O senador 90% honesto presidente da Comissão de Ética do Senado, João Alberto, tem se notabilizado por decisões pra lá de controversa sobre quem deve ser investigado e quem deve ter denúncia ignorada. Depois da vergonha de não abrir procedimento para investigar o senador Aécio Neves, flagrado em conversa telefônica pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, Carcará sempre volta a mira da comissão para senadores de esquerda.
O senador José Medeiros (Pode-MT) protocolou nesta quinta-feira (8) duas denúncias no Conselho de Ética do Senado. Uma é contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, e a outra, contra o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ).
As denúncias são por suposta prática de incitação ao crime e de apologia ao crime por parte dos petistas durante seus discursos de defesa do ex-presidente Lula quando julgado pelo TRF4.
Caberá ao presidente do Conselho de Ética, João Alberto, arquivar ou dar andamento à denúncia. Ele deve encaminhar as denúncias à Advocacia do Senado para obter pareceres técnicos sobre as acusações e, então, decidir o que fazer. Mas pelas últimas decisões, João Alberto deve abrir procedimento.
Enquanto o Conselho de Ética de ocupar disto, não dá a mínima para o que disse o suplente do senador Edison Lobão, Pastor Bel, que afirmou que alguns dos seus colegam “deveriam estar presos”. Bel não nomeou quem são os ladrões do senado, mas deveria ser chamado pelo Conselho para declinar os nomes e dizer quais foram suas práticas criminosas.
Até porque um dos senadores que mais responde a processos e é alvo principal das investigações do Petrolão é o titular do mandato de Pastor Bel, Edison Lobão. Talvez por isto João Alberto faça vista grossa.