Flávio Dino critica inércia de Bolsonaro: “Não é hora de brigar com a China. É hora de brigar contra a pandemia”

Em entrevista coletiva realizada na manhã deste sábado (21), no Palácio dos Leões, em São Luís, para comunicar o fechamento do comércio e a suspensão de parte dos serviços públicos estaduais no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) condenou a falta de mobilização do presidente Jair Bolsonaro para conter a expansão do coronavírus no Brasil.

“Nós não queremos fazer disputa política nesse momento. Nós temos responsabilidade. Não é hora de brigar com a China, não é hora de brigar com governadores. É hora de brigar contra o vírus, contra a pandemia. É hora de preservar a saúde das pessoas”, afirmou Dino.

O governador maranhense criticou a omissão do governo federal sobre a Covid-19, que até o momento já contaminou mais de 900 pessoas – incluindo um caso confirmado no Maranhão – e deixou 11 mortos em todo o país.

“Há nesse instante, infelizmente, um debate acerca da atuação dos governos estaduais em face de omissões do governo federal. Acreditamos que não é o momento de haver disputas políticas ou ideológicas desse tipo”, lamentou o governador.

Presidente X Governadores

Um dos atritos envolvendo Jair Bolsonaro e os governadores diz respeito ao controle dos aeroportos. Dino pediu a suspensão de voos comerciais para o Maranhão para conter possível expansão da contaminação, mas a solicitação foi vetada por um juiz federal. Dino conseguir na justiça o direito de fazer inspeção sanitária em passageiros de desembarcam em solo maranhense.

Bolsonaro acredita que os governadores estão tomando medidas “exageradas” e minimizou a pandemia mundial, que ele chamou de “gripezinha”.

“Infelizmente, uma parte do governo federal considera que nós estamos diante de uma gripezinha, diante de algo de menor importância”, lamentou Dino.

Flávio Dino garante que há “canal aberto de diálogo” com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas, em contrapartida, descaso de Bolsonaro com o empenho dos governadores contra o vírus.

“Nós temos o presidente da República atrapalhando o trabalho do próprio Ministério da Saúde e fazendo com que outros órgãos federais não ajam”, condenou Dino.

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