O deputado Zé Inácio comentou na tribuna da Assembleia Legislativa as sucessivas notícias negativas do governo interino do presidente Temer. “Nesta última semana o Governo se envolveu em mais uma gigantesca crise que demonstra os riscos de Temer não resistir no cargo durante muito tempo, já que a situação dele, cada vez mais, se complica”, disse.
Para Zé Inácio, o diálogo publicado pela Folha de São Paulo na segunda-feira (23) entre o então o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o empresário Sérgio Machado, mostra os verdadeiros objetivos do impeachment. “Está claro o que todos nós falávamos: o impeachment é um golpe, primeiro, porque não existiu e não existe crime de responsabilidade; segundo, porque o objetivo do impeachment era barrar a operação Lava Jato”, afirmou.
O deputado também destacou o trabalho feito por políticos investigados para driblar as investigações contra a corrupção. “Aquele pacto, aquele Governo de salvação nacional que foi anunciado para o país, era para salvar os políticos corruptos do PSDB e do PMDB, que estão respondendo a inquéritos. O caso do Romero Jucá, por exemplo, é esclarecedor, já que ele responde a dois inquéritos na Lava Jato, e mesmo com a quebra sigilo bancário realizado na última semana, foi nomeado por Michel Temer”, enfatizou.
A notícia divulgada pela Folha também cita que Jucá afirma que Cunha era peça estratégica, sendo importante para o impeachment se consolidar. “O Romero Jucá afirma que trabalho de Cunha e de Renan Calheiros é importante para os políticos PSDB e do PMDB, ficando evidente que este pacto nacional divulgado por todo o país nada mais era do que uma estratégia para afastar as investigações da Lava-Jato”, contou.
Zé Inácio finalizou falando sobre a participação popular, que vêm percebendo as tentativas corruptas deste governo e que têm lutado por um governo legítimo, por meio de manifestações que são realizadas por todo o país. “As pessoas estão percebendo os objetivos de Temer e de sua bancada. Até mesmo senadores que votaram a favor do impeachment já deram declarações de que voltarão atrás em suas decisões”, concluiu.