João Alberto próximo de emplacar substituto do secretário de Temer que pediu “mais chacinas”

Assis Filho e Michel Temer

O presidente nacional da Juventude do PMDB, Assis Filho, é hoje o favorito para substituir o ex-secretário nacional da Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que perdeu o cargo por defender “uma chacina por semana” nos presídios do Brasil.

Assis é apadrinhado do senador João Alberto (PMDB-MA). Integrantes da juventude do PMDB já levaram o nome de Assis ao senador Romero Jucá (PMDB/RR), mas a disputa pela indicação segue indefinida por enquanto. O PSC pressiona para que o presidente nacional de sua Juventude, Samuel Coelho de Oliveira, seja o sucessor de Bruno.

O curioso é que a Juventude nacional do PMDB, presidida pelo maranhense, emitiu uma nota enaltecendo o trabalho do ex-secretário que pediu mais chacinas. “Julio administrou com transparência, focando na formação e profissionalização e garantindo o protagonismo e transversalidade do tema. Isto posto, desejamos ao jovem companheiro muito sucesso na sua nova trajetória”, diz a nota da Juventude peemedebista.

Passagem da Tocha Olímpica por São Luís é marcada por protestos contra governo Temer

Movimentos sociais fizeram sonoros protestos contra o presidente interino Michel Temer durante o primeiro ato do revezamento da Tocha Olímpica em São Luís.

A chama Olímpica foi recebida na Praça Pedro II pelo governador Flávio Dino e o o prefeito Edivaldo. O público que acompanhava mostravam cartazes contra Temer e gritavam palavras de ordem o chamando de golpista e contra a Rede Globo de Televisão.

Imagem de Clodoaldo Corrêa (1)

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Temer envia emissário até Waldir Maranhão, que vai se mantendo por enquanto

waldirmaranhaoDa Folha – O governo Temer enviou um emissário até Waldir Maranhão para garantir uma convivência que não empaque a agenda econômica na Câmara. Os novos condôminos do Planalto estão preocupados com a inconstância do deputado. Se não houver acordo ou renúncia, planejam transformá-lo em rainha da Inglaterra: preside, mas não governa. Como o seu partido, o PP, pode expulsá-lo e, assim, tirar-lhe o cargo, alinhar-se pode ser a única alternativa ao chefe interino da Câmara.

Deixa que eu deixo

A hipótese mais provável para os aliados de Temer é que o chefe interino da Câmara não renuncie e acabe “tutelado” pelo primeiro-secretário Beto Mansur. A nova oposição deve reagir caso isso aconteça.

Michel Temer não tem legitimidade, diz Joaquim Barbosa

“O impeachment é a punição máxima a um presidente que cometeu um deslize funcional gravíssimo. Trata-se de um mecanismo extremo, traumático, que pode abalar o sistema político como um todo, pode provocar ódio e rancores e tornar a população ainda mais refratária ao próprio sistema político”

Considerado herói para os Anti-PT, Joaquim considera extremismo o impeachment

Considerado herói para os Anti-PT, Joaquim considera extremismo o impeachment

Época Negócios – Após o Senado votar pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa questionou a maneira como o processo foi conduzido e, embora tenha admitido que Dilma falhou como presidente, disse que Michel Temer não tem legitimidade para governar o País. Para ele, o ideal seria que novas eleições fossem convocadas, mas admitiu que dificilmente o STF aprovaria algo desse tipo.

Barbosa participou nesta quinta-feira (12) de evento em São Paulo, para o qual foi convidado para discorrer sobre as instituições brasileiras. Afirmou ter sido uma coincidência o evento ter caído no mesmo dia em que o Senado votou o processo de impeachment. Aproveitou, portanto, para fazer algumas provocações aos parlamentares. “Tenho sérias duvidas quanto à integridade e à adequação desse processo pelo motivo que foi escolhido. Se a presidente tivesse sendo processada pelo Congresso por sua cumplicidade e ambiguidade em relação à corrupção avassaladora mostrada no País nos últimos anos, eu não veria nenhum problema. Mas não é isso que está em causa”, afirmou.

Para Barbosa, o descumprimento de regras orçamentárias, principal motivo apontado no pedido de impeachment, não é forte o suficiente para afastar um presidente. “Temos um problema sério de proporcionalidade, pois a irresponsabilidade fiscal é o comportamento mais comum entre nossos governantes em todas as esferas. Vejam a penúria financeira dos nossos Estados, o que é isso senão fruto da irresponsabilidade orçamentária dos governadores”, provocou.

O ex-ministro reconheceu que, “do ponto de vista puramente jurídico”, o impeachment pode ser justificado, mas disse que tem “dúvidas muito sinceras” quanto à sua “justeza e ao acerto político que foi tomado para essa decisão”. “O impeachment é a punição máxima a um presidente que cometeu um deslize funcional gravíssimo. Trata-se de um mecanismo extremo, traumático, que pode abalar o sistema político como um todo, pode provocar ódio e rancores e tornar a população ainda mais refratária ao próprio sistema político”, alertou Barbosa.

Ele também não poupou críticas a Dilma Rousseff. Para ele, a petista não soube conduzir o País, não soube se comunicar com a população, fez péssimas escolhas e limitou-se a governar para seu grupo político e aliados de ocasião. “Não digo que ela compactuou abertamente com segmentos corruptos em seu governo, em seu partido e em sua base de apoio, mas se omitiu, silenciou-se, foi ambígua e não soube se distanciar do ambiente deletério que a cercava, não soube exercer comando e acabou engolida por essa gente”, disse.

Apesar das críticas a Dilma, Barbosa afirmou que Temer não tem legitimidade para governar o Brasil. “É muito grave tirar a presidente do cargo e colocar em seu lugar alguém que é seu adversário oculto ou ostensivo, alguém que perdeu uma eleição presidencial ou alguém que sequer um dia teria o sonho de disputar uma eleição para presidente. Anotem: o Brasil terá de conviver por mais 2 anos com essa anomalia”, afirmou o ex-ministro, que também criticou o PSDB. “É um grupo que, em 2018, completará 20 anos sem ganhar uma eleição”.

Política maranhense em notas

Maioria dos maranhenses contra o impeachment

pesquisaimpeachmentO próprio governador Flávio Dino divulgou na noite desta quarta-feira (11) os primeiros números da pesquisa realizada pelo instituto Exata sobre a percepção dos maranhenses com relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 56% dos entrevistados disseram ser contra o impedimento e 39% a favor. Além disso, 54% dos entrevistados apoiam a defesa de Flávio à presidente.

Enfrentamento à manobra dos empresários

assembleiaO prefeito Edivaldo recebeu grande apoio de muitos parlamentares na Assembleia Legislativa. O poder legislativo estadual demonstrou que estará apoiando o processo licitatório e vigilante quanto quanto à tentativa de um grupo de empresários de melar o certame. A postura de enfrentamento e de não recuo do prefeito Edivaldo Holanda Júnior foi muito elogiada pelos parlamentares na sessão. “Eu vejo que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior não foge desse compromisso de atender à comunidade, à sociedade e ao povo com um transporte público de qualidade”, disse o deputado Antônio Pereira.

Na Vara de Interesses Difusos

justiçaO processo impetrado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) está na Vara de Interesses Difusos e Coletivos. O juiz da Fazenda Pública declarou incompetência da sua Vara para o caso. Agiu corretamente e enviou o processo para Vara específica. Desde o final da manhã o processo está na mesa do juiz Douglas Martins passou a tarde debruçado sobre o processo. A expectativa era de uma resposta ainda nesta quarta (11). O que não deve acontecer pelo adiantado da hora. A última movimentação foi mesmo às 11h46 quando ficou concluso a mudança e pronta para decisão.

Murad ataca Roseana por apoio a Câmara

andreaA deputada Andrea Murad não poupou a ex-governadora Roseana Sarney pelo apoio ao pré-candidato a prefeito Fábio Câmara. Andrea até desdenhou da importância do apoio, afirmando que já está na hora de Roseana se aposentar. A ex-governadora disse que ia se aposentar, eu acreditei, inclusive fui na renúncia dela no Palácio dos Leões, onde houve despedidas e até lágrimas. Então, realmente pensei que depois dela ter ficado estática na campanha do Lobão Filho ela estivesse disposta a parar. Mas se não se movimentou para ajudar a eleger o governador, não creio que se movimentará para eleger Fábio Câmara ou qualquer outro. Precisamos saber a hora de parar”, disparou contra a esposa do seu tio.

Uema pediu ressarcimento de Maranhão

waldirmaranhaoO reitor da Universidade Estadual do Maranhão, Gustavo Pereira, emitiu nota afirmando que a Universidade tomou as atitudes cabíveis com relação aos salários recebidos irregularmente pelo professor Waldir Maranhão, que desde 2007 é deputado federal. Waldir recebeu salários indevidos até janeiro de 2016, quando, segundo a Uema, detectou a irregularidade, bloqueio o pagamento e solicitou o ressarcimento de Maranhão. O período identificado pela atual gestão da irregularidade é de fevereiro de 2014 a janeiro de 2016.

Temer com Sarney na véspera de assumir

temersarneyEnquanto o plenário do Senado analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff , o vice Michel Temer passou a maior parte desta quarta-feira (11) no Palácio do Jaburu, residência oficial, reunido com conselheiros políticos e parlamentares aliados. O vice-presidente Michel Temer deixou o Palácio do Jaburu por volta das 12h35 para almoçar com o ex-presidente e ex-senador José Sarney. O deputado Sarney Filho (PV-MA), filho do ex-presidente e ex-senador, deve assumir o Ministério do Meio Ambiente no eventual governo Temer.

Para Flávio Dino, governo “interino e frágil” de Temer não deve se dedicar a persegui-lo

flavioEm entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o governador Flávio Dino (PCdoB) falou sobre a tentativa de reverter o impeachment com a decisão de Waldir Maranhão. Flávio voltou a questionar a fragilidade de argumentos para o impedimento da presidente Dilma e comentou sobre o futuro governo Temer.

Para Flávio, Michel Temer (PMDB) não deverá persegui-lo em um governo frágil e interino. Ainda alfinetou, afirmando que seu governo no Maranhão tem apoio popular e legitimidade. “Não imagino que um governo interino e frágil vá se dedicar a fazer perseguições. Seria estapafúrdio. Não é muito da feição, inclusive, do próprio Michel Temer. Tenho muita tranquilidade. Nosso governo é legítimo, tem apoio popular, cumpre a lei e suas obrigações. Nem que quisessem, não teriam como atrapalhar.”

Flávio disse ainda que se Waldir Maranhão ficar sem partido, o PCdoB estará de portas abertas para filiação. Ele negou que a candidatura de senador em sua chapa estivesse envolvida na negociação com o presidente interino da Câmara Federal.

 

Política maranhense em notas

Homenagem pela coragem

Foto 16_09-05-2016 - Gov. recebe homenagem de movimentos sociais (17)O governador Flávio Dino recebeu, na tarde desta segunda-feira (9), lideranças de movimentos sociais e políticas do estado, que realizaram ato de reconhecimento ao posicionamento do governador em defesa da democracia. Agradecido pela homenagem recebida, Flávio Dino reafirmou a posição de enfrentamento a tentativa de impeachment da presidente Dilma. Ao receber uma placa de homenagem das mãos do deputado federal Zé Carlos, de representantes de movimentos sociais como CUT, Fetaema, Aconeruq e MST e lideranças políticas de todas as regiões, o governador agradeceu o gesto.

Quem tem medo de Temer?

micheltemerA ladainha diária de que o governador Flávio Dino deve ficar “de cócoras” para Michel Temer para não ser perseguido. Com a crise econômica, todos os governadores estão se virando com o que já tem sem nada de novo do governo federal, então, Flávio não teria nada mesmo de Temer se calando ou não. Flávio já faz um governo com projetos objetivos e resultados práticos sem Brasília e assim manterá. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) é um dos mais ferozes opositores à Dilma Rousseff e sempre bem avaliado como um dos melhores prefeitos do país. O futuro presidente terá contra ele uma das vozes mais qualificadas até por quem quer derrubar Dilma contra seu governo.

Secretário “vai ver o capeta”

honraO vereador Honorato Fernandes (PT) ficou furioso porque algum secretário municipal não o recebeu. Ele não quis declinar o nome do secretário, mas esbravejou na tribuna da Câmara Municipal por ter não ter sido atendido. “Se isso voltar a acontecer você vão ver o capeta aqui em cima. O secretário tem obrigação de atender o vereador. Isso eu não aceito”, reclamou, afirmando que não pede nada pessoal para os secretários.

Astro solicitou intervenção do líder

Astro de Ogum no debate sobre reforma polÃ-tica.O presidente da Câmara Municipal, Astro de Ogum (PR) pediu ao líder do governo, Osmar Filho (PDT), para que levasse ao conhecimento dos secretários municipais os artigos da Lei Orgânica do Município, que garante acesso aos vereadores aos gabinetes de secretários, mesmo sem agendamento. Astro pediu que Honorato declinasse o nome do secretário, mas o petista não o fez.

Beto Castro ainda vereador

betocastroA Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Luís ainda não recebeu a intimação do Tribunal Superior Eleitoral determinando a cassação do mandato do vereador Beto Castro (PROS) e posse do suplente Carioca (PRTB). Nem Beto, nem Carioca estiveram na Câmara nesta segunda (9). De qualquer maneira, Astro lamentou a perda do mandato de Castro ao abrir a sessão. Carioca já coloca as “barbas de molho”. Duas vezes ele comprou o terno achando que iria assumir e levou rasteira por decisão contrária.

Mais imoral do que os convênios?

hildorochaO deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) tem lapsos de memória. Ele esquece quem é, como se elegeu e posa de arauto da moralidade como se tivesse moral para tal. Hildo disse que a decisão de Waldir Maranhão  foi imoral e esdrúxula. A secretaria de Cidades, sob o comando de Rocha, celebrou vários convênios eleitoreiros com municípios maranhenses, sendo que ele sabia que não poderiam ser pagos. Foram 472 convênios em 2013, dos quais 349 foram assinados em dezembro de 2013, se comprometendo a repassar aos municípios o valor de R$ 323,9 milhões entre 2013 até julho de 2014. O resultado foi sua eleição e calote aos prefeitos que não fecharam voto com ele. As auditorias da SECID mostraram uma verdadeira farra.

Processo no Maranhão e Lava Jato tiraram ministério de Roseana

roseanamichelA principal herdeira política de José Sarney pode ficar na chuva um pleno governo do PMDB. É a terceira vez que o PMDB vai governar o Brasil, em nenhuma delas, por votação direta. Na década de 80, Sarney chegou ao Palácio do Planalto obra do destino que levou Tancredo Neves. Em 1992, o impeachment tirou Collor e colocou Itamar (PMDB) na Presidência.

Nas duas ocasiões, a família Sarney contou com destaque de ponta em Brasília. Roseana, que chegou a ser para alguns a musa do impeachment de Collor – talvez pensasse reeditar isso agora apoiando a cassação de Dilma -, pode ficar sem uma boquinha no governo Temer.

A causa é a ação na Justiça maranhense em que Roseana é acusada de desviar R$ 1,95 bilhão da área da saúde para abastecer sua campanha e a de seu seu partido. O dinheiro teria sido desviado na construção de 64 hospitais do programa Saúde é Vida, “com a finalidade de enriquecimento às custas das verbas da saúde pública, bem como financiamento de campanhas eleitorais, quais sejam, as campanhas da ex-governadora e do ex-secretário de saúde Ricardo Murad”.

A Justiça do Maranhão acatou a denúncia na semana passada. Era a gota que faltava para Temer tirar uma indesejada pretendente da lista de ministeriáveis. O Clã ainda busca emplacar Sarney Filho (PV), cotado para o Ministério do Meio Ambiente.

CNI pede a Temer mudanças nas legislações trabalhista e previdenciária

Entidade do setor industrial afirma que governo deve evitar ações populistas que, segundo ela,  atrasam o desenvolvimento do país

micheltemerEBC – Representantes do setor industrial apresentaram ao vice-presidente da República, Michel Temer, um conjunto de 38 propostas para os próximos dois anos caso a presidenta Dilma Rousseff seja afastada pelo Congresso. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, entre as sugestões estão mudanças nas legislações trabalhistas e previdenciária, alteração na política cambial, refinanciamento de dívidas das empresas e desburocratização.

Para Andrade, a discussão em torno da saída de Dilma tem contribuído para melhorar o ambiente de negócios no país, mas também são necessárias mudanças nos rumos da economia para reaquecer o setor.

“Essa discussão [do impeachment] tem trazido o ambiente de tranquilidade, confiança, esperança no brasileiro. Isso já é muito importante para que os investidores comecem a pensar em tirar seus investimentos e projetos da gaveta e colocar em cima da mesa. Agora, precisa de mudanças sérias, propostas adequadas e políticas públicas definidas”, argumentou.

O presidente da CNI afirmou que há mais de um ano as confederações de vários setores da economia discutem alternativas para melhorar o ambiente de negócios.

“No caso da indústria, apresentamos 38 propostas para que o setor volte a ter participação importante no PIB brasileiro. Eles são referentes a oito temas, cada um deles relativo às questões tributária, trabalhista, Previdência Social, infraestrutura e burocracia. O vice-presidente recebeu bem as propostas”, afirmou Andrade.

Na área trabalhista, o presidente da CNI defendeu a aprovação do projeto de lei que regulamenta as terceirizações e a “valorização” dos acordos sindicais entre trabalhadores e empresários. “Só esses dois pontos resolveriam grandes questões existentes hoje nas relações de trabalho e que acumulam a Justiça Trabalhista de um grande número de processos”.

Para o presidente da CNI, esse é o momento de trabalhadores, sindicatos e empresários darem sua “cota de sacrifício” para que o país saia da crise e volte a crescer. “Hoje, podemos pensar em si próprio e cada um querer fazer poucas mudanças e manter a situação como está. Mas, se mantendo essa situação, não vai dar a ninguém condições de, no futuro, ter trabalho, respeito, poder crescer, de ter lazer, emprego e uma vida confortável. É preciso que cada um dê uma cota de sacrifício. É preciso que as pessoas, as centrais sindicais deem uma cota de sacrifício.”

Segundo ele, a “cota de sacrifício” das empresas têm sido a queda na participação do setor industrial no PIB. “Saímos de um PIB em que tínhamos participação de 18% há quatro anos  para uma participação de 9%. Isso já é um sacrifício enorme que a indústria tem feito, mantendo um parque industrial ativo, competente, capaz de crescer, inovando, com desenvolvimento e tecnologia”.

Câmbio

O setor industrial também pediu a Temer, caso assuma o comando do país, que adote políticas de “previsibilidade cambial”. “Há a necessidade de uma política cambial estável para que o setor exportador possa fazer um preço, assinar um contrato, sair para vender seus produtos lá fora. Se hoje o dólar está a [R$] 4 e amanhã a [R$] 3,50, você não tem condições de fazer propostas”, destacou.

Perguntado se a intenção é o futuro governo controlar o câmbio, Andrade explicou que o Banco Centro tem mecanismos para manter a moeda “estável” e “previsível” em relação ao dólar sem que haja efetivamente um controle.

“Não estamos falando em controle cambial, mas existem políticas do Banco Central que podem fazer o câmbio mais estável e previsível. O que falta no Brasil é previsibilidade. O que estamos querendo é essa previsibilidade. Não estou dizendo que o câmbio tenha de ser [R$] 4 ou [R$] 3,50, mas precisamos de previsibilidade das políticas públicas”, concluiu.

Sarney, Temer e Cunha discutem como parar Lava Jato

sarneycunhatemerPouco tempo depois que o doleiro Alberto Yousseff foi preso em São Luís tentando pagar propina para a cúpula do Palácio dos Leões, na primeira etapa da Operação Lava Jato em 2014, circulou em Brasília a informação de que o então ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, havia negociado o recebimento de R$ 5 milhões em propinas que seriam divididos com a cúpula do PMDB.

Meses depois, quando Ricardo Pessoa, da UTC-Constran foi preso pela Polícia Federal, veio a conformação de que integrantes do alto clero peemedebista haviam achacado o dono da empreiteira, exigindo os R$ 5 milhões. Pessoa confirmou ao Juiz Sérgio Moro que a propina foi paga.

A cúpula peemedebista, que inclui o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o presidente do Senado Renan Calheiros, além do grupo Sarney, já foi citado dezenas de vezes por delatores da Operação Lava Jato. Apenas Lobão foi citado seis vezes, sob a acusação de ter recebido propina, especialmente nas negociações que envolvem as obras das Usinas de Angra 3 e de Belo Monte. O vice-presidente Michel Temer foi citado pelo menos nove vezes.

Com tantas menções a seus principais líderes, o PMDB discretamente discute estratégias para garantir que a ascensão ao Palácio do Planalto garanta a paralisia definitiva da Lava Jato. Interlocutores do PMDB acreditam que o grande erro do governo Dilma foi permitir que as investigações da PF avançassem.

Enquanto a grande mídia se dedica a narrar a caminhada da presidente Dilma, conduzida ao cadafalso em uma trama liderada pelo peemedebista Eduardo Cunha, Sarney e Temer se dedicam  a encontrar uma forma de barrar em definitivo a república de Curitiba.