Fábio Câmara exagera novamente; onde está a Comissão de Ética?

fabiocamara2O vereador Fábio Câmara (PMDB) abusou mais uma vez do livre direito de utilizar a tribuna da Câmara Municipal de São Luís. Tudo bem cobrar a prefeitura de São Luís com relação ao aumento das passagens de ônibus. É o papel do vereador como oposição. Mas o peemedebista não se conteve e chamou o prefeito de “marginal” e “secretário de Flávio Dino”.

Fábio tentou explicar o uso do termo pela possibilidade variante da língua portuguesa, já que marginal é alguém que está à margem da sociedade. Mas a interpretação de “à margem da lei” na evolução linguística significa aos ouvidos de qualquer um: criminoso, pois se aplica no dia-a-dia somente a bandidos. Ouça o que disse o vereador:

Caso marginal significasse alguém que infringe uma lei ou norma, todos seriam marginais por comprar um CD pirata, ultrapassar o sinal vermelho ou pagar contas de luz de pessoas carentes em troca de votos. Mas isso não faz de ninguém marginal, dado o significado semântico do termo. Se não podem, avalie o prefeito Edivaldo, quando não existe nenhuma acusação de transgressão da lei.

Esta é apenas mais uma afronta do vereador ao decoro parlamentar. Fábio já chamou o vereador Marquinhos (DEM) de cachorro e quase foi aos tapas com o mesmo vereador, já quebrou um copo no plenário – podendo machucar alguém – e já utilizou outros termos pouco indicados para a tribuna de um parlamento ao se referir ao prefeito Edivaldo.

Onde está a Comissão de Ética da Câmara Municipal de São Luís? Nenhum processo de quebra de decoro aberto até o momento. A comissão é presidida pelo vereador Nato (PRP).

Zé Inácio entra com Ação Constitucional Popular contra Eduardo Cunha

ptaçãoO deputado Zé Inácio (PT) protocolou na Justiça Federal do Maranhão uma Ação Constitucional Popular com pedido de medida cautelar, requerendo que seja concedida medida liminar para determinar à Câmara dos Deputados o afastamento imediato de Eduardo Cunha do cargo de Presidente da Câmara até que seja julgado o processo contra ele por quebra de decoro parlamentar.

“O objeto da ação é tão somente a preservação da moralidade administrativa para garantir o processamento e o julgamento de representação por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara dos Deputados”, explicou o deputado.

De acordo com o deputado Zé Inácio (PT), a Ação visa o afastamento provisório de Eduardo Cunha enquanto durar o processo e assim prevenir contra futuras interferências indevidas do abuso do poder politico sob a condução do processo.“É inaceitável que o deputado Eduardo Cunha o use o seu poder de presidente da Câmara para evitar o processo de cassação através de manobras regimentais. Essa é uma demonstração clara de que ele que ser afastado da direção Câmara Federal enquanto durar o processo”, enfatizou o Deputado Zé Inácio.

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, denunciado pelo Procurador Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) enfrenta uma série de acusações relacionadas ao esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O STF abriu inquéritos para investigar o presidente da Câmara e desde então ele vem usando de manobras para permanecer no poder.

​Para o deputado maranhense Zé Inácio, a utilização do cargo de presidente para benefício próprio ficou ainda mais evidente quando infringiu os princípios constitucionais de moralidade administrativa, da impessoalidade e probidade administra.