Colocar a culpa nas vítimas ou no comportamento de convício dos estudantes é a forma mais fácil e covarde de fingir que o problema da Universidade Federal do Maranhão não é a gestão da segurança no local. Foram registrados dois casos de estupro na Universidade em menos de quatro dias. E existe uma corrente que insiste em criminalizar as festas que sempre existiram como convivência universitária sem nenhuma ocorrência.
O segundo caso de estupro ocorrido na parada de ônibus do Centro Pedagógico Paulo Freire derruba a tese de que o problema da UFMA é festa e álcool. O problema é falta de segurança mesmo!
Imaginar que acabar com calouradas vai acabar com a violência é uma tolice. A UFMA tem muitos cursos à noite e os estudantes estão a mercê de saídas em grupos menores ou sozinhos e o perigo é muito maior.
A reitora Nair Portela precisa tomar uma atitude urgente para garantir a segurança dos estudantes e não mascarar a vulnerabilidade da UFMA proibindo festas, por exemplo.
Nair é irmã do secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela. Isso facilita a celebração de uma parceria para que a Polícia Militar esteja na universidade e medidas de proteção nos acessos laterais possam ser adotadas.