A Câmara Municipal de Vargem Grande pode instalar uma Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a direção da própria Casa legislativa. Isto, porque não se sabe como, cheques institucionais da Câmara foram utilizados descontados e ninguém sabe dizer para que serviços e nem a mando de quem. Foram R$ 5.600,00 retirados da conta da Câmara Municipal sem muita explicação.
A ex-presidente da Câmara, vereadora Conceição (PMDB), mesmo sendo da base aliada do prefeito, é desafeto do atual presidente e buscou a oposição para instalar a CPI. Ela conseguiu a assinatura de três governistas e mais os cinco vereadores da oposição de Vargem Grande. Ou seja, com a assinatura dela já são nove. A Câmara de Vargem Grande possui 13 vereadores, portanto, precisando apenas de quatro assinaturas para instalar a CPI.
Foram três cheques da Câmara Municipal de Vargem Grande que sumiram. Destes, foi descoberto que dois foram sustados e um devolvido por não ter fundos. O atual presidente da Câmara, Abdias Cidrão (PMN) tem dito aliados que não sabe de onde teriam partido os cheques e coloca a culpa na gestão anterior, justamente de Conceição.
Desapareceram os cheques 855267, no valor de R$3.200, 855263, no valor de R$ 3.300 e 855262, no valor de R$2.300. Todos tendo como titular a Câmara Municipal de Vargem Grande. Somente o primeiro não foi sustado por já estava sem fundos. Embora no requerimento que pede a CPI (veja ao lado), é exposto que todos estavam sem fundos, apenas o 855267 não foi sustado.
O líder da oposição na Casa, vereador Toninho Abreu, já armou uma estratégia para o caso de Conceição sofrer algum tipo de pressão e retirar o requerimento. Como só são necessárias quatro assinaturas, ele já preparou outro Requerimento assinado apenas pelos cinco vereadores de oposição para ser apresentado na hipótese de Conceição dar pra trás. Toninho é proprietário da Rádio e TV Líder, que foi incendiada em outubro de 2011 (relembre).
A sessão do próximo dia 28 irá analisar o requerimento.