Jovens de São Luís debatem políticas públicas com Flávio Dino

dialogosjuventudeNo último sábado (05), o pré-candidato a governador Flávio Dino (PCdoB) participou de uma reunião da União da Juventude Socialista (UJS) e recebeu o presidente nacional da entidade, André Torkaski, para discutir políticas públicas voltadas à juventude, com especial atenção aos problemas da periferia.

Centenas de universitários e estudantes secundaristas de São Luís organizaram uma plenária para debater propostas voltadas à juventude. As principais reivindicações dos jovens da capital foram relacionadas ao combate ao tráfico de drogas, à qualidade da Educação Pública e implantação de uma política da Paz para o Maranhão.

A expressão do Hip Hop produzido em vários bairros de São Luís traduziu os pedidos dos jovens presentes no evento. Moradores do Coroadinho e bairros adjacentes. As músicas apresentadas falavam sobre os principais problemas da juventude local, abrangendo os altos índices de violência e a falta de infraestrutura e compromisso com a Educação.

Representantes de movimentos estudantis também fizeram perguntas direcionadas ao pré-candidato a governador do PCdoB. Liceu, Cintra, UFMA, UEMA e IFMA enviaram representantes que se manifestaram a favor da educação de qualidade.

Uma das propostas que Flávio Dino vem debatendo ao longo dos eventos promovidos durante os Diálogos pelo Maranhão é a regionalização da Universidade Estadual do Maranhão, concedendo autonomia às universidades no estado.

Em relação à Segurança Pública, Flávio Dino defendeu que o número do efetivo policial no Maranhão seja dobrado. Mas que a principal ação para combater a violência no estado deve ser através da prevenção – combate ao crime organizado a e ao tráfico de drogas e investimento em políticas públicas para os jovens que vivem em situação de vulnerabilidade.

Mobilização da Juventude

Entre as diversas manifestações culturais e programáticas que aconteceram durante o encontro de Flávio Dino com a juventude destacou-se a organização de movimentos estudantis na elaboração de projetos para solucionar os maiores problemas dos jovens maranhenses.

Presidente nacional da União da Juventude Socialista, André Torkaski lembrou que a mobilização dos jovens de todo o Brasil foi fator decisivo nas grandes manifestações que culminaram na redemocratização do Brasil.

“A UJS está nessa luta há 30 anos e aqui no Maranhão nossa batalha tem um significado especial. Estamos mobilizados para combater um regime que nasceu na Ditadura e se mantem pelo massacre do futuro de tantos jovens maranhenses,” afirmou.

Pré-candidato a governador do Maranhão, Flávio Dino fez um discurso emocionado lembrando dos tempos em que atuou no movimento das Diretas Já. A atuação política consciente da juventude no Maranhão, segundo ele, é fundamental para conduzir os rumos do estado. “A escola em que mais aprendi foi no movimento estudantil. Carreguei bandeiras consciente de que fazia o melhor para o meu país. E é essa certeza que vejo no olhar de cada um aqui presente. A certeza que vamos conduzir o Maranhão por rumos melhores para todos,” finalizou.

Com a participação de representantes da juventude de seus partidos, líderes do PDT, PSB, PTC e Solidariedade afirmaram que o movimento da juventude é suprapartidária, pois representa o sentimento de mudança política e administrativa que toma conta do Maranhão.

Os deputados federais Domingos Dutra (SDD) e Simplício Araújo (SDD); estaduais Rubens Pereira Jr (PCdoB), Marcelo Tavares (PSB) e Bira do Pindaré (PSB); e o pré-candidato a senador Roberto Rocha (PSB) também estiveram presentes durante o evento que reuniu centenas de estudantes no Grand São Luís Hotel, no Centro de São Luís.

Velozes e furiosos

Por Carlos Eduardo Lula

acidenteEra um domingo triste, porque todos os domingos são tristes. Passeava pela cidade quase morta de tão mal cuidada, mas ainda as ruas me sorriam. Na expressão daqueles becos e avenidas, havia inexplicavelmente a doçura daqueles que sabem revelar seu último olhar.

Suja, maltrapilha, doente e mal amada, a cidade parecia viver seus últimos instantes. Mas era domingo, e talvez por conta de sua cor e de seu tom gris melancólico, podia andar pelas ruas com um pouco mais de calma, olhando o que se passava à minha volta. Sim, porque a velocidade da vida moderna é coisa de cretinos, como diria Nelson Rodrigues.

Só aos domingos, nos domingos cinzas de um céu azul quase triste, podia sentir saudade dos bondes que nunca chegavam, mesmo sem jamais tê-los esperado. Aquele momento em que se ficava de pé, a esperar a condução, longe dos smartphones e das tecnologias que não nos permitem desligar um só segundo, sempre foi um convite à reflexão.

Gostar desses domingos translúcidos é coisa de quem não se adequa, não se ajusta. Não se sente parte. Leio no dicionário. Outsider. Forasteiro, leigo, estranho. O que está do lado de fora. O cavalo com a menor possibilidade de ganhar o páreo. Outsider, um ser que não faz falta na festa. O desprestigiado.

O sujeito que não é aceito como membro de um grupo particular. O deslocado. O que não se enquadra. O carinha que se sentava, não falava com ninguém e ia embora sozinho do colégio. Eu sempre admirei esses garotos. Não que seja legal ser diferente. Só que ninguém precisa ser igual.

Mas a sociedade nunca foi tão violenta. Invade. Impõe. Machuca. Destrói. Inclusive os estilos de vida. A sociedade estratifica as pessoas, seu comportamento, seus modelos de consumos, hábitos e rotinas. Fazer escolhas, vivenciar o mundo. Tudo do mesmo jeito. Da mesma forma.

Os homens possuem a necessidade de serem aceitos. Mas a sociedade cotidiana tem levado isso a níveis doentios, inimagináveis. Para fazerem parte de um grupo, a pessoas submetem-se a um processo de padronização sem sentido. Aquela calça amarela acrescida de um óculos três vezes maior que a cara do sujeito saiu do armário, fantasia de carnaval que era, e virou fashion. In.

É nesse momento que a figura do outsider, do zé ninguém, mais me fascina. Parece ser um jeito de levar a vida muito mais interessante. Não, eles não são diferentes. Só não aceitam ser iguais. Não se conformam aos valores dos grupos sociais apenas para fazer parte desses grupos. Transgridem continuamente. A maior parte do tempo, solitariamente. A angústia deve acompanhá-los, mas eles não aceitam aceitar só para serem aceitos.

Enquanto devaneio, me deparo com um acidente. Recordo-me novamente de Nelson Rodrigues, a afirmar que a morte estava se tornando pública. Nelson não viveu o suficiente para entender que, em nossos tempos, os motoqueiros só podem morrer assim, num abalroar com outro veículo, em meio à multidão, atrapalhando o trânsito.

Jovem, voltava, a mil por hora, de uma baladinha. Queria viver a vida intensamente. E ao ver aquele cadáver naquele domingo cinzento, lembrei de meu pai – aliás, eu sempre me lembro de meu pai.

Apenas muito tempo depois de sua morte, consegui compreender duas coisas: primeiro, que a saudade não se traduz pela falta, mas pela presença. Fundamentalmente, não há falta na ausência, senão uma sensação de completo pertencimento. Aquele que não sente saudade, não pode afirmar possuir vida interior.

Em segundo lugar, entendi que só abandonando o medo da morte – como fez meu genitor para minha total incompreensão à época – se pode nascer e renascer. Apenas quando se compreende que a vida não é um castigo, uma desculpa ou um infortúnio, mas um compromisso, inevitavelmente difícil e muitas vezes triste, é que podemos libertar nosso espírito de seu calvário. Afinal de contas, a morte, essa certeza, é o justo contraponto de nossa fé, essa incerta.

Aquele jovem não deve ter tido tempo de pensar sobre isso. Para ele, a morte apareceu repentina, sem permitir uma fuga desesperada, como foge desesperadamente o tempo atual. Apenas mais um na multidão, a atuar de acordo com as regras que a sociedade lhe impõe. Enquanto dirigia a moto, tirava a foto do velocímetro a duzentos por hora para mostrar no facebook. Morreu tendo mais de cem curtidas. Sem tempo para contemplação enquanto o bonde não chega, nossa juventude nunca viveu tão pouco sob o argumento de querer viver tanto.

 

Carlos Eduardo Lula é Consultor Geral Legislativo da Assembleia do Maranhão, Advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MA e Professor Universitário. e-mail: [email protected] . Escreve ás terças para O Imparcial e Blog do Clodoaldo Corrêa

Lançamento dos Jogos Estudantis e da Juventude 2013

Prefeito Edivaldo Holanda Jr. faz lançamento dos Jogos.

Prefeito Edivaldo Holanda Jr. faz lançamento dos Jogos.

Na manhã desta terça-feira (8), durante lançamento dos Jogos Estudantis e da Juventude 2013, realizado no auditório Reis Perdigão do Palácio de La Ravardière, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior reforçou o compromisso da gestão em estreitar os laços da criança e do adolescente com o esporte. Os jogos escolares serão realizados de 15 a 28 de novembro e irão envolver até cinco mil alunos da rede pública municipal em competições esportivas, contribuindo na diminuição da evasão escolar e possibilitando a identificação de novos talentos esportivos.

“Hoje nós estamos inaugurando um novo momento. Na nossa gestão, os jogos escolares estão acontecendo no primeiro ano de governo, mostrando nosso comprometimento em fomentar a prática esportiva nas escolas, porque sabemos que o esporte é fundamental para reforçar a educação cidadã, prioridade das políticas públicas desenvolvidas por nosso governo”, afirmou o prefeito Edivaldo.

Durante a competição, a Prefeitura de São Luís realizará a Campanha Contra o Crack, com o objetivo de conscientizar jovens e adolescentes sobre os perigos do envolvimento com a droga, através de palestras e peças publicitárias.

Estiveram presentes na solenidade os vereadores Ivaldo Rodrigues (PDT), Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Barbosa Lages (PDT); o presidente da Federação Maranhense de Desporto Escolar, Hamilton Ferro, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Luiz Alberto Rodrigues, ossecretários Breno Galdino (Segurança com Cidadania) e Márcio Jerry (Comunicação), além de Olímpio Araújo, assessor técnico para Assuntos da Juventude, secretários adjuntos Kariádine Maia (Educação), Aldo Rogério e Romeo Amin (Desporto e Lazer) e Robson Paz (Comunicação).

 

SOBRE OS JOGOS

Os Jogos Estudantis e da Juventude acontecerão de 15 a 28 de novembro e contemplarão as categorias feminino e masculino, envolvendo alunos de 12 a 29 anos de 94 escolas da rede municipal de ensino nas competições. As inscrições estão abertas até o dia 18 de outubro, das 8h às 19h, no Parque do Bom Menino.

A abertura dos jogos será realizada no dia 14 de novembro, no estádio Nhozinho Santos. Para elaboração do regulamento de cada modalidade inserida nos jogos escolares, também será realizado um congresso técnico de 29 a 31 de outubro, com data e local a serem divulgados. Para resolução de dúvidas, a secretaria de Desportos e Lazer (Semdel) disponibilizou o e-mail [email protected]