Os deputados de oposição cobraram do Governo do Estado, na sessão desta quinta-feira (3), a abertura de diálogo com os policiais militares em greve. Othelino Neto (PCdoB), Raimundo Cutrim (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) acusaram o governo de boicotar qualquer tipo de acordo com os grevistas.
“Radicalizar e se recusar ao diálogo não ajuda em nada, dá uma demonstração de falta de transparência e a falta de um instrumento fundamental no regime democrático, que é a capacidade de dialogar para tentar chegar a um entendimento. Mandar prender líderes do movimento, se recusar a discutir, ficar simplesmente acusando o movimento grevista de estar fazendo política, não ajuda a discussão”, afirmou Othelino Neto.
Depois foi a vez do deputado Raimundo Cutrim falar sobre o assunto e defender a paralisação. “A situação da Polícia Militar é tão grave que a lei permite o aquartelamento, isto é correto”, defendeu. Garantiu também que, por conta disso, os grevistas não podem ser exonerados por deserção. “Eu não acredito que em pleno século XXI, ainda há pessoas, principalmente na área jurídica que acreditam em deserção”, afirmou ao dizer que a legislação apoia os grevistas.
O deputado Bira do Pindaré fez discurso na mesma linha e defendeu que o governo defina um interlocutor, fazendo um movimento em direção ao entendimento. “No caso da greve da PM, não há qualquer negociação. Não há sequer a definição de um interlocutor. E o interlocutor não pode ser o comandante da PM, porque o comandante da PM não domina o Orçamento do Estado e não tem ingerência sobre o conjunto do Orçamento do Estado”, afirmou.