da Lava Jato que atinge o PMDB do Senado.

Com mais esse escândalo envolvendo a principal operação policial em curso no país, da qual Lobão é um dos campeões em citações nos mais diversos esquemas envolvendo propinas e favorecimentos, Roseana Sarney vai reforçar sua posição contra a composição do senador e braço direito de José Sarney na sua chapa para 2018.

Ela teme que Lobão seja um peso para a sua já combalida imagem no Maranhão. Para Roseana Sarney, já bastam os esquemas de corrupção que ela colecionou durante a sua vida pública que vão pipocar durante as eleições. Ter que carregar ainda os do senador como seu companheiro de chapa seria praticamente mortal para a eleição mais difícil da sua vida.

É por isso que ela está revoltada com mais um escândalo à nível nacional do senador Edison Lobão.

A vida como ela é

Por Carlos Eduardo Lula

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. A mãe lia Drummond às filhas. Isabel, a mais nova, sempre inquieta, perguntava:

 

– Mas mãe, a Maria não podia amar o Joaquim e o Raimundo?

– Ao mesmo tempo?

– Sim, mãe.

– Não, filha. Não pode. A gente ama uma e apenas uma pessoa.

– Mas eu amo você, o papai e a Isabel, mãe.

– Mas esse é outro tipo de amor, filha. É o amor do papai e da mamãe, dizia a mãe de Isabel que vivia às turras com o marido e as duas amantes.

 

Isabel aprendia, desde cedo, e da pior forma, que era impossível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Pelo menos na claridade. O amor estável que ela tanto buscou na vida adulta ao lado de uma única pessoa é o que a livraria do desamparo e a faria completa. A sociedade não admitia publicamente o amor fora de uma relação entre um casal. Ela nunca concordou bem com isso, mas resolveu aceitar.

 

Sim, Isabel tinha consciência de sua escolha: resolveu não polemizar com a sociedade, não brigar com sua família nem ser alvo de fofocas do trabalho. Nossas decisões nos levam a sofrer. E para viver uma vida de verdade, Isabel abdicava de várias outras. Toda escolha pressupõe renúncia e ela escolheu o caminho que resultaria num menor sofrimento. Chegou mesmo a acreditar no que lhe tinha sido imposto.

 

E chegando aos trinta, tinha em Raquel o modelo a seguir: monogamia, felicidade, filhos.

 

Escândalo

Isabel atende o telefone e lá está Raquel, aos prantos.

– Ele me traiu, ele me traiu!

– O que foi, irmã?

– Aquele canalha do Raimundo me traiu com uma colega de trabalho. Uma gorda horrorosa! E ela já ficou com meia firma! Eu quero morrer!

– Calma, estou chegando aí.

Dirigindo-se à casa da irmã, verificando que não há ameaça de ela dar cabo à vida, começa a arrumar suas malas.

– O que você está fazendo, Isabel?

– Arrumando suas malas, você vai ficar comigo até as coisas acalmarem. Não vou suportar uma irmã vivendo com alguém assim.

– Sair daqui? Você está louca? Eu amo meu marido!

– E o que você quer de mim, então?

– Fala com ele, por favor. Só você para falar com ele. Mas não destrói tudo.

 

Raimundo

Chegou ao trabalho de Raimundo já ao fim do expediente, furiosa.

– Sem vergonha, canalha!

– O que foi isso, eu posso entender?

– Você, seu vagabundo, traindo minha irmã!

Raimundo, de imediato, retira Isabel da Redação, onde todos viam o show da cunhada, e a leva para uma sala reservada.

– Olha, você nunca mais faça isso. Respeite meu ambiente de trabalho! E mais! Você é só minha cunhada, nada mais que isso! Minha mulher acaba de me ligar declarando todo o seu amor por mim e você vem me esculhambar na frente de meus colegas de trabalho?

– Raimundo, o ser humano é o único que finge, o único que falsifica, o único que mente. Um sapo, um leão ou tigre nascem e morrem enquanto tais. Um jabuti não vira um marreco. Um orangotango não vira um sabiá. Mas o ser humano, ah, esse falsifica a si e ao mundo. Se desumaniza. Pra que tantas mentiras? Eu sei que essa gordinha daqui não é a primeira. Você vai continuar fazendo minha irmã sofrer tanto?

– Você acha que gosto de mentir? A mentira não convém mas ela é inevitável. Eu não suporto ser a causa da tristeza de ninguém, mas meu casamento com sua irmã só é tão feliz por conta de eu manter muito bem separada essa minha vida. Mas por que raios mesmo você está tomando as dores de minha mulher? Essa conversa eu não deveria ter com você.

– Você quer mesmo saber?

– Lógico que quero.

– Você não traiu só a minha irmã, seu canalha. Você traiu a mim também. E sem que Raimundo pudesse exercer qualquer tipo de reação, com um beijo, Isabel, a Lili, amava o Raimundo que amava a Raquel.

Carlos Eduardo Lula é Consultor Geral Legislativo da Assembleia do Maranhão, Advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MA e Professor Universitário. e-mail:[email protected]

Roseana e Lobão denunciados em esquema de corrupção da Petrobrás

Nomes apontados como beneficiários de corrupção na Petrobras por Paulo Roberto Costa vão de parlamentares, como Renan e Henrique Alves, a Roseana Sarney, Sérgio Cabral e Eduardo Campos, diz a revista Veja. Confira a relação dos citados por ele em depoimento, segundo a semanal

 

Lobão, Roseana e o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa que entregou a dupla maranhense à PF

Do Congresso em Foco

 

A edição da revista Veja que começou a circular neste sábado traz a relação de políticos (confira abaixo) que, segundo a semanal, foram apontados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de um esquema de corrupção na estatal operado por ele em sua passagem pela diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012. Os nomes remetem a aliados das duas candidatas que lideram as pesquisas eleitorais para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

 

A relação dos citados pelo ex-executivo vai dos atuais presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – dois dos principais aliados de Dilma no Congresso – até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em um desastre aéreo no último dia 13 e de quem Marina era candidata a vice-presidente. A participação de cada um dos mencionados ainda será objeto de investigação.

 

Nos depoimentos que prestou até agora à Justiça, por meio da chamada delação premiada – acordo que prevê a redução da pena do acusado em caso de colaboração efetiva com as investigações –, Paulo Roberto apontou o envolvimento dos seguintes políticos no desvio de dinheiro público da estatal:

 

Edison Lobão (PMDB) – ministro das Minas e Energia

 

João Vaccari Neto (PT) – secretário nacional de finanças do partido

 

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara

 

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado

 

Ciro Nogueira (PP-PI), senador e presidente nacional do partido

 

Romero Jucá (PMDB-RR), senador e ex-líder dos governos FHC, Lula e Dilma

 

Cândido Vaccarezza (PT-SP), deputado federal

 

João Pizzolatti (PP-SC), deputado federal

 

Mario Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades, ex-deputado e atual conselheiro do TCM-BA

 

Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro

Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão

Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um desastre aéreo.

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Oposição pede CPI e impeachment de Roseana por corrupção

roseanasarneyApós a revelação no Jornal Nacional da propina recebida pelo governo do Maranhão para o favorecimento da construtora Constran no pagamento de precatórios (reveja), o deputado Marcelo Tavares (PSB) pediu que fosse instaurada imediatamente uma Comissão Parlamento de Inquérito (CPI) e que seja aberto o processo de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB).

“A governadora deveria renunciar, não há mais condições dela continuar administrando o Estado. O governo acabou na noite de segunda-feira  quando a Rede Globo mostrou ao país o envolvimento da alta cúpula do governo em esquema de propina. Esse governo acabou vítima da corrupção”, afirmou Tavares.

Tavares afirmou que é justamente este tipo de prática que faz com que o Maranhão se encontre no estado de pobreza em que se encontra, lembrando que ainda foi oferecido primeiro R$ 300 mil e ainda acharam pouco. “É tão grave que quando veio a primeira vez com R$ 300 mil acharam pouco. Não, R$ 300 mil é pouco dinheiro, e aí, meus amigos, o Maranhão se transformou num Estado pobre, por essa razão, pela corrupção que corrói todos os dias a administração pública desse Estado. E por isso que faltam escolas, os hospitais não são inaugurados, a segurança pública não tem investimento, a agricultura é abandonada e o governo cobrando propina”, lamentou. 

Bira do Pindaré e Othelino Neto também falando do escândalo.

Câmara Municipal precisa dar uma resposta à sociedade

camarasaoluisEste blog há algum tempo tem recebido informações contraditórias sobre os problemas que envolvem a Câmara Municipal de São Luís e o Banco Bradesco. Como as informações são contraditórias e ainda existem três versões sobre o funcionamento do esquema, aguardo o desenrolar das investigações, que estão sendo feitas pela Polícia Federal e Ministério Público.

Mais do que isso, a Mesa Diretora da Casa precisa dar a cara e responder à sociedade sobre o caso: se tem ou não participação e que atitudes tomará para que esta situação não ocorra mais. O clima dentro do parlamento estadual é fúnebre e ninguém sabe bem explicar a situação.

O esquema de cheques e empréstimos que teriam desviado mais de R$ 26 milhões da Câmara Municipal.

. A Câmara Municipal autorizaria os créditos em nome de vários funcionários da Casa de uma vez só, mas não faria o desconto nos contra-cheques. O apurado era emprestado a terceiros, mediante o pagamento de juros de até 7%. Com o que era arrecadado, era possível pagar tranquilamente as parcelas do empréstimo e o que sobrava seria dividido entre os participantes.

A gerente do banco teria em mãos talões de cheque em branco do Poder Legislativo assinados como garantia em empréstimos tomados de agiotas.

Há dois dias a situação vem sendo exposta e deixando estarrecida a sociedade ludovicense. Então, é necessário que a presidência dê alguma explicação sob a pena de que todos os vereadores, inclusive os que nada tem a ver com o caso, fiquem sob suspeita.