A eleição de São Luís teria um destino praticamente certo até meados do ano passado: uma disputa entre filhos de políticos e deputados que passariam a campanha em acusações de quem roubou mais ou menos durante a vida pública. De fato, isso chegou até a ocorrer. Mas um ponto verde no meio desta eleição mudou um pouco a história da sucessão de Edivaldo.

Quando lançou sua pré-candidatura, Jeisael chegou a ser motivo de chacota pela classe política. Depois, muitos achavam que entraria na disputa “a serviço” de algum outro candidato para “bater” em adversário. E tanto ao longo da pré-campanha como durante a campanha, Jeisael se mostrou o candidato mais propositivo e preocupado em discutir a cidade de São Luís. A inserção dele no pleito influenciou inclusive para que candidatos poderosos indicassem mulheres negras como vice nas suas chapas.

Até mesmo quando entrou em embate com outros candidatos foi justamente na discussão pela cidade. O maior confronto que Jeisael teve nesse pleito foi com o candidato Eduardo Braide discutindo propostas de mobilidade urbana, quando o candidato da Rede defendeu que São Luís não precisava mais de terminais de integração, sendo copiado por outros candidatos.

Aliás, quando se fala em cópia, é outro fato inequívoco que o plano de governo de Jeisael é o mais copiado desta eleição. Qualquer um que acessa os planos registrados na justiça eleitoral percebe como a maioria tem propostas genéricas e o plano de Jeisael possui objetivos claros e convicções que forma colocadas durante a campanha.

Nesta reta final, ficou um resultado positivo para esta eleição. O fato de ter um candidato oriundo da periferia, que conhece os problemas da cidade vivenciando na sua profissão de jornalista e que conseguiu com uma boa equipe montar um plano bom para a cidade é um legado que irá influenciar de forma positiva este e os próximos pleitos da cidade.