Corrupção policial, uma fuga, um sequestro relâmpago e uma recaptura. Raimundo Sales Chaves Júnior, mais conhecido como Júnior Bolinha, que é acusado de participação na morte do jornalista Décio Sá, subornou agentes da Polícia Civil para sair da cadeia e praticar novos crimes. Júnior Bolinha agora fica no Centro de Detenção Provisória, em Pedrinhas.
Júnior Bolinha teve a fuga facilitada pelo policial civil José Ribamar da Conceição Martins, que deveria estar de plantão na delegacia, mas não estava, e pelo guarda Edinaldo Cruz da Silva, que estava de plantão na unidade e confessou ter recebido R$ 150,00 para liberar o preso. Os dois foram presos e autuados por corrupção passiva.
Bolinha saiu da delegacia e foi para casa, onde deu uma festa. Sendo monitorado pela Polícia o tempo todo, ele sequestrou um empresário que o devia R$ 180 mil e o colocou dentro do veículo. Em um momento em que Bolinha parou o carro, os policiais aproveitaram para fazer a abordagem, mas ele arrancou. Após intensa perseguição, Júnior Bolinha se rendeu. Ele foi preso, autuado por sequestro e corrupção ativa e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
“Ele já havia saído. Nós não detectamos, mas havia notícia. Justamente, por causa disso, estávamos monitorando a conduta dele e de pessoas que o rodeiam, parentes, advogados. Quero dizer que a Polícia Civil do Maranhão não compactua com qualquer tipo de corrupção ou falta disciplinar ou crime que possa ser praticado dentro da corporação. Nós, imediatamente, tomamos todas as providências de modo a resguardar que o bom policial tenha o seu nome limpo diante da sociedade. Quando detectamos essas condutas, imediatamente, tomamos todas as providências legais”, disse a delegada geral da Polícia, Cristina Resende.