O triste fim do sistema de saúde de São Luís

Socorrão I: o símbolo do caos.

A Saúde será o principal desafio do prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e da futura secretária de Saúde, Ana Emília Figueiredo de Oliveira. Reportagem deste sábado de O Imparcial mostra o caos que se encontra o setor em São Luís. O Socorrão, vistoriado há pouco mais de um mês, voltou a apresentar problemas. E o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) continua com a maioria das ambulâncias “no prego” e as poucas funcuionando sem combustível.

Os médicos não estão comparecendo nos plantões do Socorrão por falta de pagamentos. Segundo uma técnica de enfermagem, que não quis se identificar, eles estavam com salários atrasados há três meses e até o momento só pagaram um mês. Por isso que alguns deles foram trabalhar no último domingo. O hospital também não tem antibióticos. A única coisa que está sendo feita é medicação ‘SOS’ (medicação prescrita caso o paciente sinta dor) com dipirona e diclofenaco.

O setor de cirurgias do Socorrão II também apresenta problemas. Segundo a fonte de O Imparcial, não estão sendo feitas cirurgias por que não temos material, nem mesmo atadura.

Já o problema da SAMU que vem se arrastando há dois meses, prossegue. Das 13 ambulâncias que o Samu possui, apenas duas estão em funcionamento. Hoje talvez possam ter três. Assim, serão uma avançada [UTI] e outras duas básicas.

O Ministério de Saúde (MS) informou que vai instaurar uma auditoria para avaliar a situação das ambulâncias em São Luís. As ambulâncias foram enviadas para reparos, mas até o momento não foram devolvidas. Duas dessas ambulâncias estão retidas em uma oficina de ar-condicionado. O motivo seria é a falta de pagamento às oficinas.

As ambulâncias que ainda estão aptas a rodar não têm combustível e os postos credenciados [Posto Natureza] não abastecem mais por causa dos débitos. A solução encontrada pelos socorristas foi retirar um pouco de combustível a cada dia das ambulâncias que estão paradas para poder rodar. O problema será quando este combustível acabar.

Enfim, a saúde de São Luís está na UTI. Claro que a Secretaria de Comunicação da prefeitura não respondeu às solicitações de O Imparcial, porque não tinha resposta para uma situação calamitosa como esta.

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