BRASÍLIA – O senador José Sarney (PMDB-AP) não vai se candidatar para disputar o Senado nas eleições deste ano. A informação foi divulgada em nota pelo assessor de Sarney no Macapá nesta segunda-feira e confirmada ao GLOBO pelo presidente regional do PMDB no estado, o ex-senador Gilvam Borges.
Segundo Borges, a primeira pessoa a saber da desistência de Sarney — pela boca do próprio — foi a presidente Dilma Rousseff, com quem o ex-presidente viajou de Brasília para Macapá. Em seguida, Sarney teria comunicado aos partidos aliados.
— Houve um comunicado do próprio presidente Sarney hoje aos partidos aliados de que ele declinaria da candidatura ao Senado. Isso é fato. Mas estamos todos sob o impacto dessa decisão. Estamos órfãos. Esperamos que essa decisão não seja irreversível — disse Gilvam, informando que Sarney confirmou sua ida à convenção estadual de sexta-feira.
O anúncio oficial da assessoria foi feito depois que Sarney esteve com Dilma na entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida e foi vaiado. O Amapá é um dos redutos eleitorais do ex-presidente.
“O senador, de 84 anos, também confirmou aquilo que seus amigos mais próximos e os aliados em Macapá foram comunicados na semana passada, de que não vai disputar a reeleição para o Senado em outubro próximo”, afirma a nota, que credita a Sarney declaração sobre o ato, na qual afirma que a decisão foi tomada na semana passada, e que ele entende que “é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”.
Segundo o comunicado, Sarney tem acompanhado o tratamento de saúde da mulher, Dona Marly, e dará apoio a correligionários nas eleições de outubro.