As reportagens da imprensa nacional demonstrando como está o jogo da escolha do presidente Lula do seu quadro ministerial deixam claro que o petista e sua cúpula estão muito preocupados com a questão do Congresso e a governabilidade, pretendendo negociar apoios de partidos e parlamentares na escolha de seus auxiliares.
Todos os cenários levam a crer que se o senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino, for de fato ser ministro do governo Lula, isso não se dará na montagem do primeiro quadro ministerial, mas provavelmente em uma troca mais à frente, quando o cenário estiver mais estável.
A cúpula do novo governo vê Flávio Dino como nome fundamental no senado para contrapor opositores ferrenhos como Sérgio Moro e Hamilton Mourão. Então, pelo menos inicialmente, ele seria fundamental neste confronto.
E o que mais tem preocupado é que o governo precisa oferecer espaços para um Congresso que elegeu a maioria não alinhada ao projeto petista para reforçar a base de apoio. Embora, o PT não abra mão de espaços primordiais serem ocupados por ministros bem alinhados ao governo.
O próprio Flávio Dino já demonstrou em entrevista ao site Metrópoles que tem preocupação em aumentar a base do governo com espaços para outros partidos. Dino disse que PT e PSB devem abrir espaços em prol de partidos como como PSD, MDB e União Brasil.