A situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está muito desconfortável. Apesar de as denúncias contra ele envolvendo emendas e a prefeitura administrada pela irmã já ser de conhecimento público há mais de um ano, este é o momento que ele mais instabilidade do ministro.

Esta semana foi divulgado o relatório da Polícia Federal que indiciou o ministro das Comunicações por crimes como corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. O relatório da PF foi enviado nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal, e o relator é o ministro Flávio Dino. O caso está sob sigilo.

O presidente Lula, que está em Genebra, na Suíça, foi questionado pela imprensa sobre a questão de Juscelino, e não foi firme na defesa do ministro e nem na garantia de que ele fica no cargo, como fez em outras ocasiões. Desta vez, o tom foi mais duro.

“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes”, afirmou.

Lula disse que ainda conversará com o ministro nesta quinta-feira antes de tomar uma decisão.

A fala de Lula sobre “tomar decisão” coloca em risco grave o cargo de Juscelino, que teve que emitir nota, gravar vídeo e apelar para a ideia de perseguição a nível de Lava Jato para sensibilizar Lula.