Eles quase nunca aparecem durante a campanha eleitoral. Mas, pelo menos no Maranhão, é quase certo que eles assumirão o mandato mais importante da República em algum momento. Isto mesmo sem ter tido nenhum voto sequer. O suplente de Senador é um cargo que passa despercebido, mas deve ser levado muito em consideração no momento de eleger o senador. O maior exemplo é o hoje candidato a governador Edinho lobão (PMDB), que se credenciou pelo mandato no senado, conquistado sem ter voto, por ser suplente do pai, Edison Lobão.
O suplente do candidato Gastão Vieira (PMDB) é Raimundo Monteiro (PT). O petista teve a candidatura impugnada por ter tido as contas rejeitadas pelo TCU por irregularidades quando foi presidente do Incra e foi considerado Ficha Suja pelo Tribunal. Monteiro teve a candidatura liberada pelo TRE em uma votação apertada (relembre), mas a impugnação seguiu para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O candidato tem grandes chances de assumir o mandato, já que como este blog já demonstrou várias vezes, a intenção da Executiva nacional do PT é que Monteiro assuma o mandato caso Gastão Vieira seja eleito. Com a provável reeleição da presidente Dilma Rousseff, Gastão voltaria ao ministério do Turismo e o PT aumenta sua bancada no Senado com a ascensão do presidente do diretório estadual do PT. Isto explica a disposição da presidente em gravar mensagem para o candidato Gastão Vieira, mas evitar qualquer aproximação com o candidato ao governo do PMDB.
Leia: Para os petistas, Edinho perde o governo, mas Gastão vence o Senado
O suplente de senador de Roberto Rocha (PSB) é o deputado federal Pinto Itamaraty (PSDB). Nome de muito apelo popular, por comandar a maior radiola de reggae do Maranhão, Pinto foi vereador de São Luís e está no segundo mandato de deputado federal. Não existe um passivo que comprometa sua imagem. Pinto tem muito menos chances de assumir o mandato, a não ser por alguma saída pontual de Roberto Rocha.