Obra que Wellington usa para atacar o governo não é do governo

Na ânsia de atacar o governo do estado, o deputado Wellington do Curso cometeu um erro crasso. Na verdade, três erros.

O deputado disse na tribuna da Assembleia e postou em suas redes sociais a “informação” de que o governo do Estado estaria construindo uma quadra em uma escola abandonada. A escola seria o Centro de Ensino Edson Lobão, uma escola do Estado, localizada na cidade de Paraibano.

Não demorou para ele ser desmentido pelo secretário estadual de Educação, Felipe Camarão, que postou no Twitter: “Com respeito, deputado, o senhor se equivocou em 3 pontos: nome da escola errado, escola é municipal e obra da quadra não é estadual”.

O Blog apurou mais os fatos e descobriu que o real nome da escola é Gonçalves Dias e não Edison Lobão. A unidade é municipal e foi cedida pelo governo à prefeitura de Paraibano a pedido da própria prefeitura. A obra da quadra está sendo realizada pela prefeitura.

Antes de “denunciar”, o deputado deveria ter solicitado as informações à secretaria de educação para não cometer este tipo de gafe.

O deputado “da educação” deveria primeiro pedir desculpas ao secretário e depois atacar o sucateamento histórico da educação do Maranhão que está mudando de patamar justamente no atual governo. São cerca de 600 escolas que já passaram por reforma, reconstrução ou construção. Isso dá uma margem impressionante de de uma a cada dois dias. Mas claro, mesmo com estes resultados, foi alcançada metade da rede de 1.200 escolas.

Logicamente, o deputado ainda encontrará estaduais com problemas. Afinal, o sucateamento dos últimos 50 anos deixou a educação do Maranhão com os piores índices do país e uma estrutura costumeiramente alvo de reportagens negativas nacionais. Mas Wellington não tem como negar a mudança de rumo e a quantidade de escolas já melhoradas. Quando perambular o Maranhão e encontrar uma com problemas, basta informar à secretaria e pedir informações sobre o cronograma de obras e saber quando esta será reformada.

Concurso para Prefeitura de Paraibano é anulado

concursoanuladoA pedido do Ministério Público do Maranhão, a Justiça anulou, liminarmente, o concurso público para o Município de Paraibano, regido pelo Edital nº 001/2013, realizado em 2014. O valor da inscrição, cujo montante totalizou R$ 85.480, deverá ser devolvido para cada candidato inscrito. A quantia deve ser depositada pelo Município em conta judicial vinculada ao processo, sob pena de multa diária de R$ 3 mil.

A decisão, proferida pelo juiz Carlos Eduardo Mont’Alverne, atende pedido de Ação Civil Pública formulada pelo promotor de justiça Julio Aderson Borralho Magalhães Segundo.

Consta na manifestação ministerial que a licitação do certame apresentou diversas irregularidades, uma das quais foi a modalidade escolhida: pregão presencial, que de acordo com a lei, somente pode ser utilizada quando o objeto da licitação for aquisição de serviços comuns. Neste caso, o objeto é contratação de empresa especializada na realização de concurso público.

O MPMA também aponta que somente a empresa vencedora da licitação esteve presente na data da sessão – 3 de dezembro de 2013 – ocasionando, portanto, violação dos princípios da impessoalidade e igualdade, que regem a administração pública.

Outras irregularidades constatadas foram a diferença entre o número de inscritos (2.060) e de candidatos que responderam a prova (2.131) e a ausência de lista de presença. Houve, ainda, indícios de favorecimento ou vazamento de gabarito, porque diversos parentes da prefeita Maria Aparecida Queiroz Furtado apareceram na lista de aprovados.

Com informações do Ministério Público.