Ficar na chapa de Flávio seria muito mais vantajoso para o PSDB

A discussão sobre os rumos dos tucanos em 2018 tem esquentado. Isto porque o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, tem feito força para tomar o controle da legenda e tirar o partido da aliança com o PCdoB no Maranhão. Sebastião Madeira sonha em ser candidato ao Senado e sabe que isto seria impossível na aliança com Dino.

Para consolidar sua tese, Madeira tem vendido a ideia de que a direção nacional do PSDB não quer mais o partido com o PCdoB no Maranhão. A informação do ex-prefeito foi desmentida pelo secretário estadual de Desenvolvimento, Neto Evangelista, que disse não haver tal determinação, já que o partido só cresceu nos últimos dois anos, fruto da aliança com o governo Flávio. O PSDB foi o segundo partido que mais elegeu prefeitos, tendo eleito prefeitos em cidades importantes como São José de Ribamar, Viana e Santa Inês.

Mas seria realmente interessante para o PSDB ficar fora da aliança com Flávio Dino e ter como candidato Roberto Rocha, por exemplo?

Vejamos, o Maranhão deu expressiva votação aos últimos 18 anos candidatos a presidente do PT (Lula e Dilma). O governador Flávio Dino tem ampla aprovação popular (acima dos 60%). Uma fusão entre a popularidade de Flávio apoiando um candidato a presidente da esquerda como Lula, ocasionaria um verdadeiro massacre aos tucanos no Estado.

Mas se o PSDB estivesse na coligação de Flávio, obrigatoriamente, o governador deveria se manter neutro na disputa nacional e daria mais equilíbrio ao jogo no Maranhão.

Além disto, o PSDB, e mais especialmente Aécio Neves, sofre com as denúncias da Lava Jato. O fato de colar a imagem do PSDB a Flávio, que não tem manchas de corrupção, alivia o peso tucano. Há, mas Lula também está sujo com a Lava Jato. Porém, o petista já é acusado há mais de 10 anos e as denúncias têm pouca influência no grosso do seu eleitorado. Mas para os tucanos, seja Aécio ou Alckmin, as denúncias pesam dentro da classe média.

Apoiar outra candidatura ou mesmo ter uma candidatura própria pouco competitiva é pouco relevante para os tucanos em um cenário como o maranhense. Apoiar Flávio aliviaria mais uma carga direitista do candidato tucano e obrigaria o comunista a não apoiar um candidato de esquerda para presidente. Uma jogada ideal.

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