Maranhão volta a conviver com barbárie e intolerância

Mais um caso de linchamento. Barbárie continua envergonhando o Maranhão

Mais um caso de linchamento. Cultura da Barbárie continua envergonhando o Maranhão

Os últimos dias foram de um triste retrocesso para o Maranhão, que voltou a conviver com a intolerância e a selvageria. Duas travestis foram assassinadas com requintes de crueldade em Imperatriz. Já na cidade de Magalhães de Almeida, um homem suspeito de assassinato foi arrancado de dentro de um hospital e morto por populares.

Nos casos de intolerância contra homossexuais em Imperatriz, a última vítima foi identificada como Jhonata Araújo, de 17 anos, conhecido como Paty, que foi morta a golpes de faca na madrugada desta segunda-feira (11). O corpo foi encontrado em um terreno baldio, nas proximidades de uma faculdade particular.

Em 28 de março, o travesti Orlando Ricardo do Nascimento, conhecido como Katy, de 43 anos, foi morto a paulada. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do Hospital Municipal de Imperatriz. A Amatra (Associação Maranhense de Travestis e Transexuais) lançou nota repudiando os casos.

Linchamento

É uma característica cultural do Brasil e, em especial do Maranhão, o “aplauso” ao crime de linchamento. E mais uma pessoa foi condenada a morte sem ter direito à mínima defesa. Na cidade de Magalhães de Almeida, há 252 Km de São Luís, populares invadiram um hospital local  para arrancar e linchar o suspeito de assassinato identificado apenas como Gabriel. Portas e janelas do hospital foram quebradas para realizar o ato bárbaro.

O jovem foi “sentenciado” a paulas e pedradas na cabeça.  Tudo sob os olhares da mãe da vítima, que implorava misericórdia. Não foi ouvida.