Teria o PMDB de Roseana decretado o fim da carreira política de João Alberto?

Com mandato prorrogado até o final de 2018, o senador João Alberto está preocupado com seu futuro político.

Atual presidente do PMDB no Maranhão, João Alberto conduziu a escolha dos candidatos que disputarão as eleições no ano que vem pelo partido. Entretanto, seu nome não foi cotado pela legenda nem para a disputa ao Senado e nem para o Governo do Estado.

De acordo com blogueiros ligados ao grupo Sarney, durante reunião partidária nesta sexta-feira (4) a sigla confirmou a previsão e vai lançar Roseana Sarney na difícil disputa contra os bons números de aceitação obtidos por Flávio Dino em dois anos e meio de governo. Na corrida pelo Senado, Edison Lobão já sinalizou que tentará renovar o mandato por mais oito anos.

Com 82 anos de idade, estaria João Alberto descontente com a decisão do seu partido de lhe tirar das eleições do próximo ano? A decisão do PMDB maranhense pode representar a aposentadoria política do senador.

Fiel ao grupo Sarney e ao PMDB, João Alberto vem atuando politicamente ao longo dos anos sempre cumprindo as determinações do clã Sarney e em obediência às deliberações partidárias.

Foi atendendo determinações do oligarca José Sarney – principal conselheiro do presidente Michel Temer – e do PMDB nacional, que João Alberto, com o poder de presidente do Conselho de Ética do Senado, arquivou o processo que pedia a cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Depois de longos anos de subserviência ao seu grupo político, parece que o PMDB optou deixar o ‘Carcará’ ou como um Plano B da sigla para 2018 – o que é pouco provável – ou definitivamente rumo ao esquecimento.

Carcará

Entre os anos de 1990 e 1991, quando foi governador, João Alberto ficou conhecido como ‘Carcará’ por ter liderado a Operação Tigre, cujo objetivo foi o extermínio indiscriminado de pessoas supostamente ligadas ao crime organizado de Imperatriz e região. A operação teria deixado 300 mortos. Embora esses números sejam contestados, as imprensas local e nacional deram destaque ao genocídio na época.

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