O presidente Michel Temer busca uma saída para a vaga de Priocurador-Geral da República, já que Rodrigo Janot vai deixar o cargo. A ideia de Temer é um nome em que ele possa confiar, mas seja mais próximo a Janot, para dar ideia de continuidade da Lava Jato. O PGR é o chefe do Ministério Público Federal e exerce as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal. É uma posição estratégica importantíssima.
O Planalto já vislumbra um perfil que atende a esses requisitos: Blal Dalloul, secretário-geral da PGR desde junho de 2016. Em setembro, Temer vai indicar ao Senado Federal o substituto de Janot pelos próximos dois anos.
O problema é que os favoritos para a lista tríplice são três nomes que Temer não quer.Até agora, seis subprocuradores são pré-candidatos ao cargo: Nicolao Dino, Mario Bonsaglia, Raquel Dodge, Ela Wiecko, Carlos Frederico e Sandra Cureau.
No MPF, a expectativa inicial é de que a lista tríplice seja composta pelos três primeiros: Dino, Bonsaglia e Dodge.
Dino é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), oposição a Temer, assim como Wiecko. Bonsaglia é considerado sem traquejo político para o cargo, e Dodge, que atuou na operação “Caixa de Pandora” (que investiga o mensalão do DEM no Distrito Federal), é vista por assessores do presidente como próxima a José Sarney (PMDB-AP), o que resultaria numa nomeação complicada.
OU seja, nem o irmão de Flávio Dino, nem a procuradora ligada a Sarney são desejadas.