Júlio Mendonça participa de inspeção do local onde famílias foram expulsas por jagunços no MA

Júlio Mendonça falou sobre situação do povoado Baixão dos Rochas em São Benedito do Rio Preto na tribuna da Assembleia

O deputado Júlio Mendonça(PCdoB), que preside a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Maranhão, esteve, na quarta-feira (29), no povoado Baixão dos Rochas, em São Benedito do Rio Preto, inspecionando a área invadida por homens armados no dia 19 de março.

Logo após o “atentado”, segundo o deputado, onde jagunços contratados por duas empresas, usando da prerrogativa de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, expulsarem moradores que vivem na área há 80 anos, o parlamentar deu entrada em requerimento na Alema pedindo a criação de uma comissão para acompanhar o caso.

Ao lado do deputado Carlos Lula, que também solicitou a criação da comissão, e do deputado Rodrigo Lago, que está sempre abraçando causas em defesa dos agricultores, Júlio conversou com as vítimas, ouviu relatos e colocou seu mandato a disposição para qualquer eventualidade.

“É inadmissível o que aconteceu em São Benedito do Rio Preto. Mesmo com a liminar, as empresas agiram de forma ilegal e covarde. Sem um oficial de justiça e sem a presença do estado, o ato pode ser considerado vandalismo. Homens armados destruíram moradias, casas de forno e outros bens da comunidade, além de matarem animais. Estamos aqui para prestar solidariedade e nos colocar a disposição, pois a luta dos menos favorecidos sempre foi e será a bandeira do nosso mandato” destacou o deputado.

Além dos deputados, participaram da comitiva o promotor de justiça Oziel Costa Ferreira Neto, titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada; o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Danilo de Castro Ferreira; o defensor público Gean Nunes, e a juíza da Vara Agrária Luzia Neponucena, além de representantes do Iterma, Polícia Militar e Polícia Civil.

Pelo menos 25 famílias vivem no Baixão dos Rochas. A comunidade ocupa uma área de, aproximadamente, 600 hectares e sobrevive da agricultura familiar e do extrativismo. De acordo com o Ministério Público, foi realizada uma conciliação com o TJMA e ficou decidido que a comunidade teria, imediatamente, 358 hectares do território que está pleiteando e o restante ainda será alvo de negociação.

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