Cenário eleitoral de São Luís é obscuro a poucos meses da eleição

Com a pandemia, pré-candidatos têm grande desafio em uma eleição com pouca informação e sem contato direto com o eleitor.

Em junho de 2016 tínhamos um quadro pré-eleitoral bem definido, chegando ao final das articulações e negociações baseadas em pesquisas que denotavam qual seria o cenário de candidatos oficializados nas convenções, com quanto tempo de televisão, apoios e estrutura. Também era bem identificável via pesquisas qualitativas qual o perfil de candidato desejado pelos ludovicenses.

Passamos da metade de junho e ainda temos um cenário eleitoral muito obscuro em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. Sabemos já quem são os principais pré-candidatos e é difícil que isto ainda mude: Eduardo Braide (Podemos), Neto Evangelista (DEM), Jeisael Marx (Rede), Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Wellington do Curso (PSDB), Duarte Júnior (Republicanos), Yglésio Moyses (PROS) e Carlos Madeira (Solidariedade). Ainda devem haver algumas candidaturas menores.

Porém, mesmo sabendo já quem serão os candidatos, não dá pra mensurar em quais condições vão para as convenções e sobre quais aspectos podem negociar alianças e lideranças. Em 2016, já haviam sido divulgadas cinco pesquisas eleitorais a esta época do ano – uma média de quase uma por mês. Em 2020, a única pesquisa registrada foi feita pelo instituto DataIlha, contratada pelo Blog do Clodoaldo Corrêa, ainda em janeiro deste. A pesquisa já está defasada temporalmente e afetada quanto aos candidatos apresentados já que depois disso, a ex-governadora Roseana Sarney sacramentou que não irá disputar a prefeitura.

Em meio à pandemia, é muito difícil não só realizar pesquisas eleitorais, como fazer previsão sobre a manutenção do humor do eleitorado até o pleito.

A eleição de São Luís mudou muito de janeiro pra cá, com outras prioridades, outra perspectiva de vida e desejos da população para o mundo pós-pandemia. Mas qual destes pré-candidatos se encaixa no que quer o eleitor de São Luís para os anos vindouros que serão de grande dificuldade? Ainda não é possível saber.

É provável que uma pesquisa hoje mantenha o pré-candidato Eduardo Braide com uma liderança folgada e os demais ainda embolados com algumas variações, porque o eleitor está muito preocupado com a pandemia e não tem pensado em eleição. Isso mantém a opção pelo candidato que lembra. Mas quando começar a pensar, certamente estas questões estarão em debate e sobre os posicionamentos e ações dos pré-candidatos durante esses tempos de dificuldade.

São questões que, mesmo já estando na metade do ano eleitoral, ainda estão muito obscuras.

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