Ricardo Diniz: mais um símbolo da distorção do pragmatismo eleitoral

A filiação do vereador Ricardo Diniz ao PCdoB com simples objetivo eleitoral causa mais uma dessas bizarrices ideológicas. Os comunistas maranhenses já passaram constrangimento com o suplente de deputado federal Fernando Furtado (PCdoB) que ao melhor estilo Bolsonaro de preconceito chamou índios de “viadinhos”.

Agora, o vereador Ricardo Diniz (PCdoB) simplesmente relatou um projeto de lei que institui a chamada “Escola sem partido” em São Luís. É uma espécie de mordaça para que professores não tenham direito de manifestar seu pensamento em sala de aula. A direita crê que abafará ideais de esquerda com o método. Projeto igual foi vetado pelo prefeito de Rio Preto-SP esta semana. Em Belo Horizonte, o Ministério Público Federal alertou a Câmara Municipal de que o projeto Escola Sem Partido é inconstitucional.

Como relator na Comissão de Educação do parlamento municipal, Ricardo Diniz aprovou o projeto. O PCdoB tem lutado no Congresso Nacional contra a iniciativa (saiba mais).

Em virtude da votação de Diniz, o PCdoB maranhense emitiu nota de desagravo ao vereador afirmando que adotará as providências cabíveis contra o parlamentar.

O sistema político-eleitoral tem destas discrepâncias. O PCdoB sofre o efeito depreciativo ideológico por chegar ao poder no Maranhão. Acabou inflando em quantidade, afinal, quem não quer estar no partido do governador? Porém, desfigurou as características de seus filiados.

Não que um deputado ou um vereador não possa mudar de posição e se enquadrar à linha do partido. Mas é preciso filtro para saber se o novo filiado está disposto a ter tal posicionamento. Do contrário, de pouco adianta um número grande de jogadores que não jogam do seu lado.

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