Presos trabalhando: implantada fábrica de vassouras no sistema prisional

secretario-murilo-andrade-e-subsecretaria-ana-luisa-falcao-acompanham-producao-das-primeiras-unidades-da-fabrica-de-vassourasA inauguração da primeira fábrica de vassouras feitas de garrafas pet, na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) São Luís 6, antigo CDP, na manhã desta quinta-feira (15), garantirá qualificação profissional a 12 internos, inicialmente. A fábrica corresponde a mais uma ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), com intuito de capacitar detentos para inseri-los no mercado de trabalho.

O empreendimento conta com maquinário necessário para a produção diária de 150 vassouras de garrafas pet. O treinamento dos internos ocorrerá durante cinco dias e, após concluído, eles mesmos serão responsáveis pela confecção dos produtos. “Cinco dias são suficientes para que eles aprendam todo o processo de produção e, depois disso, eles sozinhos podem fazer as vassouras”, comentou o instrutor, João Aguiar.

Na fábrica trabalharão, inicialmente, seis internos. O outro grupo, também formado por seis detentos, participará da oficina de artesanato confeccionado com as sobras das garrafas pet utilizadas na produção das vassouras. Pequenas réplicas de animais, puffs e vasos para colocar plantas são alguns dos objetos que podem ser criados, tendo como matéria-prima a mesma garrafa pet utilizada na fábrica.

“A proposta é, principalmente, estimular a criatividade nos internos. Eu ensino como fazer, e eles criam o objeto que eles quiserem. Esse aprendizado pode até garantir a eles uma renda no futuro”, disse a instrutora da oficina de artesanato, Rosimeire Monteiro, que integra o projeto “Reciclar para Renovar”, coordenado pela Secretaria Adjunta de Atendimento e Humanização Penitenciária (SAAHP) da Seap, por meio da Supervisão de Trabalho e Renda.

Produção

O método de produção das vassouras é simples. Tudo tem início com a limpeza a base de água e sabão das garrafas pet. Depois disso, a garrafa é levada para uma máquina onde é feito um corte no fundo da mesma. A parte cortada é reaproveitada no artesanato. Já o outro pedaço é levado para fazer a filetagem (cortes em fios). Os outros processos são a prensa para fabricação manual da vassoura e a guilhotina para aparar as cerdas.

Além disso, as cerdas são levadas ao forno para serem tratadas. Ai é só ajustar as cerdas na base e grampear, aparar as cerdas, cortando as pontas desiguais e colocar o cabo da vassoura. “É incrível a durabilidade desse tipo de vassoura. Com o mesmo zelo que se tem com uma vassoura comum, esta, porém, se mantém em condições de uso por, no mínimo, três anos”, acrescentou João Aguiar.