Fraude em cota de gênero: Iracema defende maior punição às direções partidárias

A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, concedeu entrevista ao Bom Dia Mirante, da TV Mirante, para falar sobre a temática feminina neste dia Internacional da Mulher.

Sobre o tema, a deputada falou de seu projeto em conjunto com Roberto Costa que acaba com a cota de 10% de mulheres na Polícia Militar que, na prática, restringia apenas para este quantitativo, para que aumente o percentual de mulheres na corporação. Também tratou da cartilha  “Mermã, teu direito é Lei”, que a Assembleia levou em itinerância para todas as regiões do estado, conscientizando as mulheres sobre a legislação que defende seus direitos.

Mas em 2024, Iracema afirmou o principal foco da Assembleia em relação às mulheres é a participação efetiva de candidatas nas eleiçõesmunicipais. “Nossa campanha este ano é voltada para queas mulheres sejam incentivadas a participar da política”.

Questionada justamente sobre a cota de gênero e os processos por conta de fraude com candidaturas laranjas, Iracema defendeu que as punições atinjam mais as direções dos partidos e não os candidatos que acabam perdendo o mandato sem terem participado da fraude. “A primeira coisa é o trabalho de consciência de que a mulher tem que realmente disputar aquele espaço de poder e não se deixar ser usada. Outra coisa é que devemos inverter a punição. Nem toda vez o político deve perder o mandato, mas o presidente do partido deveria ser responsabilido. Por exemplo, eu sou do interior e não conheço todos os candidatos que estavam disputando na chapa comigo. Uma chapa muito grande, muito diversa de vários pontos do estado. A responsabilidade sobre isso é muito mais da direção do partido”, afirmou.

Nos julgamentos que envolvem fraude, quando constadada, todos os votos da chapa são cassados e os candidatos eleitos pelo partido, que muitas vezes nada têm a ver com a ilicitude, acabam sendo os únicos únidos, perdendo seus mandatos.

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