Em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti na Globo News, o governador Flávio Dino falou sobre ações do governo, a investigação em torno de Fabrício Queiroz e do deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL), e sobre a aliança do PCdoB junto com o PSL à candidatura de Rodrigo Maia pela presidência da Câmara dos Deputados.
Sobre a aliança com Maia, Flávio lembrou que a esquerda está no canto do ringue neste momento e é preciso ampliar o diálogo. O governador afirmou que nas duas eleições de presidente da Câmara quando foi deputado, votaram juntos PT e PSDB, conscientes de que ali era uma situação, e o debate político outro.
“Se nos isolarmos, nós vamos perder todas as votações, como infelizmente perdemos no impeachment. É preciso ampliar, dialogar. Estamos na defensiva política. Perdemos três importantes batalhas: no impeachment, na prisão do presidente Lula e na eleição de 2018. Ideologicamente é claro que a agenda do Rodrigo Maia não é nossa agenda. É de privatizações, de situações que nós não acreditamos. Não estamos vinculando ideologicamente, é apenas respeitar a proporcionalidade, o regimento. A eleição do presidente da Câmara não é uma matéria ideológica”, afirmou.
Caso Flávio Bolsonaro
Sobre o caso Flávio Bolsonaro, que conseguiu no STF a suspensão de sua investigação, o governador maranhense afirmou que existe a situação jurídica, já que o foro privilegiado não vale mais para crimes anteriores ao mandato, e política. No tange à política, o filho do presidente assumiu definitivamente a condição de réu.
“O investigado assumiu sua condição. Quem entrou com recurso foi o próprio Flávio Bolsonaro e assumiu agora que é investigado. Existe também a fragilização de uma das faces prometidas pelo governo Bolsonaro que seria combate á corrupção. O caso possui incoerências jurídicas e consequências políticas”.
Flávio Bolsonaro, que só assumirá o cargo de senador em fevereiro, pediu um foro privilegiado por antecipação. O ministro Luiz Fux suspendeu as investigações até Marco Aurélio decidir, também em fevereiro, qual o foro para conduzir o caso. Segundo Fux, apenas o STF pode definir essa questão.