A briga familiar está grave. O suplente de Senador Edinho Lobão anunciou há duas semanas que assumiria a vaga do pai, senador Edison Lobão (PMDB-MA). Edinho disse que assumiria na semana passada e nada do pai lhe entregar a cadeira do Senado até agora.
O problema é que as investigações da Lava Jato estão apertando e fora do Senado, sem o foro privilegiado, Lobão seria alvo fácil para o juiz federal Sérgio Moro, que não vê a hora de pegar um “peixe graúdo”. Ex-ministro de Minas e Energia e epicentro da Lava Jato, o que não falta é denúncia contra Lobão. Por isso, está resistindo a sair da cadeira.
O caso Jucá piorou a situação de Lobão pai. Após a revelação da trama para acabar com a Lava Jato, Moro irá querer provar que a investigação não sofre pressão política e Lobão seria o prêmio perfeito: um nome de muito peso do partido do presidente interino Michel Temer.
Mas Edinho já fez muitos planos contando com o cargo de Senador e não quer saber se o pai vai ficar frágil. Exige a saída como havia sido combinado.
O fato de Lobão se licenciar do Senado não lhe tira o foro privilegiado, pois o mesmo não deixa de ser senador.