Blog do Jorge Vieira
A briga entre as correntes que estiveram envolvidas na disputa pelo comando do PMDB no Maranhão, semana passada, deixou a sede do partido e se transferiu para o plenário da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (04). Ainda por conta da refrega entre o senador João Alberto e ex-secretário Ricardo Murad, os deputados Roberto Costa e Andréa Murad voltaram a lavar roupa suja e trocar acusações sobre o resultado da convenção.
A parlamentar, que era candidata a presidente, mas curiosamente no dia da eleição estava em passeio na Flórida (EUA), retornou ao plenário na manhã de hoje cobrando satisfações da direção peemdebista e acusando o senador João Alberto de autoritário, de ter conduzido a convenção de forma ilegal e antidemocrática ao não permitir a inscrição de sua chapa, mas foi prontamente rebatida em suas afirmações.
“O que é difícil de aceitar é o medo, o cerceamento democrático, passei dias ouvindo que iríamos ser derrotados, e eu estava preparada para a vitória e para a derrota, a política tem dessas coisas, mas o que me entristeceu foi a anulação de qualquer possibilidade, até o direito de perder nos foi retirado, e isso, convenhamos, não faz jus a história desse partido. A minha lealdade ao PMDB continua inabalável, não será uma mancha pequena causada por poucos que irá afetar a grande história construída por muitos. Esse é um episódio menor na história do PMDB”, provocou Andréa.
A resposta veio na bucha. Durante intervenção, na tribuna, o deputado Roberto Costa, aliado do senador João Alberto, advertiu que todo processo da convenção do PMDB foi legal, “porque a Justiça nos deu esse direito, o diretório nacional do PMDB nos deu esse direito, agora querer discutir juridicamente com o Dr. Michel Temer, presidente nacional do partido, um dos juristas mais reconhecidos do Brasil, aí é demais”, ponderou Costa.