Elizabeth mostra que a greve do Sindicato dos professores é política

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Está mais do que provado que a greve do sindicato dos professores de São Luís é política. E quem acusou o golpe foi a própria presidente do Sindicato, Elizabeth Castelo Branco, em discurso na manhã desta quinta-feira (14).

Ao falar na porta da prefeitura sobre o caso, a presidente do Sindicato enfatizou: “se está desse jeito aqui na prefeitura, imagina no governo com Flávio Dino!”. Qual a relação de Flávio Dino e da eleição estadual com o “pleito” do Sindicato dos professores?

A manutenção do pequeno grupo está sendo amparada pela alta cúpula do PMDB. Em especial pelo senador João Alberto e pelo vereador Fábio Câmara. Carro da assessora de Câmara, plotado com a propaganda do candidato estava dando assistência no momento da invasão na noite de ontem (13).

A TV Difusora, de propriedade do candidato ao governo, Edinho Lobão (PMDB), foi a primeira a chegar ao local (aparentemente já tinham conhecimento de que a invasão iria ocorrer). O blog apurou que a ordem da emissora é que todos os veículos do sistema permaneçam em vigilância no local.

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

A ideia de invasão da prefeitura é para que Edinho usasse o fato no debate da TV Guará, que foi adiado, e aproveitasse imagens e depoimentos para o horário eleitoral, que começa na próxima semana. A coordenação de campanha do candidato do grupo Sarney espera que com o evento, tenha substância para um impacto na candidatura de Dino já nos primeiros programas da TV.

Vale lembrar que a Justiça já decretou a greve ilegal e determinou o retorno imediato das aulas.

Sindicalistas patrocinados pelo PMDB tentam invadir prefeitura

Após perder todas as decisões judiciais, que determinaram o retorno imediato das aulas, a presidente do Sindicato dos professores de São Luís, Elizabeth Castelo Branco, acompanhada de um pequeno grupo, resolveu tentar invadir a sede da prefeitura de São Luís e neste momento tenta uma ocupação.

O senador João Alberto (PMDB) admitiu em reunião que patrocina eventos contra a prefeitura e articulava novamente ato desta natureza. Da primeira vez foi com cooperativados e desta vez é com professores. O PMDB patrocina ações contra a prefeitura de São Luís com o objetivo de desgastar eleitoralmente a oposição nas eleições deste ano.

O movimento paredista foi considerado ilegal; ganhou a antipatia da sociedade por protestos bloqueando ruas; está sendo questionada pelos pais, que querem a volta das aulas; não tem mais razão pelo reajuste já ter sido aprovado pela Câmara Municipal e pode prejudicar a própria categoria pela decisão de hoje.

A juíza Lívia Maria Aguiar, da 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís, determinou hoje, por meio de liminar, o reinício imediato das aulas na rede pública municipal da educação infantil e ensino fundamental de São Luís. A multa diária para o não cumprimento da decisão é de R$ 10 mil. Assim, o município está autorizado a fazer o que for necessário para o retorno das aulas, como a contratação temporária e o corte do ponto dos grevistas. 

Confira a nota da prefeitura sobre o caso:

Acerca da invasão da recepção do Palácio La Ravardière, a Prefeitura de São Luís vem a público repudiar veementemente o ato, por mais legítimo que seja o movimento e os interesses coletivos pleiteados pelo Sindicato dos Professores.

A greve organizada pelo Sindicato foi julgada ilegal pela Justiça. A Prefeitura de São Luís sempre esteve aberta ao diálogo com os representantes da categoria e defende a adoção de alternativas democráticas para garantir os direitos dos profissionais de educação.

Por fim, a Prefeitura informa que adotou todas as medidas necessárias para a preservação do patrimônio e da ordem pública.