Uma lembrança muito oportuna foi feita por um internauta ontem (10) ao responder às publicações do DJ Claudinho Polary nas redes sociais. O DJ fez vários retuítes em postagens repudiando a decisão do STF que entendeu não ser constitucional a prisão após condenação em segunda instância. mas somente depois do trânsito em julgado.
O filho do DJ, Diego Polary, foi condenado pelo assassinato do advogado Bruno Matos, logo após as eleições de 2014. Matos participava das comemorações da eleição do senador Rocha Rocha, para o qual tinha trabalhado na campanha eleitoral. Após uma discussão por conta do barulho na festa, Diego matou o advogado a facadas (segundo a Justiça do Maranhão).
O filho do DJ foi condenado em primeira instância a 8 anos de reclusão e teve a pena aumentada na segunda instância para 10 de reclusão em regime fechado. A pena foi aumentada pela tentativa de assassinato de outra vítima, Alexandre Matos Soares, durante a confusão.
O DJ Claudinho Polary chegou a emitir nota à época do crime atacando a imprensa e alegando que o filho estava sofrendo “condenação antecipada, um linchamento injusto, cruel e irresponsável”.
Condenado com farto material probatório em segunda instância, Diego nunca entrou em uma cela e segue em liberdade com recurso no STJ sete anos após o assassinato.
Este sim é um crime gravíssimo que ceifou a vida de um jovem e merecia uma resposta muito mais célere e forte da justiça, Mesmo sem a condenação em trânsito e julgado o crime já seria passível de outra forma de prisão, como a preventiva, uma vez que ficou clara a tentativa de obstruir a justiça colocando a culpa em um vigilante durante a investigação e também pelo fato do acusado de assassinato por motivo banal trazer risco à coletividade.
Pingback: Com o filho condenado em 2ª instância, Claudinho Polary diz ser… – Blog do Domingos Costa