Uma grave denúncia foi feita na manhã desta quinta-feira (4) pela Coligação “Todos pelo Maranhão”. O representante da coligação, Márcio Jerry, o advogado Carlos Lula e o líder da oposição na Assembleia, Rubens Pereira Júnior, denunciaram que policiais do serviço velado monitoraram, perseguiram e abordaram de forma que foge aos padrões o irmão do candidato ao governo Flávio Dino, Saulo Dino. E ainda afirmam que a emboscada foi autorizada e acompanhada pela governadora Roseana Sarney.
Segundo a coligação, enquanto seguia em seu carro rumo à cidade de Imperatriz, Saulo foi abordado em uma parada atípica da Polícia Militar no bairro Estiva, na saída de São Luís. Ele estaria sendo seguido desde a saída do hotel em que estava hospedado, foi o único cidadão parado pela estranha blitz montada por volta das 4h40 da manhã.
Mesmo de posse de todos os documentos necessários para a condução, a revista no carro passou de uma simples vistoria para uma busca minuciosa, atípica para os procedimentos comuns de abordagem, que durou mais de uma hora. Todos os documentos e caixas que estavam no veículo foram desmontados e descartados pelos agentes da operação. Tratava-se de bandeiras, panfletos e materiais de campanha do candidato Flávio Dino. Um condutor que passava no local filmou parte da ação.
Márcio Jerry fez questão de afirmar que confia nas Polícias Militar e Civil do Maranhão, mas o governo quer alterar o papel da polícia no estado.
“É de se estranhar que apenas o senhor Saulo Dino tenha sido parado e revistado pela tal Blitz, montada em horário inusual. O carro não caracterizado que seguiu o senhor Saulo Dino seria do serviço reservado da Polícia Militar, bem como seu condutor, segundo testemunhas que passaram pelo local no instante da operação”, afirmou Jerry.
A coligação disse que levará o caso ao conhecimento do Ministério da Justiça e ao Ministério Público. Também será solicitada a explicação da secretaria estadual de segurança.