Como o Blog havia adiantado, os deputados federais queriam a escolha de um líder mais ao centro – nem muito ligado ao governador Flávio Dino e nem oposicionista ferrenho. O nome que já vinha sendo ventilado é favoritíssimo ao posto.
Juscelino Filho (DEM) foi escolhido para liderança. Restam poucos detalhes para que o nome seja oficializado na sessão de amanhã. Mas pelo clima em Brasília não há entraves para a escolha.
A vaga de líder ficou desocupada em virtude da licença de André Fufuca (PP). Havia uma indefinição se um deputado ficaria na liderança tampão até a volta de Fufuquinha ou seria feita nova eleição. E os deputados definiram que o cargo ficou vago e a eleição ficou para esta terça-feira (28) não só pelo período de afastamento do deputado do PP, mas até o final do mandato da liderança, que ainda tem oito meses.
Por enquanto, tendo Juscelino como candidato único.
Quatro anos depois, Polícia Federal mantém silêncio sobre inquérito contra Pedro Meireles…
Posted on 27/06/2016 by Marco Aurélio D’Eça
.
Delegado foi acusado de participar de suposto esquema de achaques a prefeitos e agiotas – ao lado do advogado Ronaldo Ribeiro – e a PF passou a investigá-lo em julho de 2012, mas nunca apresentou qualquer resultado da investigação
Décio Sá em uma das entrevistas com Pedro Meireles; da antipatia à amizade em pouco tempo…
Décio Sá em uma das entrevistas com Pedro Meireles; da antipatia à amizade em pouco tempo…
seloUm inquérito de investigação da Superintendência da Polícia Federal no Maranhão vai completar quatro anos, daqui a exatos 30 dias, sem qualquer resultado anunciado pela instituição.
Trata-se de uma investigação contra o delegado Pedro Meireles, que foi aberto em 26 de julho de 2012, segundo nota da própria PF maranhense. (Relembre aqui)
À época, Meireles era o bam-bam-bam da Polícia Federal no Maranhão, tido como desarticulador de esquemas de corrupção envolvendo diversas prefeituras. Até surgir a suspeita de que ele comandava, na verdade, um esquema de corrupção e achaques a prefeitos e agiotas, envolvendo o agiota Gláucio Alencar e ainda o advogado Ronaldo Ribeiro, seu amigo de infância.
As suspeitas contra o delegado vieram à tona durante as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.
As investigações da Polícia Civil maranhense deram de cara com um esquema – denunciado pelos próprios prefeitos – envolvendo Gláucio, Ronaldo e Meireles, que consistia em livrar a cara de suspeitos de corrupção nas prefeituras, em troca de pagamento de propinas.
A delegada-geral de Polícia Civil, à época, Cristina Menezes, chegou a afirmar ver indícios de ligação de Meireles com agiotagem.
Leia também:
Porque Ronaldo Ribeiro ligaria para Pedro Meireles?!?
A relação de Décio Sá e Pedro Meireles…
A demorada investigação da PF contra Pedro Meireles…
Ronaldo com Meireles no velório de Décio: “amigos de infância”
Ronaldo com Meireles no velório de Décio: “amigos de infância”
O próprio Ronaldo Ribeiro passou a ser investigado no caso Décio, sob suspeita de que as negociações para pagamento do executor tivessem sido feitas em seu escritório. (Relembre aqui)
Um ano depois da investigação, em 2013, a PF ainda tergiversava quando questionada sobre a investigação contra o seu delegado.
– A Polícia Federal tem uma preocupação muito grande em não levantar falsas hipóteses; então a Polícia Federal busca apurar e comprovar. O que está sendo feito hoje é buscar comprovar tudo aquilo que foi dito. Se algo do que foi dito que implicar em responsabilidade for característica para justificar, o afastamento do cargo haverá sem dúvida. Agora, a Polícia Federal tem uma preocupação muito grande de trabalhar em cima de fatos e não em cima de possibilidades – ponderou, em 3 de maio de 2013 o então o superintendente da PF no Maranhão, Cristiano Sampaio. (Releia aqui)
O próprio titular deste blog foi ouvido em um inquérito sobrestado ao de Pedro Meireles, mas a Polícia Federal jamais deu qualquer notícia a respeito da investigação contra o delegado.
E o caso já completou quatro anos, expirando prazo legal até para eventual ação judicial contra os envolvidos.
Meireles segue na Polícia Federal, Gláucio continua preso, Ribeiro continua a atuar como advogado e o crime contra Décio continua a tramitar.
Sem previsão de julgamento…