A revista Veja revelou nomes e valores de propinas que estão no acordo de delação premiada do engenheiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. O empresário tem contratos bilionários com o governo federal e é apontado como o chefe do clube dos empreiteiros que se organizaram para saquear a Petrobras.
A Veja desta semana revela quem são os 18 figurões da República a quem o dono da UTC, em sua delação premiada, diz ter dado dinheiro. Desde a sua prisão, em novembro passado, Ricardo Pessoa ameaça contar com riqueza de detalhes como políticos graúdos se beneficiaram do maior esquema de corrupção da história do país.
Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas. Os detalhes estarão na edição da Veja que começa a circular neste final de semana.
Valores | |
---|---|
Campanha de Dilma em 2014 | 7,5 milhões de reais |
Campanha de Lula em 2006 | 2,4 milhões de reais |
Ministro Edinho Silva (PT) | * |
Ministro Aloizio Mercadante (PT) | 250.000 reais |
Senador Fernando Collor (PTB) | 20 milhões de reais |
Senador Edison Lobão (PMDB) | 1 milhão de reais |
Senador Gim Argello (PTB) | 5 milhões de reais |
Senador Ciro Nogueira (PP) | 2 milhões de reais |
Senador Aloysio Nunes (PSDB) | 200.000 reais |
Senador Benedito de Lira (PP) | 400.000 reais |
Deputado José de Fillipi (PT) | 750.000 reais |
Deputado Arthur Lira (PP) | 1 milhão de reais |
Deputado Júlio Delgado (PSB) | 150.000 reais |
Deputado Dudu da Fonte (PP) | 300.000 reais |
Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) | 2,6 milhões de reais |
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto | 15 milhões de reais |
O ex-ministro José Dirceu | 3,2 milhões de reais |
O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado | 1 milhão de reais |
* Como tesoureiro, arrecadou dinheiro para a campanha de Dilma de 2014