Deputados confirmam que prédio de Edinho Lobão é inadequado para centro ambulatorial

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Com informações do site Maranhão da Gente

A Oposição repercutiu, na sessão desta segunda-feira (14), a visita a um prédio alugado pela Secretaria de Saúde (SES), onde funcionaria um centro ambulatorial para atendimento de pacientes com câncer e não poupou críticas ao fato dos parlamentares terem sido impedidos de entrar no local. Na parte da manhã, os deputados estaduais Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Othelino Neto (PCdoB) e Marcelo Tavares (PSB) e o deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade) constataram, in loco, a inadequação do local para as intenções do governo Roseana Sarney, já que se trata de uma casa residencial.

Rubens Júnior: "mais uma triste cena deste governo"

Rubens Júnior: “mais uma triste cena deste governo”

 Na tribuna, Othelino Neto e Rubens Jr lamentaram o fato de terem sido impedidos de entrar para fiscalizar um prédio que está alugado pelo Governo do Maranhão para funcionamento de um centro ambulatorial que não existe. Segundo os parlamentares, no local, havia apenas cinco pedreiros que estão trabalhando há uma semana, quebrando o piso para trocar.

 “É uma ilegalidade em cima da outra. É arbitrariedade somada à ilegalidade, e a imoralidade absurda, que é a marca do Governo do Estado do Maranhão, não basta, pois há outros contratos suspeitos. O centro ambulatorial seria para tratar pacientes com câncer, mas está fechado”, argumentou Othelino Neto.

Othelino: "é uma ilegalidade em cima da outra"

Othelino: “é uma ilegalidade em cima da outra”

 O prédio, de propriedade da Difusora Incorporação, empresa do senador Edinho Lobão (PMDB), foi construído para fins residenciais. Segundo informações cedidas por trabalhadores que estavam no local, ele não é adequado para receber pacientes em tratamento oncológico. Após seis meses de locação sem que nada funcione, as obras de adequação do prédio iniciaram há apenas duas semanas, com cinco trabalhadores cuidando da obra.

 Após ouvir os depoimentos dos funcionários, os deputados constataram que o local não é adequado para a instalação do Centro Ambulatorial. “Está comprovado que aqui não há atendimento e que o prédio não serve para a instalação do centro para o tratamento oncológico e o senador Edison Lobão está recebendo por isso através da sua empresa”, denunciou Rubens Júnior.

 Desde março de 2014, a Difusora Incorporação, empresa de propriedade do candidato Edinho Lobão, recebe R$ 30 mil por mês do governo, sem nada funcionar no local. “É o modos operandi do governo Roseana. Faz o contrato com graves suspeitas de irregularidades gastando aí volumosos recursos públicos para pagar um prédio apenas por ser de um aliado, que agora é candidato a governador do grupo”, criticou Othelino Neto.

 Pacientes com câncer

 O deputado Marcelo Tavares classificou como “desumano” que R$ 30 mil reais, que deveriam ser destinados a pacientes com câncer, sejam aplicados na locação do prédio, que não tem servido para nada. “O prédio não atende às necessidades de pacientes que travam uma luta dão dura, tão difícil como é contra o câncer. Então é lamentável que isso aconteça, é dinheiro público jogado fora unicamente para beneficiar o titular, o proprietário do prédio”, disse.

 Ao tratar da inadequação do prédio e das irregularidades da obra, o deputado Bira do Pindaré avaliou o caso negativamente. “Um senador da República não pode ter contratos com o governo, e aqui está comprovada a existência deste contrato”.

 Já o deputado federal Simplício Araújo avaliou como falta de sensibilidade a aplicação de R$ 30 mil mensalmente para um prédio que não traz nenhum benefício aos cidadãos. “Aqui nós não temos nenhum indicativo do que efetivamente está sendo feito com o dinheiro público”, revelou.

Impugnações de candidaturas

Por Carlos Eduardo Lula

06/05/2011. Crédito: Neidson Moreira/OIMP/D.A Press. Brasil. São Luís - MA. Carlos Eduardo Lula, advogado.Ultrapassada a realização das convenções, os partidos e coligações solicitam à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia cinco de julho do ano em que se realizarem as eleições.

Com a publicação dos requerimentos de registro, surge a possibilidade de, no prazo de 5 (cinco) dias, ocorrer a impugnação dos pedidos desses registros de candidatura. Assim, o pedido fica dependente da solução da ação incidental proposta — ação de impugnação ao pedido de registro de candidatura (AIRC) —, devendo ambas as ações serem autuadas e julgadas em conjunto. No Maranhão nas eleições de 2014, ocorreram dezenas dessas impugnações.

Quem intenta essa ação tem por objetivo retirar um candidato da disputa eleitoral, diante de ou ele não preencher condição de elegibilidade, ou por estar inelegível, ou ainda por não ter juntado ao seu requerimento de candidatura a documentação exigida pela lei eleitoral.

E quem pode fazê-lo? Qualquer candidato, partido político, coligação ou Ministério Público tem legitimidade para no prazo decadencial de cinco dias, contados da publicação dos pedidos de registro, impugná-los em petição fundamentada. Diferentemente do Código Eleitoral, que possibilitava ao eleitor a impugnação dos pedidos de registro, a atual Lei de Inelegibilidades não o contemplou com legitimidade para ajuizar a AIRC.

Isso não impossibilita, contudo, a possibilidade de se democratizar o processo eleitoral. Ou seja, o cidadão não poderá argüir a inelegibilidade do candidato numa AIRC, mas nada impede que ele ofereça notícia fundamentada de inelegibilidade.

Ora, se o magistrado pode, constatando irregularidades no pedido de registro, indeferi-lo sem qualquer impugnação, qual a razão de proibir-se o cidadão de trazer à Justiça Eleitoral notícia de desrespeito à legislação por parte do postulante a candidato? Seguindo essa interpretação, o TSE vem permitindo que o cidadão, desde que no gozo de seus direitos políticos, apresente notícia de inelegibilidade à Justiça Eleitoral.

E o que acontece com esses candidatos impugnados? O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à sua campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito para sua propaganda no rádio e na televisão e praticar todo e qualquer ato típico de campanha eleitoral por sua conta e risco, ficando a validade de seus votos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.

Ou seja, enquanto não existir decisão judicial transitada em julgado, o candidato mantém sua candidatura, participando do processo eleitoral. Ele só não terá incluído seu nome na urna eletrônica caso até a geração das tabelas para carga das urnas já tenha transitado em julgado o indeferimento do seu pedido de registro de candidatura. Quem votar nesse “candidato”, na verdade, estará a votar em candidato inexistente.

 Mesmo se o candidato tiver seu registro indeferido antes da eleição, com trânsito em julgado da decisão, mas com essa decisão tendo sido proferida em data

posterior à geração das tabelas para carga das urnas, ainda assim terá seu nome incluído na urna eletrônica. Os votos dados a ele, contudo, serão tidos como nulos.

Mas as consequências para os votos nesses candidatos são muito graves. Esquematicamente podemos dizer o seguinte:

1) Se o candidato teve seu registro deferido, mas foi cassado antes do pleito, concorrendo sem registro, seu votos só serão válidos havendo reforma em superior instância.

2) Se o candidato teve o registro deferido, e concorreu com registro, mas ainda assim há recurso debatendo a validade da candidatura. Nesse caso, se não houver reforma da decisão da primeira instância, os votos serão válidos. Mas caso ele venha a ter seu registro indeferido, os votos, que foram considerados válidos, serão anulados, o que pode causar grandes consequências, por exemplo, para as eleições no Legislativo.

3) O candidato teve o registro indeferido, concorrendo sem registro. Os seus votos só serão validados se o candidato obtiver reforma da decisão.

Edilázio denuncia irregularidades de prefeito do PMDB

Deputado acusou prefeito de Altamira de irregularidades na saúde e educação

Deputado acusou prefeito de Altamira de irregularidades na saúde e educação

O líder do Bloco Democrático na Assembleia Legislativa, deputado estadual Edilázio Júnior (PV), denunciou na tribuna da Casa, a precariedade dos sistemas de Saúde e Educação do município de Altamira do Maranhão, distante 233 quilômetros de São Luís.

O parlamentar afirmou que recebeu três vereadores do município, que o relataram o caos o qual enfrenta a população. O atendimento à saúde, por exemplo, é feito pelo município de Vitorino Freire. Os vereadores foram Marton Pageú (PDT), Neto Varão (PT) e Mosquito (PSDB).

“A mesma coisa acontece em relação à educação. Chegou ao nosso conhecimento que pais de alunos agora precisam pagar van e ônibus mensalmente para levar os estudantes de Altamira e de Paulo Ramos para estudarem em escolas de Vitorino Freire”, afirmou.

Levando em consideração a gravidade da situação, Edilázio afirmou que denunciará o caso ao Ministério Público, para que apure as irregularidades e responsabilize o Executivo Municipal.

“Hoje não nasce mais ninguém em Altamira, uma vez que sequer há realização de parto naquele município. Vamos pedir ao Ministério Público que apure tudo isso”, finalizou.

Altamira do Maranhão é administrada pelo prefeito Dr. Ricardo (PMDB).

Justiça Eleitoral considera irregular pesquisa do grupo Sarney

Pesquisa teve erros grosseiros no questionário

Pesquisa teve erros grosseiros no questionário

O Tribunal Superior Eleitoral confirmou irregularidades na pesquisa Data Mérita divulgada recentemente por meios de comunicação ligados à família Sarney. O PCdoB contestou na Justiça irregularidades no instituto, como erros grosseiros no questionário, além de fraudes em pesquisas já registradas em outras eleições pelo mesmo instituto.

O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto concedeu liminar ao pedido feito pelo PCdoB, que apontou diversos indícios de fraude na pesquisa amplamente divulgada pela mídia ligada ao grupo Sarney. A decisão liminar considera irregular a divulgação da pesquisa, que pode ocasionar multa que varia entre R$ 50 mil e 100 mil.

No documento expedido na tarde desta terça (06), o ministro afirmou ainda que a pesquisa não possui as formalidades necessárias, estando “à míngua do preenchimento das formalidades legal e administrativamente referidas, o que, em tese, pode atentar contra o interesse público, consubstanciado na higidez e na lisura jurídica dos dados colhidos na pesquisa, e sujeitar os infratores às gravíssimas sanções pecuniárias acima reveladas.”

A pesquisa em questão possui erros grosseiros, como a grafia errada de candidatos, como Dilma Russef (em vez de Dilma Rousseff) e Aércio Neves (em vez de Aécio Neves). Entre outros fatos, a pesquisa não foi devidamente registrada no TSE, mesmo sendo relacionada também à disputa federal.

Esta é a segunda vez em 2014 que a Justiça Eleitoral se posicionou contrariamente à divulgalção de pesquisas com indícios de fraude veiculadas pelo grupo Sarney. A primeira delas aconteceu na semana passada, em que o próprio TSE considerou irregular pesquisa divulga em sites relacionaos ao  Sistema Mirante de Comunicação – que deve se apresentar à Justiça para justificar a infringência da lei eleitoral.

O pré-candidato Flávio Dino (PCdoB) lamentou a recorrência de irregularidades em pesquisas eleitorais encomendadas pela família Sarney. “Lamento que a pré-campanha do grupo Sarney seja marcada por tantos abusos e ilegalidades. Espero que eles passem a cumprir as leis,” disse através das redes sociais.

CGU já apontava irregularidades no transporte escolar em Bacuri há dois anos

Do site Maranhão da Gente

O acidente que vitimou oito estudantes do ensino médio ontem na MA-303 foi uma tragédia anunciada. Em 2012, a Controladoria Geral da União ao divulgar o Relatório de Fiscalização já apontava irregularidades e falhas na aplicação dos recursos dos programas “Caminhos da Escola” e “Nacional de Apoio ao Transporte Escolar”, em Bacuri, Maranhão.

As informações dos relatórios indicam que não é de hoje que a Prefeitura de Bacuri usa veículos em precárias condições para o transporte escolar. Prática que é comum também em diversas cidades do Maranhão e de outros estados principalmente da região Nordeste.

A fiscalização da CGU, realizada em outubro de 2012, já detectava irregularidades nos veículos responsáveis pelo transporte escolar. “Os veículos usados no transporte escolar do município de Bacuri/MA encontram-se em condições precárias, insalubres e impróprias para o uso em transporte de alunos. São veículos velhos, depreciados e fabricados para transporte de cargas e não de passageiros. As carrocerias são adaptadas com a colocação de bancos de madeira sem encosto, popularmente conhecidas como ‘pau de arara’”, dizia o relatório.

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Além da CGU, o TCU também apontou problemas no transporte escolar em Bacuri. Nos pregões presenciais nº 05/2011 e nº 09/2012 a Prefeitura de Bacuri recebeu, respectivamente, R$ 529.342,00 e R$ 623.000,00 que deveriam ser aplicados na locação de veículos para a prestação de serviços no transporte escolar. Mesmo com a disponibilização dos valores, os veículos responsáveis pelo transporte dos alunos só tinham condições de transportar cargas, e não passageiros, como apontava o próprio TCU.

À época da publicação do relatório, a Prefeitura de Bacuri se defendeu declarando que “convém ressaltar que a questão substantiva é a da prestação do serviço de transporte escolar e podemos garantir que nenhum aluno deixou de ir a escolar por falta de transporte escolar”, e concluiu que “dentro da realidade do município e seus povoados a qualidade do transporte escolar não é inferior a qualidade do transporte de passageiros existente no município.”

Menos de dois anos depois da constatação de que eram inadequados os veículos, oito alunos secundaristas perderam a vida ao serem transportados por uma caminhonete, nos moldes “pau de arara”, da escola para o povoado Madragoa, em Bacuri-MA.

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CGU aponta 32 irregularidades na gestão de Luís Fernando em Ribamar

Do Blog do Raimundo Garrone

luisfernandoMuitas são as denúncias relacionadas à prefeitura de São José de Ribamar quando Luís Fernando passou por lá. Hoje, o blog do Garrone teve acesso a mais uma – na verdade, 32 – irregularidades cometidas pelo pré-candidato da família Sarney ao governo do estado.

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (órgão de fiscalização de verbas federais) realizado em 2008, o então prefeito de São José de Ribamar cometeu ilícitos com recursos provenientes do Ministério da Saúde, das Cidades e do Turismo.

Foram muitos os superfaturamentos de obras e de pagamento de combustível a automóveis não registrados ou não declarados. As verbas eram provenientes de convênios celebrados entre a Prefeitura de São José de Ribamar e o Governo Federal.

Os abusos de Luís Fernando na prefeitura com dinheiro público são visíveis e foram alvo de ação do Ministério Público Federal por improbidade administrativa contra o ex-prefeito e pré-candidato a governador apoiado pela família Sarney. O MPF denuncia o ex-prefeito e seus secretários por superfaturamento.

Um deles ocorreu no convênio celebrado com o Ministério da Saúde para a execução do Programa de Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças Transmissíveis, que dos R$ 785,6 mil repassados pelo Governo Federal, R$ 70 mil foram destinados a despesa com veículos que não pertenciam à frota destinada às ações de vigilância em saúde.

A Controladoria Geral da União apontou a irregularidade no Relatório de Fiscalização nº 01147/2008, disponível no Portal da Transparência. Mais R$ 19 mil pagos a postos de gasolina não foram comprovados pelos secretários e o prefeito.

Outra irregularidade foi encontrada na construção de uma Unidade de Saúde. Segundo o relatório da CGU, o orçamento apresentado pela Prefeitura de São José de Ribamar apresentou preços acima do mercado. Segundo o CGU, há indício de superfaturamento pela empresa contratada superior a R$ 60 mil.

Também em convênio com o Ministério da Saúde, a CGU apontou irregularidade na ampliação de Unidade de Saúde, cuja obra custou mais de R$ 28,3 mil acima do preço praticado regularmente.