As campanhas maranhenses são pródigas em histórias pitorescas, contadas boca a boca entre a chamada “classe política”, blogueiros e curiosos. Uma “editoria” dessas histórias são as invenções da família Sarney às vésperas de cada eleição.
O episódio mais famoso é até hoje o de Reis Pacheco, o suposto morto, que teria sido assassinado por Cafeteira e foi encontrado vivinho da silva, morando no Pará. Cafeteira, que à época era adversário dos Sarney, penou uma derrota diante de Roseana por esse fato. O episódio com tons romancescos, contou até com a derrubada da energia no estado pela Cemar, então estatal, para que o povo maranhense não visse a farsa desmascarada no último dia de horário eleitoral na TV.
Décadas depois, foi a vez de armarem para cima de Edivaldo. O então candidato a prefeito começava a consolidar sua liderança sobre João Castelo quando surgiu um vídeo amalucado afirmando que havia um grupo paramilitar chamado “Milícia 36” dentro da Polícia Militar que atuaria em favor do candidato. A farsa durou dias e, desta vez não impediu a vitória de Edivaldo.
O mesmo fim inócuo teve a farsa que tentaram montar contra Flávio Dino. Semanas antes de sua eleição para governador, apareceu um vídeo postado no YouTube em que um detendo não identificado dizia ter participado de um assalto a carro-forte para financiar a campanha do comunista. Menos de 24 horas depois, a polícia já havia identificado o “ator” e este já havia confessado que gravara o vídeo sob a promessa de receber R$ 1 mil.
Pois em tempo de eleições no Maranhão, já sabemos a lição: é olho vivo diante de boatos de última hora…