Filho de mestiça com não índio o empresário se infiltrou nas aldeias para fazer negócios
A sentença que condena o empresário de transporte escolar indígena Uirauchene Alves revela que ele vem praticando crimes na região de Grajaú desde o início dos ano 2000. Em sentença do último dia 10 o juiz federal Magno Linhares condenou o empresário a 14 anos de prisão em regime fechado pela prática de sequestro (veja mais no Blog do Jeisael Marx).
O seqüestro ocorreu em Grajaú no dia 09 de junho de 2004. Ele liderou alguns caciques que abordaram dois funcionários da Funasa para cobrar pagamentos a supostos fornecedores. Com a negativa ele prendeu e conduziu a cativeiro os funcionários Paulo Roberto Borges Araújo e Hamiton Costa.
Um relatório do escritório da FUNAI identifica o empresário como responsável por promover briga entres índios, retenção de funcionários, seqüestro de veículos, criação de novas aldeias para obter benefícios. “Esclarecemos também que o senhor Uirauchene tem contribuído de forma negativa na desestrutura tribal dos índicos Guajajaras daquela região”, aponta.
No início do ano Uirauchene liderou grupo de índios cobrando do Governo do Estado pagamentos de transporte escolar indígena. Levantamentos da Secretaria de Educação e da Procuradoria Geral do Estado identificaram a existências de fraudes mediante supefaturamento do número de alunos.
Em um dos protestos Uirauchene se acorrentou nas dependências da Assembléia Legislativa, recebendo forte apoio dos deputados Sousa Neto, Andrea Murad, Welington do Curso e Adriano Sarney. Os deputados que apoiam o agora condenado ainda não se manifestaram sobre o caso.