As candidatas a vereadora de São Luís pelo MDB estão reclamando muito da gestão do presidente municipal do partido, deputado federal Cléber Verde, por não receberem o recurso do fundo de campanha do partido, que pela regra atual, deve ser repartido de forma proporcional entre os candidatos e candidatas da legenda. Ou seja, pelo menos 30% do vapor deve ser destinado às candidaturas femininas.
Com a campanha já em andamento há mais de 15 dias, as candidatas reclamam de ainda não ter recebido nenhum centavo, que Verde estadia priorizando a candidatura de seu filho, em detrimento das candidatas. Seis candidatas já ameaçam desistir.
O partido está com 10 candidatas. Ou seja, está exatamente com os 30% de cota de gênero e não pode perder nenhuma candidatura feminina ou a chapa pode ser toda derrubada.
Outro risco é que se permanecer o não cumprimento da proporcionalidade da distribuição do recurso do fundo de campanha, a chapa também pode ser derrubada.
Reincidência
É a segunda vez que o deputado Cléber Verde se envolve em um problema com o cumprimento dos critérios de cota de gênero.
Em 2019, seu então partido, Republicanos, foi acusado de uso de candidatas laranjas no Maranhão para favorecer Verde. Uma candidata gastou quase R$ 600 mil com campanha e obteve somente 161 votos.
Uma gráfica que estava na prestação de contas da candidata no interior de estado pertence a um filiado ao ex-partido de Verde recebeu R$ 580 mil reais para confeccionar material de campanha para o deputado federal Cleber Verde, que era presidente do diretório estadual e controlava o recurso.