O Globo
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, chegou ao plenário e apenas encerrou a sessão que estava acontecendo. Ao sair do plenário, Maranhão foi direto ao gabinete da presidência da Câmara, já assumindo a condição de presidente interino. Acompanhado pelo secretário geral da Mesa, Silvio Avelino, se negou a responder as perguntas dos jornalistas sobre o rito, até o julgamento do mérito da liminar do ministro Teori Zavaski.
— Vamos aguardar! — limitou-se a responder Maranhão.
O secretário Silvio Avelino, entretanto, explicou que não procede a informação de que Maranhão tem que presidir cinco sessões e depois convocar novas eleições. Ele disse que o vice-presidente continuará como presidente interino até que o Supremo decida sobre o afastamento definitivo de Cunha e a Câmara decida sobre seu afastamento no plenário.
Inconformada com o encerramento intempestivo, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) liderou um motim no plenário, se sentou na Mesa e tentou dar continuidade à sessão, mas Maranhão mandou desligar a transmissão da TV Câmara . Ela continuou na Mesa, presidindo a sessão e os deputados continuaram discursando.
Antes, a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) foi ao microfone e gritou:
— Quero dar um grito que estava engasgado em minha garganta há muito tempo: fora Cunha!